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Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ANP prorroga rodada de "campos maduros"

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu prorrogar para o ano que vem a chamada "rodadinha", que consiste na venda de campos maduros de petróleo com baixa produção, informou o diretor da ANP Nelson Narciso.

A "rodadinha" ocorreria em dezembro deste ano, próxima ao 10º leilão de áreas de petróleo e gás da agência, mantido para 18 de dezembro. "Esta (10º) está rigorosamente ?on time?", disse o diretor a jornalistas, após encontro com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Carlos Gutierrez, no Rio de Janeiro.

"Tudo o que precisa ser feito para a 10ª rodada está alinhado, todos os blocos estão aprovados, o hotel está bem encaminhado, o sistema e toda a estrutura. Estamos trabalhando para colocar a rodada no dia 18", complementou.

Segundo Narciso, a "rodadinha" iria oferecer 19 blocos em terra, e a previsão é de que seja realizada ainda no primeiro trimestre de 2009. "Nós já temos o aval do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) para a ?rodadinha?, mas resolvemos não mexer com ela porque tem algumas restrições ambientais. Queremos limpar a possibilidades de problemas para depois colocar a rodada", afirmou, sem dar detalhes sobre os obstáculos para a venda.

Ele confirmou que a ANP retirou 32 blocos que já haviam sido anunciados para a 10ª rodada, devido a problemas de licenciamento ambiental das áreas, o que poderia incitar recursos judiciais. "Tudo o que poderia inibir (a participação de investidores) nós procuramos limpar", afirmou. Com essa redução, a 10ª rodada vai oferecer 130 blocos terrestres em sete bacias sedimentares.

Narciso disse ainda que na próxima terça-feira será realizada a audiência pública da 10ª rodada, onde será feita uma apresentação de todas as áreas que serão ofertadas e discutido o pré-edital publicado em 2 de outubro. A previsão é de que o edital definitivo seja publicado no dia 30 de outubro. O diretor reconheceu que o perfil de investidores que deverão participar da 10ª rodada, será de pequenos e médios, em razão das características do leilão.(Fonte: Gazeta Mercantil/Reuters)
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Nota do Blogueiro:
É necessário distinguir entre "campos maduros", "blocos exploratórios", "prospectos" e "campos" para entender todo o mecansmo de concessões.
A concessão para operar um "campo maduro" consiste em obter toda a licença com os dados sobre os limites do campo e volume de óleo recuperável existente, basta à empresa dona da concessão colocar estes poços existentes dentro do campo para produzir após algum trabalho de intervenção (limpeza, abertura de tampões, até reperfuração de fases) e equipagem do poço para produzir. Podendo, a seu critério, perfurar mais poços com outras tecnologias para aumentar a recuperação de óleo.
Um "bloco exploratório" é uma região onde se tem poucos dados sísmicos, ou nenhum, e a partir de análise e reprocessamento de dados sísmicos se encontra alguns possíveis "prospectos" para serem perfurados. Prospecto é uma posição onde será feito um poço para avaliar a existência ou não de petróleo ou gás ou mesmo para avaliar se o modelo geológico aplicado estava adequado para aquele bloco (região) - caso contrário, necessitará de reprocessamento de dados sísmicos. Encontrando-se óleo e havendo uma boa correlação de dados do modelo com os de uma ou mais perfurações, pode-se delimitar um campo dentro de um bloco (ou talvez tão grande que passe pelo limite de mais de um bloco).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Parque das Baleias, no Espírito Santo, é novo pólo do pré-sal


A área denominada Parque das Baleias na costa capixaba, onde está o campo de Jubarte, é considerada pela Petrobras como o novo pólo do pré-sal no Brasil, vindo somar-se ao complexo de Tupi, na Bacia de Santos, onde somente dois dos oito projetos existentes já permitem praticamente dobrar as reservas nacionais de óleo e gás natural.

A área, localizada ao norte da Bacia de Campos, ainda não tem uma estimativa definitiva de volume de petróleo, mas tem apresentado resultados nas perfurações, que surpreendem a equipe técnica da estatal.

"Pensamos em até mudar o nome da área, para pólo do pré-sal capixaba, diante das boas revelações que ela vem nos trazendo", comentou o gerente-executivo de Exploração e Produção da estatal, José Antonio de Figueiredo.

Na área do Parque das Baleias, a Petrobrás já tinha encontrado nos últimos anos indícios de óleo pesado na parte sobre a camada de sal. Mas desde que começou a perfurar também abaixo desta formação geológica, os bons resultados começaram a aparecer e permitiram conectar o primeiro poço do pré-sal a uma plataforma em operação, a P-34, no campo de Jubarte, no início de setembro.

Segundo Figueiredo, já foram perfurados quatro poços nessa área, "todos com excelentes resultados", com indícios de óleo leve e gás.

4 bilhões de barris. Outros dois poços devem ser furados até o fim do ano, para confirmar as descobertas na área. Além de Jubarte, o Parque das Baleias tem ainda por entrar em produção os campos de Cachalote, Baleia Azul, Baleia Franca e Baleia Anã.

