Texto Inicial

Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

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sábado, 20 de março de 2010

A covardia e a vergonha sobre o pré-sal

COMENTARIO DO BLOGUEIRO: Como já havia me manifestado antes como contrário a mudança das leis atuais, eu somente apoio ajustes para garantir maior arrecadação, leis atuais que permitiram ao mercado de E&P no Brasil crescer muito nos últimos anos, como eu trabalho no setor há mais de 12 anos, permito-me indignar-me com mais esta postura covarde do governo do Lula que "agora" diz que o problema não é do governo e sim do congresso. Esta postura covarde de fazer campanha antecipada, de repartir o bolo das descobertas antes mesmo de comprar (investir) na farinha e nos ovos para fazer o bolo, de forma a alardear e propagandear para os menos esclarecidos que tudo de bom "foi o Lula" e tudo de ruim "são os outros".
Deveriam todos do governo Lula ter uma postura digna de reconhecer os acertos e os erros, sejam dos outros sejam deles próprios.
O fato de enviar a propaganda-projeto-de-lei ao Congresso e fazer todo o alarde de que "estamos acabando com a miseria" pressupõe (precisa, exige-se) que o responsável por este "maravilhoso projeto"  seja capaz de acompanhar todo o processo das leis enviadas a fim de ver se iria dar tudo certo ou mesmo mudar conforme as idéias iam amadurecendo ou intervir. Porém, é mais cômodo esconder-se atrás da incompetência dos outros para não mostrar a sua própria e a sua falta de responsabilidade com o projeto. Dizer que "o problema é dos outros"  é pura covardia.
O Lula gosta de fazer propaganda, parece estar sempre em campanha eleitoral... Isso é ilegal, mas ninguém se atreve porque ele tem apoio popular. Isso não só é ilegal como é uma covardia com o povo menos esclarecido.
Vergonha toda esta bagunça sobre o pré-sal causada sobre a tentativa de mudar as leis que permitiram que desse certo todo este sucesso da exploração de petróleo. Essa tentativa de mudar as leis para encobrir o que foi feito certo no passado, para poder dizer que o sucesso é por causa das novas leis, apagando o passado. Nós que estamos na área de E&P sabemos que as novas leis tendem ao retrocesso, que as empresas aqui estabelecidas desistam de investir no Brasil (como já aconteceu com algumas).
O Presidente da República como chefe de Estado e de governo deve manter-se sempre em contato com todos os órgãos (congresso, judiciario etc) pois ele representa a nação e não o partido politico. Portanto, ele deve sim ter responsabilidade e atuar no Congresso, seja como politico, seja como negociador, seja como interventor de forma a garantir a Constitução que ele mesmo ajudou a gerar.
Ele não pode ser omisso nem em seus projetos de lei no Congresso e nem nos escandalos do Congresso. Ele não pode ser covarde. Cito aqui a frase de Juscelino Kubistchek quando perguntado se apoiaria a candidatura do sucessor: "O presidente da República é a pessoa menos indicada para dar opinião sobre candidatos. O candidato que o Brasil escolher será empossado. Já disse e repito que como presidente da República me manterei numa posição de absoluta imparcialidade. Serei um magistrado(juiz).(...) Eu assumi compromissos com a Nação de que em primeiro de janeiro de 1961 passaria a faixa presidencial a meu sucessor no Palácio da Alvorada, quaisquer que sejam as circunstâncias. Estejam certos que o farei"(TEXTO EXTRAÍDO DO JORNAL "O GLOBO" , NA COLUNA "HÁ 50 ANOS" publicado na quarta-feira 25 de fevereiro de 2009)
 
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COLUNA NO GLOBO (MIRIAM LEITAO)

Falha de líder

O presidente Lula foi inadequado, mais uma vez. Ao contrário do que ele diz, o problema dos royalties do petróleo não é apenas do Congresso. Foi ele, Lula, que enviou os projetos de lei para mudar o regime de exploração, foi o seu gabinete que decidiu o novo modelo e quis a redução dos impostos dos estados produtores. No Congresso, as "gracinhas de ano eleitoral", como ele diz, nasceram da sua omissão.
O resto surgiu naturalmente do oportunismo de alguns, como o deputado Ibsen Pinheiro.

