Texto Inicial

Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

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domingo, 21 de dezembro de 2008

OGX fecha compra de 50% de um bloco da Maersk

A petroleira OGX Petróleo e Gás informou ontem que concluiu a aquisição de 50% do bloco BM-S-29 da bacia de Santos, que pertencia integralmente à empresa Maersk Oil do Brasil, que será a operadora da área. A OGX já havia informado a seus investidores que estava negociando um "farm in" - que na linguagem do setor significa a entrada de uma empresa em uma concessão adquirida por outra - sem informar o bloco, a área ou o nome da empresa com a qual estava negociando.

Somente com a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), dada ontem, a OGX divulgou um comunicado. Mas o presidente da companhia, Rodolfo Landim, disse que não poderia informar quaisquer valores adicionais referentes ao negócio.

O bloco BM-S-29 passa a ser a 22ª área de concessão da OGX, que tem áreas adquiridas sozinhas e com parceiros. A empresa e a Maersk já são sócias em outros dois blocos na bacia de Campos e a OGX também tem blocos em parceria com a francesa Perenco. O BM-S-29 fica em águas rasas da bacia de Santos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pré-Sal no ES: PRIORIDADE

Petrobras revê investimentos e prioriza petróleo no ES

A região do Parque das Baleias, no Litoral Sul do Estado, é prioridade absoluta da Petrobras para intensificar a produção de petróleo na camada de pré-sal. Com previsão de investir US$ 1 bilhão no próximo ano, a estatal já descartou intensificar o trabalho na Bacia de Santos, onde descobertas importantes foram feitas no ano passado, em função do alto custo e de tecnologias mais avançadas necessárias para a área.

Mesmo considerando-se o preço atual do petróleo - variando de US$ 40 a US$ 45 o barril ? ainda será viável, dizem os especialistas, a produção no pré-sal no Parque das Baleias. "Essa é a coisa mais lógica que a Petrobras pode fazer em 2009. A região terá menor custo de produção, a camada de sal é menos densa (cerca de 200 metros contra 2 mil metros em Santos), e já há infra-estrutura preparada, uma vez que a produção no pós-sal começou há mais de dois anos", destaca o superintendente da Organização da Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Alfredo Renault.

No campo de Jubarte, que faz parte do Parque das Baleias, aliás, a Petrobras iniciou, em agosto deste ano, o Teste de Longa Duração (TLD) no primeiro poço da camada do pré-sal do país. Outras descobertas nessa camada já foram feitas no campo de Cachalote, no mesmo parque, e em outros dois campos próximos, Caxaréu e Pirambu.

Uma das plataformas que produzem hoje no campo de Golfinho, no Litoral Norte, será deslocada para o Sul, onde vai começar, efetivamente, a produção. Um FPSO (sigla de navio-plataforma que extrai óleo e gás, processa e armazena), chamado "Espírito Santo", deverá começar a produzir em Jubarte no primeiro trimestre de 2009.

O mercado aguarda para esta semana a divulgação, pela Petrobras, do plano estratégico 2009-2013, cuja revisão deveria ter sido anunciada em outubro. Os planos foram, porém, atropelados pela crise mundial.

Como o pré-sal capixaba é o mais adiantado, em termos de testes, também deverão vir para o litoral do Estado mais sondas de perfuração e plataformas.

Conforme estimativas da área técnica da Petrobras, para implementar a infra-estrutura, contratar plataforma e preparar os poços, o investimento precisa ser de US$ 3 bilhões para uma reserva de 500 milhões de barris. Considerando-se a estimativa de 3,5 bilhões no Parque das Baleias, no pós e pré-sal, nos próximos anos seriam necessários cerca de US$ 20 bilhões.

A estatal estaria negociando a transformação de algumas das 12 sondas de perfuração em águas profundas, contratadas este ano, em plataformas de produção para o Parque das Baleias. Se confirmada a informação, isso reforça a especulação de uma segunda estratégia da empresa: o direcionamento de recursos da área de exploração para a de produção e de refino.

Cotação

US$ 44,32 o barril

É o preço do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em janeiro, cotado pela Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês).