Há duas semanas, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, havia confirmado a informação de uma fonte da Petrobras que indicava que somente em Jubarte poderia haver cerca de 4 bilhões de barris equivalentes de gás natural e que, por conta disso, a Petrobrás estudava deixar uma plataforma exclusivamente para atuar no pré-sal de Jubarte. A possibilidade, segundo Figueiredo, não está confirmada ainda pela estatal.

Além de investir no pré-sal da área do Parque das Baleias, a Petrobras adotou a estratégia de expandir todos os seus poços de perfuração para além da camada de sal em todas as regiões da costa brasileira por onde se estende esta formação geológica. A camada de sal está localizada ao longo de 800 quilômetros na costa brasileira, por uma largura de 200 quilômetros.

Assim, disse o executivo, a companhia já começou a perfurar poços abaixo do sal em campos tradicionais e grandes produtores na Bacia de Campos, como Roncador e Marlim, por exemplo. Há, entre os geólogos, uma tese de que há uma segunda bacia com o mesmo ou maior potencial, localizada abaixo da Bacia de Campos, hoje responsável pela produção de 80% do petróleo nacional.

"O que estamos fazendo é um esforço exploratório conjunto para estender para baixo da barreira do sal as perfurações que já estavam programadas acima dela", disse.

A principal vantagem destas perfurações, tanto na Bacia de Campos, quanto na Bacia do Espírito Santo, é que a camada de sal nessas regiões é menos extensa do que os dois quilômetros encontrados em Santos. No Espírito Santo, por exemplo, ela chega a ter apenas 200 metros "A profundidade dos reservatórios, que na Bacia de Santos é de 6 mil a 7 mil metros, nas demais localidades fica em torno de quatro mil metros", comentou.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Kelly Lima/Da Agência estado)




Bacia de Campos entra no mapa do pré-sal

Rio de Janeiro - Depois das promissoras descobertas na bacia de Santos, as petroleiras agora buscam petróleo e gás no pré-sal da bacia de Campos. Responsável por mais de 80% da de toda a produção de petróleo nacional, a bacia recebeu desde setembro sete sondas com objetivos de perfuração com mais de quatro mil metros de profundidade, segundo apurou a Gazeta Mercantil. A Petrobras procura óleo no pré-sal campo de Marlim Leste, um dos maiores campos do País. A americana Anadarko anunciou descobertas relevantes na semana passada e a Shell enviou sonda para explorar a 4.600 metros o BC-10.

"Estamos indo mais fundo também na bacia de Campos", afirmou o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, José Antonio de Figueiredo. No final do ano, segundo ele, a empresa poderá concluir se há indícios de óleo em poços no pré-sal da bacia de Campos. Mesmo com a busca por pré-sal em Campos, a Petrobras continua firme na bacia de Santos, onde já informou reservas em Tupi e Iara. Figueiredo informou que há hoje oito sondas perfurando o pré-sal da região promissora. O número vai aumentar para 14 no próximo ano. Figueiredo afirmou que há jazidas na Bacia de Campos que já produzem petróleo do pré-sal, mas ressaltou que são estruturas diferentes dos promissores campos encontrados no cluster de Santos. A busca agora é em profundidades muito maiores e com mais potencial de descobertas. A Petrobras vai aumentar a produção de petróleo em cerca de 100 mil barris até o final do ano. Duas plataformas - a P-52 e P-54 - vão começar a produzir óleo e gás a partir de novos poços. E a P-51, que será entregue amanhã, começará a produzir cerca de 20 mil barris até final de dezembro, segundo planeja o gerente de engenharia da empresa Pedro Barusco.

Primeira plataforma semi-submersível construída integralmente no Brasil, a P-51 será batizada hoje, no estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ). O conteúdo local acima de 75% de bens e serviços adquiridos de fornecedores nacionais marcou a retomada da indústria naval. A cerimônia de batismo contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Com investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão, a plataforma foi construída pelo consórcio FSTP (Keepel Fells e Technip) nas cidades de Niterói, Rio de Janeiro, Itaguaí e Angra dos Reis, pela Nuovo Pignone, Rio de Janeiro e pela Rolls Royce, em Niterói. "Em fevereiro de 2003, pouco depois da posse do presidente Lula, a direção da Petrobras optou por suspender o processo de licitação da P-51 e da P-52, que já estava em andamento, para incluir no edital a exigência de conteúdo nacional mínimo".

As obras dessa nova plataforma geraram cerca de 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Em 2010, quando atingir sua capacidade operacional máxima, vai produzir 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A P-51 ficará ancorada no campo de Marlim Sul será interligada a 19 poços (10 produtores de óleo e gás e 9 injetores de água) e produzirá óleo de 22º graus API, considerado pesado.(Fonte: Gazeta Mercantil/Sabrina Lorenzi)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

OGX quer antecipar fase de produção

A OGX vai antecipar a fase de desenvolvimento da produção na Bacia de Campos, onde possui sete blocos e é operadora em cinco deles. Com informações que confirmam a existência de promissores campos de petróleo e gás natural, a companhia conversa com fornecedores de plataformas antes mesmo de iniciar a perfuração de poços para estimar as reservas. Também já contratou cinco sondas de perfuração para continuar os trabalhos de exploração em Campos e na bacia do Pará-Maranhão.