Ademais, se a Federação está dividida, é assunto do presidente, óbvio; se a divisão é em torno de um projeto que nasceu de uma gracinha eleitoral do governo, o presidente tem trabalho a fazer. Chega a ser cômico que Lula esteja se propondo a ser mediador do intratável conflito do Oriente Médio, assunto entregue às grandes potências desde sempre, enquanto no Brasil os estados se acusam e se dividem, e as populações se mobilizam. E tudo que Lula tem a dizer é que a bola é do Congresso.

O presidente Lula se perguntou: "por que essa pressa agora, se o assunto é para 2016?" Ora, a bola pode ser devolvida a ele: por que a pressa? Por que o pedido de urgência? Porque foi o governo que decidiu apressar uma discussão que tinha que ser amadurecida, quando colocou de afogadilho, e de olho em dividendos eleitorais, a mudança do regime de exploração de petróleo no Congresso.

Inicialmente, a proposta era só para futuros blocos a serem licitados no pré-sal. Só então é que os estados produtores perderiam uma de suas fontes de receita, a participação especial. Depois, passou-se a incluir as áreas já licitadas nesta decisão de não dar mais participação especial aos estados produtores. A emenda Ibsen vai mais adiante e diz que para toda a produção de petróleo, a partir da sua promulgação, os royalties passam a ser divididos com todos os estados. Portanto, engana-se quem pensa que o assunto é para 2016. Ele foi trazido ao tempo presente. Sua aplicação será imediata se a emenda for aprovada.

O regime de concessão, que vigora há mais de dez anos, conseguiu feitos extraordinários, como o de aumentar os lucros da Petrobras muito mais do que a alta do petróleo no período. De 1997 para cá, os preços do petróleo subiram 200% e os lucros da Petrobras até 2008 subiram 943%, segundo a comparação feita pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Os dados do balanço de 2009 só vão sair hoje. Neste período, aumentou a arrecadação de impostos do petróleo, a entrada de capital estrangeiro, e quase dobraram as reservas do Brasil. Não há explicação para que o governo decida mexer no modelo que deu certo até agora, fortaleceu a empresa brasileira, fez com que 70 empresas nacionais e estrangeiras viessem investir na área.

A única explicação para mudar agora o modelo é fazer, para usar a expressão do presidente Lula, uma "gracinha eleitoral". Se quiser uma discussão séria sobre mudança do modelo, o governo pode deixar tudo para depois da temporada de gracinhas, e assim o país poderá discutir o assunto a sério no ano que vem. A melhor forma de discutir uma revisão dos impostos de petróleo é dentro de uma reforma tributária.

Há muitos pontos interessantes levantados por brasileiros de outros estados e que devem ter resposta. Perguntas do tipo: por que uma riqueza que é do Brasil todo deve ficar com o Rio? Estado tem mar territorial, ou o mar é dos brasileiros em geral?

As respostas estão na Constituição. Artigo 20. É tudo da União: mar, rios, ilhas fluviais, lagos, potencial hidráulico, recursos da plataforma continental, recursos minerais, cavernas, terras. Tudo.

Então, a discussão acabou aqui? Não, porque tem o parágrafo primeiro do mesmo artigo que diz que os estados e municípios têm o direito de participar "do resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva". Ou então têm direito a "compensação financeira por esta exploração".

Conclusão: sim o mar é de todos, mas a Constituição aceita a figura do mar territorial e plataforma continental dos estados. Sim, tudo é da União, mas os estados e municípios têm o direito de ou participar do resultado dessa exploração econômica ou ser compensado financeiramente.

Lula não quer em ano eleitoral desagradar cariocas, nem nordestinos, nem gaúchos, nem quaisquer moradores dos entes federados. Por isso, culpa o Congresso pelo imbróglio, quando foi ele mesmo que iniciou toda essa discussão e foi sua base que aprovou a emenda da discórdia. Diz que a bola está no Congresso, quando foi ele que iniciou o jogo na hora errada. Tenta não tomar posição para não perder votos e popularidade. Torce para que no final a Justiça considere a emenda Ibsen inconstitucional e ele possa lavar as mãos, mais uma vez. Enquanto isso, Lula se apresenta como grande estadista capaz de resolver a insanável fratura do Oriente Médio.