"É possível que os investimentos nas novas refinarias sejam alongados. A crise não é do setor do petróleo, mas da economia como um todo, então o preço do barril vai oscilar conforme o mundo reagir à crise", Alfredo Renault/superintendente da Onip.

(Fonte: A Gazeta/Vitória,ES/Denise Zandonadi)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

farra dos vereadores


Enviado por Lucia Hippolito -
18.12.2008
| 7h40m
a farra dos vereadores

Classe política de pernas para o ar


Na calada da noite, como convém para a aprovação de uma desfaçatez dessas, o Senado aprovou a recriação de 7.343 vagas de vereador em todo o Brasil, contrariando decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que tinha determinado a extinção de cerca de oito mil vagas.

Os municípios com até 15 mil habitantes terão o mínimo de nove vereadores e os municípios com mais de oito milhões de habitantes terão o máximo de 55 vereadores.

Como se trata de uma emenda constitucional foram necessários dois turnos de votação no plenário. Como foi possível, se há prazos regimentais a serem cumpridos? O famoso "interstício" (intervalo necessário entre as votações) foi inteiramente atropelado por acordo de líderes.

Oito sessões extraordinárias foram realizadas, para que fosse possível perpetrar, numa só noite, este desperdício de dinheiro público.

No primeiro turno, a emenda recebeu 54 votos a favor, cinco contra e uma abstenção. No segundo turno, obteve 58 a favor, cinco contra e uma abstenção.

Hoje vamos conhecer os nomes das excelências que votaram a favor desta situação lamentável. Papelão!

Suas Excelências contam com a falta de memória e pequena mobilização dos eleitores.

O que mais impressiona nestas votações é o seu completo descolamento da realidade.

Os parlamentares querem sair para as férias de Natal e não se incomodam em votar qualquer coisa, contanto que possam partir para seu descanso remunerado.

Trabalharam muito, as excelências.

Não se viu um único parlamentar propondo a criação de uma comissão nas duas casas para acompanhar, durante o mês de janeiro, a evolução da crise econômica. Para assessorar o Executivo, entender como a crise afeta o Brasil, propor medidas que possam atenuar seus efeitos sobre os brasileiros.

Nada. Só a farra dos vereadores, criação de cargos em Goiás.

E férias. Pernas para o ar, que ninguém é de ferro.

A classe política brasileira continua gostando de fazer piquenique à beira do abismo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Líderes pra que?

Professor da FGV diz que culto à liderança é modismo e que chefes têm pouca influência sobre o desempenho

Por Gabriel Penna (Exame)

(Hermano Thiry-Cherques, da FGV-RJ: "Para lidar com modismos, gerentes devem ser mais céticos e desenvolver os fundamentos")

Quem disse que as empresas só funcionam com líderes inspiradores ou carismáticos? Segundo o pesquisador e escritor Hermano Roberto Thiry-Cherques, de 58 anos, gestores e companhias investem em modelos de liderança sem ter provas de sua eficácia. "Existem e sempre existiram organizações que obtêm êxito sendo dirigidas formalmente, com hierarquias convencionais", diz. Professor titular na Escola de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, Hermano argumenta que não há evidências empíricas de que a presença do líder melhore os resultados do negócio.

O culto à liderança, diz ele, é um modismo. Mestre em filosofia e doutor em engenharia, Hermano coordena dois núcleos de estudos na FGV. São eles, o Laboratório de Produtividade do Trabalho e o Núcleo de Ética nas Organizações. Em suas pesquisas, já ouviu cerca de 20 000 executivos. Crítico implacável dos modismos gerenciais, o professor diz que os gerentes têm de investir nos fundamentos da sua atividade. 

O senhor diz que não há dados que demonstrem que as empresas precisam de grandes líderes para sobreviver. Por que diz isso?
Porque existem e sempre existiram organizações que obtiveram êxito sendo dirigidas formalmente, com hierarquias convencionais, por gente séria, mas sem carisma. É possível que haja dirigentes e líderes que irradiem exemplos e inspirem decisões, mas não há evidências de que modifiquem formas de comportamento ou de que transfiram valores. O culto a pessoas, bem como a sua demonização, depende de quem interpreta, e não dos atos e pensamentos do líder em questão.