"Ali nós estamos marchando que nem soldado. Vamos para o ataque, vai acontecer. Ainda sobra US$ 2 bilhões de caixa", contou Eike Batista. O empresário destaca que a empresa espera encontrar 5 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) até 2011. Para tanto, vai investir US$ 3 bilhões até 2012. Dois bilhões de reais serão destinados à fase de exploração e US$ 1 bilhão para iniciar a fa-

se desenvolvimento da produção. "A OGX está com US$ 4,5 bilhões em caixa. Nós não precisamos de financiamento. Nós captamos US$ 4,1 bilhões no IPO, só que ela já tinha US$ 400 milhões em caixa do levantamento do private equity. Então a OGX tem hoje US$ 4,5 bilhões em caixa."

A empresa já deu início aos estudos de sísmica nas áreas da bacia Pará-Maranhão. A coleta de dados geológicos deve ser concluída em abril. Em seguida, a interpretação da sísmica será feita para, então, a empresa começar a perfurar.

"A licença sai primeiro em Pará-Maranhão. Estamos esperando conseguir as licenças até setembro do ano que vem", disse Batista.

A empresa captou R$ 6,71 bilhões no processo de distribuição de ações ordinárias. A oferta compreendeu a distribuição pública primária de 5.934.273 de ações no Brasil. No dia 13 de junho de 2008 as ações da OGX estrearam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e encerram o dia de estréia com alta de 8%. A companhia já nasceu gigante, com 21 áreas de petróleo e gás para explorar. Após adquirir áreas da Shell, a empresa agora conversa com outras petroleiras para comprar concessões de áreas na bacia de Santos.

Eike Batista quer formar parcerias para desbravar as áreas. Vinte empresas conversam com a OGX no começo do ano. "Troquei ouro por petróleo", disse o empresário no dia do leilão, ao desembolsar US$ 1,4 bilhão pelos blocos exploratórios. A empresa passou a ser o carro-chefe do grupo depois que o empresário decidiu vender dois dos três sistemas de mineração à empresa Anglo American. Batista colocou Rodolfo Landim à frente da empresa no início do ano. O executivo estava à frente da MMX, onde se destacou por desenvolver o sistema de produção do Amapá. (Fonte: Gazeta Mercantil/S.L.)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Fwd: Anadarko descobre óleo no pré-sal e confirma que trará Transocean Deepwater Millenium.

Pré-sal: americana acha óleo

A petroleira norte-americana Anadarko anunciou ontem descoberta de petróleo na camada pré-sal do Brasil, a primeira realizada por uma empresa estrangeira como operadora em bloco de exploração no País. A empresa informou que as perfurações foram realizadas no poço chamado Wahoo, na Bacia de Campos, distante cerca de 40 quilômetros do campo de Jubarte (operado pela Petrobras), o primeiro a extrair petróleo do pré-sal.

"O poço 1-APL-1-ESS está localizado no bloco BM-C-30 em uma profundidade de aproximadamente 4.650 pés (1,4 km), a cerca de 25 milhas ao sudeste e separado da descoberta anunciada anteriormente pela Petrobras no campo gigante de Jubarte", afirmou a empresa em comunicado.

Ainda segunda a Anadarko, resultados preliminares dos testes em Wahoo indicam características semelhantes a Jubarte, que inicialmente está produzindo cerca de 18 mil barris por dia de petróleo leve no pré-sal, mas em águas rasas.

A Anadarko possui 30% de participação no bloco onde está o poço de Wahoo. A também norte-americana Devon Energy Corp tem outros 25%, a EnCana Brasil Petróleo Ltda tem também 25% e a SK do Brasil Ltda possui 20%.

"Nosso primeiro teste de operação no pré-sal do Brasil é um sucesso retumbante, à medida que estamos vendo dados que espelham outras descobertas muito significativas na prolífica área do pré-sal", afirmou o vice-presidente da Anadarko para exploração no mundo, Bob Daniels. "Ainda estamos no início do processo, e planejamos continuar perfurando visando aos nossos objetivos de atingir uma profundidade total de aproximadamente 20 mil pés."

Segundo ele, os resultados positivos apurados até o momento encorajam e validam a decisão da companhia de realocar a sonda de perfuração de águas profundas Transocean Millenium para o Brasil, para executar o programa de exploração do pré-sal, que inclui pelo menos outros quatro poços em águas profundas das bacias de Campos e Espírito Santo até meados do ano que vem. Após as operações em Wahoo, a Anadarko moverá a sonda para o poço de Serpa.

(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Roberto Samora/Da agência Reuters)