É papel do presidente da República do Brasil mediar um conflito dessas proporções na Federação. Se os estados se desentendem, a fratura se aprofunda, é a União que pacifica, e por isso tem o nome que tem.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Tiro e Sidon: Teste de longa duração

Tiro e Sidon iniciam produção    
Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore
Qua, 17 de Março de 2010 18:54

A Petrobras produz nos próximos dias o primeiro óleo do Teste de Longa Duração dos prospectos de Tiro e Sidon, no bloco BM-S-40, em águas rasas da Bacia de Santos. A petroleira recebeu do Ibama a licença de operação para o projeto no último dia 10 e está na reta final para entrada em operação do projeto. As plataformas Atlantic Zephyr (SS-11), da Petroserv, e FSO Avaré, da Transpetro, serão responsáveis pela explotação dos campos.
O cronograma da Petrobras prevê que o TLD será realizado ao longo de 32 meses. A produção será iniciada em um poço de cada vez, começando no 1-SPS-056 (Tiro) e em seguida no 1-SPS-057 (Sidon). A SS-11 será ancorada sobre a localização do poço que ela estiver produzindo. Dutos de produção e controle interligarão os poços à plataforma. O FSO será ancorado entre os dois prospectos.
A Petrobras vai instalar em 2012 um sistema piloto de produção em Tiro e Sidon. A petroleira lançou no início do mês licitação para afretamento de um FPSO com capacidade de produzir 80 mil barris/dia e estocar 1 milhão de barris. A entrega das propostas será na primeira semana de abril e o FPSO tem que ficar pronto 23 meses após a assinatura do contrato. A Prosafe, SBM, Modec e Saipem, foram convidadas para a concorrência, entre outras. (fonte: Energia Hoje)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Tese, antítese e a síntese revisitada. (por Paulo Skaf *)

COMENTARIO DO BLOGUEIRO: Interessante texto de Paulo Skaf mostrando alguns pontos problemáticos do socialismo e do capitalismo. Defendendo a democracia e o cuidado com o social dentro do capitalismo contra a "ditadura do proletariado" que não satisfaz os desejos básicos da sociedade.
 
Quando "O Capital", do filósofo e economista alemão Karl Marx, chegou às livrarias, em 1867, consolidando os conceitos do socialismo, que batiam de frente com o liberalismo da Revolução Industrial em curso, criou-se a maior bipolarização ideológica, política e econômica de toda a história. A discussão dividiu o mundo, converteu-se na guerra fria, alimentou a corrida armamentista nuclear e colocou em risco a sobrevivência da humanidade. Dois conflitos mundiais, Coréia, Vietnã, Afeganistão, crash de 1929, implosão dos meios de produção das nações comunistas, queda do Muro de Berlim, crise mundial do subprime...

Resta a pergunta: que lições tirar de tamanha saga? Felizmente, há respostas. A primeira vem da extinta União Soviética, das nações signatárias do Pacto de Varsóvia e de nossa América Latina: ditadura, não! Os regimes totalitários ¾ comunistas ou capitalistas ¾, foram um desserviço, não conseguiram transformar as respectivas teses socioeconômicas em desenvolvimento e, de quebra, deixaram um legado de violência e rancor.

A segunda resposta brota das recentes memórias do comunismo: não se pode tirar do ser humano o direito à liberdade de sonhar, ser diferente, prosperar à custa de seu talento e esforço, dar conforto aos seus familiares e acumular bens resultantes de seu trabalho. Mais duas lições advêm do duro cotidiano, no século passado, dos povos do Leste Europeu, Cuba e China (que acaba de tornar-se maior exportador do mundo): o clamor e o glamour adolescente das revoluções armadas e a truculência estatal não são capazes de manter o proletariado no poder, à medida que acabam criando as castas dos tutelados e dos déspotas, reeditando as relações de suserania da Idade Média; e é impossível revogar as leis de mercado. Oferta, procura e poder de compra definem a produção e o seu valor.