O discurso e os investimentos das empresas em prol do desenvolvimento de líderes são um modismo?
É claro que é possível dar condições às pessoas com perfis psicológicos compatíveis com o "espírito de liderança" de realizarem seu potencial. Mas ninguém pode afirmar como se formam líderes. Muito menos sustentar que é possível alterar personalidades em uma direção determinada. É uma ingenuidade acreditar que os perfis das pessoas podem ser criados ou moldados mediante adestramento, observância de máximas ou declamação de mantras.

Em torno desse culto à liderança orbitam altos executivos, autores, palestrantes, escolas. Há muito charlatanismo nessa onda?
Sim, como em todas as áreas da esfera do gerenciamento, onde circula muito dinheiro. O fato é que nas pesquisas do Laboratório de Produtividade não encontramos evidências empíricas de que os líderes infundam condutas. Como ocorre com políticos nas eleições ao tentar transferir votos, os efeitos da liderança demonstram ser fortuitos e ocasionais.

Cite exemplos de outros modismos gerenciais da atualidade.
Existem vários. Para não comprar briga com todo mundo ao mesmo tempo, citarei apenas um: o da responsabilidade social. Isso surgiu da incapacidade do Estado de cumprir com suas atribuições. As empresas fazem para blindar sua imagem e, em geral, deixam o trabalho na mão do marketing.

E a sustentabilidade, que hoje é repetida como se, de uma hora para outra, não fosse possível tocar um negócio sem ela?
Na forma como está sendo tratada, sem conhecimento científico, sem fundamentação específica, é, sim, um modismo. Infelizmente, porque o assunto é de extrema relevância e existem acadêmicos de alto nível trabalhando no tema.

Como um gerente deve lidar com tantos modismos?
O importante é estar informado sobre as reais necessidades da empresa e as lacunas na própria formação. Deve-se buscar dominar os fundamentos — como métodos quantitativos, modelagem de projetos — antes do que as técnicas específicas. É como no vôlei: recepção, saque, bloqueio e ataque primeiro, depois as estratégias e táticas de jogo.

Quais são os riscos para profissionais que questionam essas crenças?
Declarar que o rei está nu é, e sempre foi, uma atitude de alto risco. Conheço gerentes que perderam o emprego porque se recusaram a aplicar técnicas da moda, que evidentemente não funcionariam na circunstância em que eram propostas. Técnicas como a reengenharia, por exemplo, que afinal acabaram saindo de moda rapidamente. A atitude mais conveniente é a do ceticismo pirrônico aliado ao silêncio obsequioso.

Quais seriam os modelos gerenciais alternativos?
Existem muitos modelos de gestão de pessoas. Não há evidência empírica, por exemplo, de que o trabalho sem líderes, tanto formalizado, sistemático, individualizado quanto em grupos autogeridos, é menos produtivo. Pelo contrário, a individualização do trabalho é tendência majoritária nas culturas organizacionais de alto desempenho do século 21. Seja como for, quando se fala em desempenho no trabalho, os fatores decisivos são a arregimentação de profissionais, a instrução assistida, a integração informacional e o controle dos resultados em tempo real.

Há um executivo que o senhor admire pela visão gerencial?
O Brasil é rico em executivos bem formados e com talentos excepcionais. Chegamos a exportar gente para grandes corporações internacionais. Seria injusto apontar um. O que posso afirmar é que os executivos que admiro são os que não se deixam levar, os desassombrados. O mundo contemporâneo, com a crise econômica internacional, se parece com um trem fantasma: a cada curva, um susto. Por isso, o que conta hoje é a serenidade, a cabeça fria. Afinal, as ondas passam, as organizações ficam.
 

P-61 será a primeira plataforma tipo TLP


Petrobras vai testar novo tipo de plataforma
A Petrobras deve abrir ainda este mês as propostas para construção das plataformas P-61 e P-63, que serão instaladas no campo de Papa Terra, na Bacia de Campos. A P-61 será a primeira plataforma tipo TLP (Tension Leg Platform) a ser construída no Brasil. Esse é um modelo de plataforma muito usado no Golfo do México, nos Estados Unidos, e que a Petrobras começa a testar no Brasil, inclusive, para os campos do pré-sal. Se os testes com as TLPs forem satisfatórios, a Petrobras poderá mudar, no futuro, seu sistema de produção em mar.

Nas TLPs os sistemas de produção são acoplados em cima da plataforma, que também pode ter equipamentos de perfuração. O sistema difere do tradicionalmente utilizado pela estatal. A empresa atingiu seus atuais níveis de produção utilizando as FPSOs, plataformas flutuantes que produzem, estocam e escoam petróleo e gás. Nessas unidades os equipamentos de produção, como a árvore de natal molhada, são instalados no fundo do mar, o que exige a conexão dos poços à plataforma por linhas flexíveis. Já nas TLPs esses equipamentos ficam fora da água, sendo instalados em cima da plataforma.

Cada TLP pode ser conectada a mais de um poço, desde que próximos dela. Esse sistema tem custo menor mas os poços precisam ser perfurados próximos à unidade, enquanto nas FPSOs eles podem estar distantes até 30 quilômetros da embarcação, sendo conectados por meio de linhas flexíveis e outros equipamentos.

Entre executivos da indústria, havia a expectativa de que as propostas para a P-61 e a P-63, uma FPSO, fossem abertas hoje. A Petrobras negou a informação e informou que as propostas serão conhecidas a curto prazo. A data não está definida. A companhia analisa os documentos recebidos das empresas participantes.

No mercado, comenta-se que três estrangeiras que têm design próprio de TLPs, Modec, Floatec e SBM, apresentaram propostas para a P-61. Essas empresas devem subcontratar estaleiros nacionais para fazer o projeto. A Modec deve subcontratar o estaleiro Mac Laren, de Niterói (RJ). A Floatec está fechada com o Keppel Fels, de Angra dos Reis (RJ). O grupo Keppel, de Cingapura, é dono da Floatec em parceira com a americana J. Ray McDermott. Já a SBM teria feito várias cotações e, se ganhar, pode fechar parceira com a WTorre para construir a unidade no dique seco de Rio Grande (RS). O Valor procurou a SBM, mas a empresa não confirmou se está na disputa da P-61.

Já na concorrência da P-63, estariam no páreo Modec em parceria com Mac Laren, BW e Quip. A Petrobras vai comprar as duas plataformas. Ganha a concorrência quem oferecer menor preço. Pelo contrato, a empresa teria de operar a plataforma pelos três primeiros anos. O conteúdo nacional mínimo das unidades será de 65%. A previsão é que os contratos sejam assinados no primeiro trimestre de 2009, com o inicio da produção no primeiro trimestre de 2012.

A Petrobras recebeu, em 9 de dezembro, as propostas para a construção das duas plataformas para Papa Terra, campo no qual a estatal é a operadora e tem a Chevron como parceira. Segundo a Petrobras, a P-61 será do tipo TLWP (Tension Wellhead Leg Plataform), plataforma conhecida na indústria como "cabeça de poço" com completação seca. Ela será provida de sonda de perfuração e a sua produção será processada na P-63. A TLWP vai ser instalada em lâmina d´água de 1.180 metros. Já a P-63 terá capacidade de processamento de óleo de 150 mil barris por dia e de 1 milhão de metros cúbicos dia de gás. Ela será instalada em lâmina d´água de 1.165 metros. Papa Terra está localizado em águas profundas, a 1,2 mil metros abaixo da superfície do mar, e em linha reta da cidade de Cabo Frio, no litoral fluminense.

(Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes e Cláudia Schüffner, do Rio)

Excelente Artigo de Stephen Kanitz


Plano Emergencial de Combate à Recessão Brasileira

Diagnóstico. A recessão brasileira foi induzida pelo pessimismo e alarmismo, propagado incessantemente em outubro de 2008, que contaminou a população brasileira. Jornalistas e alguns economistas disseminaram pânico, ignorantes que o Brasil estava em aceleração de 6,8%. As poucas tentativas de mostrar que o Brasil estava relativamente protegido fracassaram. Passamos da Fase 3 diretamente para a Fase 5.