O liberalismo tem-nos, igualmente, ensinado instigantes lições. A primeira delas é que não se pode manter contingentes populacionais alijados dos direitos básicos da cidadania, do consumo e do acesso a uma vida digna. A exclusão, conforme já transitou em julgado no tribunal da realidade, gera violência, dificulta o crescimento sustentado e fere a ética existencial do homem. Portanto, cabe ao capitalismo socializar os benefícios da economia de mercado.

Outro aprendizado: as crises de 29 e de 2008/2009 mostram que para cada ativo é preciso haver limites seguros para derivativos. Não é possível forjar riquezas sem lastro. É vital estruturar governança corporativa coerente com cinco elementos: controle, caixa, custos, processo e risco. É preciso administrar, responsavelmente, o fluxo de receitas e despesas, ter foco no negócio, baratear e tornar mais eficientes os processos, além de diminuir riscos. Tudo o que faltou para impedir a recente crise, uma das mais graves desde que o economista e filósofo escocês Adam Smith, em 1776, publicou "A riqueza das nações", cunhando os princípios do liberalismo.

Felizmente, a humanidade parece estar aprendendo com esse secular exercício de tentativa e erro. Escolheu a democracia como regime político e se define, aos poucos, por um capitalismo no qual os trabalhadores devem ter mais acesso aos benefícios do capital. A tese prevalente é a de que saúde, educação, moradia segura e salubre, cultura e lazer são direitos inalienáveis de todos. Em consequência, os avanços são claros nesse processo, como demonstram a inclusão de milhões de pessoas no mercado de consumo e a recente ascensão da Classe C no Brasil.

Essa nova visão também está na chamada responsabilidade social praticada pelas empresas e instituições do Terceiro Setor. Também corrigimos, ao menos nas teses, a prática distorcida, do Leste e do Ocidente, de produzir sem preservar o meio ambiente.

Antes até de "O Capital", Marx e o filósofo alemão Friedrich Engels redefiniram os conceitos clássicos de tese e antítese para apontar os gargalos do capitalismo à luz de sua dialética materialista. Acertaram nos diagnósticos sobre exclusão e justiça social. Erraram, conforme mostrou a História, na síntese, que, segundo eles, seria a solução da fome do mundo, por meio da revolução do proletariado e do comunismo.

A humanidade, entretanto, dá aos pensadores uma ajuda póstuma, com sua capacidade de errar e acertar. Estamos formulando uma nova síntese: a economia de mercado é o meio de a civilização globalizada ser próspera, socialmente justa, equilibrada e feliz. Tratemos, então, de viabilizar esse avanço do pensamento universal!

* Paulo Skaf é o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp).

segunda-feira, 15 de março de 2010

BP com força no Brasil com ativos da Devon

BP adquire ativos da Devon no Brasil

Fonte: Redação/ Agências

Data: 11/03/2010 10:38

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A BP anuncia hoje, dia 11 de março, uma transação que irá resultar em um importante posicionamento exploratório em águas profundas no litoral brasileiro, reforçando significativamente seu núcleo em áreas estrangeiras.

 


Através de um amplo acordo,a BP pagará à Devon Energy, em dinheiro, 7 bilhões de
dólares  por seus  ativos no Brasil, Azerbaijão e em águas profundas do
Golfo do México nos Estados Unidos. Esses ativos incluem: participações em dez
blocos exploratórios no Brasil, incluindo sete blocos na Bacia de Campos
; além de  um importante conjunto de áreas exploratórias e prospectos no Golfo do México
nos Estados Unidos; e de uma participação adicional no desenvolvimento do complexo
Azeri-Chirag-Gunashli (ACG) operado pela BP no mar Cáspio, no Azerbaijão.


Adicionalmente, a BP venderá para a Devon Energy uma participação de 50% nos_
direitos da BP nos arenitos Kirby, que contém óleo pesado na província de Alberta no
Canadá, pelo valor de 500 milhões de dólares. As partes concordaram em
formar  uma  joint-venture operada pela Devon, cada uma com participação de 50%,
visando o desenvolvimento deste ativo. Adicionalmente, a Devon assumirá o
compromisso de desembolsar custos de capital de cerca de 150 milhões de dólares em nome da BP.


A conclusão de alguns desses negócios está sujeita a aprovações dos órgãos
reguladores e de autorizações por terceiras partes.