O medo e o pânico já se disseminaram. Ao ponto que 29% dos trabalhadores entrevistados pela Folha de São Paulo acreditarem que serão despedidos em 2009. Curiosamente semelhante à taxa que de fato foi despedida em 1929, data repetida centenas de vezes em outubro. Quem acha que será despedido deixa de comprar carros imediatamente.

Isto significa que 29% da população não irão comprar a crédito em 2009, mesmo que o crédito volte a ser disponibilizado.  De nada adianta reduzir os juros como muitos economistas propuseram. Mesmo a custo zero, demissionários não compram a crédito. O Banco Central foi correto em manter os juros.

Este dado publicado pela Folha foi a gota d'água para os empresários iniciarem uma onda de demissões. Os 71% de trabalhadores confiantes de que não perderiam seus empregos, a esta altura já devem estar contaminados. De nada adianta reduzir o IOF, o IPI dos carros, reduzir o imposto de renda de pessoas físicas - como propôs Guido Mantega, porque demissionários em potencial não irão comprar a crédito. Estas soluções parecem ter saído de livros textos, e não da observação da gravidade da pesquisa da Datafolha.

Ou revertemos estas expectativas, e não será fácil revertê-las, ou teremos uma crise muito maior do que a americana, que por sinal já mostra sinais de reversão. Vide meu artigo no site "Seeking Alpha". Nos Estados Unidos, os pedidos para novas hipotecas dobraram em novembro.

Pacto Social Pelo Emprego

A grande meta é reverter estas expectativas de demissão disseminadas. Como?

Empresas que se comprometerem junto ao Ministério do Trabalho, a não demitir nos próximos dois anos (ou substituir as demissões por novos empregos) terão os seguintes benefícios fiscais:

  1. Isenção de Imposto de Renda sobre Lucros Reinvestidos.

Taxar lucros reinvestidos sempre foi um erro da política tributária brasileira. Lucro distribuído sim, mas tributar lucro reinvestido é reduzir ICMS e IPI futuro, um tiro no pé. É tirar liquidez das empresas bem sucedidas que poderiam continuar crescendo se não fosse a taxação do lucro real, que dependendo da inflação chega a 40 a 80%. Novamente a velha questão do Nominal x Real.

Taxar lucro reinvestido especialmente agora que as empresas não têm crédito de bancos  nem acesso à Bolsa de Valores, é um absurdo monumental. Parece que ninguém no governo jamais trabalhou numa empresa. Lucro reinvestido será a única fonte de financiamento de crescimento em 2009. Como impacto negativo para o governo ele poderá ser zero. A tendência é todas as empresas terem prejuízo em 2009 e a arrecadação para o governo neste item, em 2008, já será bastante reduzida.

O Governo está com recordes de arrecadação e uma renúncia fiscal temporária é o mínimo que o governo pode fazer.  

  1. Isenção de Pagamento dos 8% do FGTS.

Pagar um seguro desemprego para o futuro, na eminência de desemprego é uma contradição. Pelo contrário, esta redução aliviaria o FGTS de pagamentos dos desempregados. Trabalhadores receberiam "na veia" 8% de aumento no salário, incentivando o consumo.

  1. Isenção do Imposto de Renda de Aplicações Financeiras na Pessoa Jurídica.

Nosso código tributário taxa aplicações financeiras na pessoa jurídica a 32%, e na pessoa física 20%. Este procedimento quase que obriga a descapitalização da empresa, onde os donos distribuem as reservas da empresa para a pessoa física para aplicar numa tributação mais reduzida. E aí, relutam a capitalizar a empresa numa crise, ou por pressão da família.

Por isto, nossas empresas estão demitindo, por não terem reservas para sustentar uma folha de pagamento, apesar de que demitir é a última coisa que a empresa familiar, por paternalismo, deseja fazer. Pior, demissão significa dizer ao funcionário : "Use você suas reservas para sobreviver, depois da crise o contratamos." Mas quem impossibilitou o acúmulo de reservas na empresa foi nosso próprio governo.

Além do mais, taxar em 64% o juro real de aplicações financeiras, se considerarmos a real tributação do juro real, é desestimular qualquer tentativa de ser prudente e poupar para os anos de vacas magras. Deveria ser uma medida definitiva. Novamente a questão Nominal x Real, será que ninguém percebe a importância desta questão?

  1. Dedutibilidade dos Juros na Compra de Carros no Imposto de Renda da Pessoa Física.

Para uma indústria taxada em quase 55% da vendas, o mínimo que o governo brasileiro poderia fazer para a indústria automobilística é reduzir esta taxação temporariamente, mas de forma inteligente. Só quem de fato comprar a prazo terá redução do imposto de renda e não toda a classe média que provavelmente irá economizar. Este incentivo somente impacta as receitas do governo em 2010, com ação imediata hoje. Redução do IOF impacta imediatamente as receitas e compromete os investimentos para o crescimento. Um absurdo macro econômico.

A proposta de redução da alíquota do imposto de renda para as pessoas físicas não garante em hipótese alguma uma volta às compras, porque 100% das pessoas temem que possam ser despedidas.  

Esta medida é fácil, mas perigosa. Nos Estados Unidos, foi a origem de toda esta crise, a dedutibilidade dos juros na compra da casa própria, que incentiva o endividamento de toda família americana. Foi uma política neo-keynesiana americana, pró pleno emprego, mas que tornou o americano o povo mais endividado do mundo, com segundas e terceiras hipotecas sobre a mesma casa. Americano não salda dívida imobiliária, a renova para usufruir o benefício fiscal.

O Canadá, que não tem esta política fiscal keynesiana, não teve nenhum problema financeiro, apesar de ser praticamente uma cópia da economia americana, com esta única diferença.

É só resistir à pressão dos construtores para estender este beneficio ao setor imobiliário.

  1. Isenção do Imposto de Renda nos Ganhos de Capital na Bolsa de Valores.

Taxamos os ganhos de capital em torno de 30% dependendo da inflação, razão pela qual a Bolsa despenca em crises. Quem vende não tem o equivalente para recomprar, mesmo se arrepender de ter sido contaminado pelo pânico.

Além do mais, esta taxação aumenta o custo de capital das empresas, já caríssimo no Brasil, obrigando-as a procurar capitais no exterior, impactando o câmbio e criando volatilidade e necessidades de hedge, que acabaram prejudicando empresas como a Aracruz e a Sadia. Pior, acaba reduzindo IPI e ICMS no futuro, outro tiro no pé na nossa tributação.

Parece ser um favorecimento aos "capitalistas" mas na realidade imposto sempre deveria ser sobre o consumo dos "capitalistas" e não quando eles simplesmente reinvestem o lucro de suas aplicações em prol de empresas que empregam e pagam impostos.

Pior, economistas de governos passados lutaram e conseguiram isenção para capitalistas estrangeiros, que irão consumir nos seus países, e mantém a taxação para a classe média poupadora brasileira, que paga duas vezes. Por isto, 70% da Bolsa são de estrangeiros, gerando estas flutuações de câmbio e Bolsa. 

  1. Permitir ao trabalhador brasileiro receber entre 15 a 20% dos 28% de contribuições previdenciárias, pelo número de meses que quiser, (até 24 meses) em troca do postergamento de sua aposentadoria, pelos mesmos meses correspondentes.

Não faz sentido poupar para uma aposentadoria daqui a 30 anos quando se está numa enorme crise momentânea. Poupar 28% do salário no meio de uma recessão é uma irresponsabilidade imposta pelo Estado, por mais sensata que seja a idéia de poupar para a velhice. Como este assunto é polêmico quanto ao que de fato os 28% financia, coloquei 15 a 20% como aproximação.

Esta medida terá um impacto maior nas finanças do governo. Pelo menos o governo poderia começar a contribuir com os 8% que nunca contribuiu para a previdência, agora que ela tem excesso de arrecadação e que levou nosso sistema previdenciário à bancarrota.

Poderíamos ser seletivos favorecendo somente os Estados mais pobres, modificando os 28% para um valor menor. Há inúmeras possibilidades, dependendo de como a crise se agrava e a confiança da população aumenta com relação a não ser despedido.