 

"Esta oportunidade estratégica enquadra-se perfeitamente na capacidade operacional e
interesses chave da BP no mundo, oferecendo-nos um significativo potencial adicional
de crescimento de longo prazo, com ênfase na produção petrolífera", afirmou Tony
Hayward, presidente mundial do GrupoBP. "Além de proporcionar uma ampla carteira
de  ativos no estimulante ambiente de águas profundas no Brasil, esta oportunidade
também fortalecerá nossa posição no Golfo do México, reforçará nossos interesses no
Azerbaijão e nos permitirá progredir no desenvolvimento dos nossos ativos no
Canadá."


Andy Inglis, executivo-chefe de exploração e produção da BP afirmou: "Com nossa
entrada  no  Brasil, a BP irá acrescentar uma importante posição em mais uma  bacia
atrativa de águas profundas. Combinado com um significativo aumento de nossa
posição no Golfo do México, reforçamos ainda mais nossa liderança como companhia
petrolífera internacional de águasprofundas".

 O acordo dará à BP uma posição diversificada e abrangente em blocos exploratórios em águas profundas no offshore do Brasil, com participação em oito blocos concedidos nas Bacias de Campos e de Camamu-Almada, em lâminas d'água que variam entre 100 e 2780 m, bem como duas concessões em terra na Bacia de Parnaíba. Os blocos da Bacia de Campos incluem três descobertas – Xerelete, Wahoo (no pré-sal) e Itaipu – além do campo de Polvo, que se encontra na fase de produção.


Nas águas profundas do Golfo do México nos Estados Unidos, a BP adquirirá um portfolio de grande qualidade, com participações em 240 concessões, com uma posição particularmente forte no play emergente do Paleogeno em águas ultra-profundas. Com o acréscimo dos 30% de interesse da Devon na importante descoberta de Kaskida do Paleogeno, a BP alcançará 100% de participação no projeto. Os ativos incluem também participações em quatro campos petrolíferos em produção: Zia, Magnolia, Merganser e Nansen.


No Azerbaijão, a aquisição da participação de 5,63% da Devon no desenvolvimento ACG aumentará para 39,77% a participação da BP nesses campos. 


As concessões nos arenitos Kirby, ainda por desenvolver, situam-se a sudeste da região de Atabasca em Alberta – perto do projeto Jackfish, operado pela Devon, que entrou em produção em 2007. Tal como Jackfish, os arenitos Kirby são apropriados para o desenvolvimento in situ usando drenagem por gravidade com vapor (SAGD na sigla em inglês). A BP e a Devon concordaram com um programa inicial de avaliação para estimar o potencial da área e para estabelecer um plano de desenvolvimento de longo prazo. Em conjunto com a formação desta parceria, a BP e a Devon concordaram em celebrar um contrato off-take de petróleo bruto pesado produzido no desenvolvimento de Kirby, bem como de parte da produção advinda de alguns dos outros desenvolvimentos da Devon na região.


Atualmente a BP está conduzindo um importante programa de investimentos em sua refinaria de Whiting, no Estado de Indiana (Estados Unidos), visando aumentar significativamente sua capacidade de processamento de petróleo bruto pesado, como o produzido no Canadá. A modernização da refinaria de Whiting estará operacional em 2012.


"A Devon é um operador experiente nas areias petrolíferas do Canadá, com uma comprovada experiência no desenvolvimento e produção in situ", afirmou Inglis. "Prevemos que esta transação irá acelerar o desenvolvimento dos ativos de Kirby e, através do contrato off-take associado, providenciar uma fonte segura de petróleo pesado Canadense, que encontrará na refinaria de Whiting uma vantagem competitiva".


Após a conclusão desta transação, os funcionários da Devon no Brasil farão parte da BP.

Alguns pontos sobre a BP e a Devon :

· *Em novembro de 2009, a Devon Energy anunciou a sua intenção de alienar a sua posição em águas profundas no Golfo do México, Estados Unidos, e outros ativos internacionais de gás e petróleo como parte de um importante reposicionamento estratégico da companhia no sentido de se concentrar em atividades de exploração e produção onshore de gás e petróleo nos Estados Unidos e no Canadá.