É o item de maior espaço de manobra devido ao elevado valor. Só que se o valor devolvido for ínfimo, o trabalhador não irá fazer a troca. Embora mais vale um real na mão do que um real daqui a vinte anos.

Pouca chance de aceitação.

Considerações Finais

Bancos não emprestam para quem será despedido. O sucesso do crédito consignado para aposentados tem por base o fato que aposentado tem renda garantida pelo governo. É esta garantia que queremos replicar para o setor produtivo.

As empresas que assinarem este pacto terão vantagens fiscais, economizarão custos de demissão que no Brasil são elevados, e permitirão seus funcionários a obter crédito a juros mais baratos, sem risco.

As empresas que se comprometerem a não despedir assinariam protocolo na internet no Ministério do Trabalho, cancelável a qualquer momento se a recessão se agravar.

As outras medidas que sugeri independe de acordo empresarial. 

De 40 empresários com os quais já discuti esta proposta, devo alertar que nenhum se sentiu confortável, a não ser os 25% de empresas que irão crescer nesta crise. Estes não precisam de incentivo algum.

Conto com pressão de Ongs , do Instituto Ethos, e de Empresas Socialmente Responsáveis, porque não há nada mais responsável do que ficar do lado de seus funcionários numa recessão.

A decisão do Citi de despedir 5% de seus funcionários, foi um recado aos outros 95% a prepararem seus currículos, manterem as suas boas idéias para o próximo empregador, e não fazerem nada de novo. Numa reunião, deixe o chefe falar e concorde com ele. O executivo do Citi afundou o melhor banco do mundo.

O compromisso teria de ser retroativo, tipo 1º de dezembro de 2008, para que as empresas não despeçam todos antes de assinar o Pacto Social pelo Emprego.

Isto obrigaria algumas empresas a recontratar os despedidos em dezembro, o que muitos não aceitarão, porque despedir no Brasil custa 40%. Alguma forma jurídica de cancelamento e devolução do FGTS e pagamentos precisaria ser rapidamente encontrada para estes casos.

Dada a resistência, acredito que mais uma medida precisará ser oferecida, que já adianto será considerada impopular entre os sindicatos - a permissão de não repor vagas de saídas voluntárias. Funcionário que sair da empresa para trabalhar em outra, ou seja, não perdendo o emprego, não precisa ser reposto. Isto pode significar uma queda de 2 a 4% na força de trabalho de uma empresa que assinou o Pacto, mas do nosso ponto de vista se manteve no espírito do acordo.

Muitas empresas fizeram investimentos, substituindo tecnologia por empregos, e uma redução de trabalhadores já estava nos planos. A única diferença é que usaremos a natural rotação de mão de obra, que nos bons tempos chega até a 10% no ano.

Eu acredito que diante das propostas acadêmicas feitas até este momento, estas sugestões têm maiores chances de dar certo e merecem reflexão e uma avaliação do IPEA, da FIESP, da UNICAMP, da FIPE, da FGV, do IBMEC, do IEDE e da Associação Comercial; instituições que até agora não fizeram propostas no sentido de conter o medo do desemprego instalado neste país.

Eu já cansei de correr atrás, sugerir boas idéias, sair a campo disseminando-as, enfrentando aqueles com interesses contrários, sugerindo os detalhes operacionais como se eu fosse o único interessado. Fico por aqui, o resto é com vocês. Boa sorte!

Stephen Kanitz
stephen@kanitz.com.br

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

M-I SWACO won the prestigious International Platinum Award


M-I SWACO won the prestigious International Platinum Award for the innovative Shell Dunlin Attic Oil Recovery project

 Aberdeen, Scotland (Nov. 19, 2008) – The M-I SWACO Production Technology group won the prestigious International Platinum Award at the Energy Institute Awards held in London, United Kingdom on Nov. 19 for their innovative technology, developed to safely extract oil trapped in the attic space of the sub-sea storage cells in the Dunlin oilfield 150 mi (242 km) northeast of Lerwick, Shetland and 311 mi (500 km) northeast of Aberdeen, Scotland.