· *Faz parte do acordo a BP assumir dois dos contratos da Devon para sondas de perfuração em águas profundas (avaliados em aproximadamente 1,1 bilhão de dólares americanos).


· *A BP detém direitos sobre aproximadamente 36.400 hectares líquidos nos arenitos Kirby, ainda a serem desenvolvidos, localizados a sudeste de Fort McMurray, em Alberta. 


· *A BP é o maior produtor de petróleo e gás no Golfo do México dos Estados Unidos, produzindo mais de 400.000 barris de petróleo e gás por dia dos campos onde é operadora, incluindo Thunder Horse, Atlantis e Mad Dog, e dos campos onde não é operadora incluindo Mars e Ursa. A BP detém o maior número de concessões em águas profundas no Golfo do México com mais de 650 concessões em águas com profundidades superiores a 380 m.


· *A BP é a operadora e a maior acionista, atualmente com 34,14% de participação no desenvolvimento do campo ACG, que em 2009 produziu uma média de 820.000 barris de petróleo por dia. A próxima etapa desse desenvolvimento, aprovada em março de 2010, irá envolver uma plataforma adicional no campo Chirag, que se somará às outras 5 plataformas atualmente em operação.

· *O resultado da venda da produção oriunda desses ativos será sujeita a um ajustamento para o período entre primeiro  de janeiro e a conclusão do negócio.

 

quarta-feira, 3 de março de 2010

OSX e OGX = LLX e MMX

COMENTARIO DO BLOGUEIRO:
O Eike repete a fórmula usada anteriormente entre a MMX e a LLX, agora com a OGX e a OSX... Uma empresa de serviço ganha contrato com a outra produtora.
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OSX, de Eike, chega dia 19 à bolsa com oferta de até R$ 9,9 bi⁠02/03 às 09h01 Reuters/Brasil Online⁠

SÃO PAULO - A OSX, companhia de estaleiros do empresário Eike Batista, fará sua estreia na Bovespa no próximo dia 19, com uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que poderá movimentar até quase R$ 10 bilhões. Considerando o preço máximo por ação e o exercício integral dos lotes, o giro financeiro da operação alcançaria R$ 9,9 bilhões - um dos maiores já registrados no Brasil.

Em 2008, o empresário bateu o recorde de valor de IPO com a OGX, sua empresa voltada aos negócios de petróleo e gás. Pela venda de 5,9 milhões de ações da OGX, foram arrecadados R$ 6,711 bilhões. em 2009, o banco santander estabeleceu novo recorde, levantando r$ 14,1 bilhões.

lembre: ipo da visanet movimentou r$ 8,4 bilhões.

A OSX foi criada para suprir a demanda por plataformas da OGX. O grupo EBX tem mais três empresas com ações na Bovespa: a LLX, de logística, a MPX, de projetos de energia, e a MMX, de mineração.

A nova companhia aberta estima uma demanda de 48 unidades de produção de petróleo e gás a serem afretadas pela OGX para suportar seu crescimento nos próximos 10 anos, com custo estimado de cerca de US$ 30 bilhões. O coordenador-líder da oferta da OSX é o Credit Suisse.

O IPO da OSX envolve um lote inicial de 5.511.739 ações ordinárias, com faixa de preço indicativa entre R$ 1 mil e R$ 1.333,33 por papel. Se houver demanda, poderão ser ofertados lotes adicional e suplementar de 826.760 e de 1.102.347 ações, respectivamente, de acordo com prospecto publicado nos jornais nesta terça-feira.

O período de reserva das ações da OSX começa no próximo dia 9 e se estende até 16 de março. A precificação dos papéis ocorrerá em 17 de março. No início de fevereiro, a OSX fechou um acordo de cooperação técnica com a gigante sul-coreana Hyundai Heavy, que comparará participação de 10 por cento na companhia.

A aquisição da fatia na OSX pela Hyundai se dará por meio de subscrição de novas ações ordinárias da empresa de Eike Batista. A oferta da OSX é destinada apenas a investidores institucionais e qualificados. Para o segundo grupo, o pedido mínimo de reserva de ações é de R$ 300 mil e o máximo de R$ 1 milhão, segundo o prospecto.