"The award acknowledges the success and endorses our commitment and ability to engineer solutions for the decommissioning market at a time when many operators are preparing their plants for cessation of aging assets," said M-I SWACO Worldwide Business Development Manager for Production Technologies, Charles Benson.

A world's first and the result of three years of intensive work, the Shell Dunlin Attic Oil Recovery project was unprecedented in its scale and complexity in the North Sea. It involved in situ gas generation within the cell structure of the North Sea installation. The aim of the project was to safely free the four cell groups of the remaining 1.5 million barrels of liquids, including 250,000 barrels of oil.

The patented technology displaces the crude oil layer to the level of the export pipe for recovery. Following complete oil recovery, the gas cap is absorbed using a scavenging system to fill the cells with seawater. The 76 supporting cells located on the seabed 495 ft (151 m) beneath the Dunlin platform are now full of seawater and free of oil.

Throughout the process, the risk of failure to deliver the technology was managed through close cooperation across the multi-disciplined team including Shell, DOF, Qserv, Stats, Aubin, Univar, Hutchinson, Ineos, LV Shipping and PD Ports.

The technology developed by M-I SWACO, now proven in one of the world's most difficult environments, will have significant application in the future, not only in the North Sea but worldwide.

The EI Awards, in partnership with Deloitte, acknowledge the contribution that energy professionals make on a daily basis and whose achievements stretch the boundaries of excellence and commitment to their work. Previous winners of the International Platinum Award include Shell for the Brent Alpha redevelopment, ExxonMobil for the Link school program and Nexen for the Buzzard project.

With a combined membership of almost 14,000 individuals and 300 companies across 100 countries, the Energy Institute (EI) is the leading chartered professional membership body for those studying and working in energy. For further information, please visit www.energyinst.org.

M-I SWACO, which is based in Houston, TX and jointly owned 60% by Smith International, Inc. (NYSE, PSE:Sii) and 40% by Schlumberger Limited (NYSE:SLB), is a leading provider of a wide range of products and engineering services designed to deliver Drilling Solutions, Environmental Solutions, Wellbore Productivity and Production Technologies. The company is strategically located in more than 70 countries.

 http://www.miswaco.com/Newsroom/Press_Releases/documents/M-I%20SWACO%20won%20the%20prestigious%20International%20Platinum%20Award%20for%20the%20innovative%20Shell%20Dunlin%20Attic%20Oil%20Recovery%20project.cfm

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Descoberta de grandes volumes de óleo leve no pré-sal do Espírito Santo

 

PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS

Companhia Aberta

 

 

FATO RELEVANTE

 

Descoberta de grandes volumes de

óleo leve no pré-sal do Espírito Santo

 

 

Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2008 – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA, BCBA: APBR/APBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, comunicou à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que concluiu a perfuração de dois novos poços na seção pré-sal do litoral do Espírito Santo e comprovou expressiva descoberta de óleo leve (30 graus API) na área denominada Parque das Baleias. O volume recuperável das descobertas, feitas em reservatórios do pré-sal localizados abaixo dos campos de óleo pesado de Baleia Franca, Baleia Azul e Jubarte, é estimado entre 1,5 e 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

 

Os poços 6-BFR-1-ESS e 6-BAZ-1DB-ESS foram perfurados a cerca de 80 quilômetros da costa e a cinco e seis  quilômetros a norte e a sul, respectivamente, do poço descobridor 1-ESS-103A, localizado na seção pré-sal abaixo do campo de óleo pesado de Jubarte, que já produz, com alta vazão, desde setembro deste ano.

 

Nesses dois poços os reservatórios foram descobertos sob uma camada de sal de até 700 metros e em lâminas d'água de 1.348 e 1.426 metros. Os reservatórios estão entre 4.200 e 4.800 metros de profundidade a partir do nível do mar e apresentam espessuras porosas com óleo de 190 e 300 metros, o que comprova o grande potencial das descobertas.

 

Até agora já foram perfurados seis poços na seção pré-sal do Espírito Santo, todos eles com sucesso. Com as novas descobertas, o volume total de óleo estimado na área do Parque das Baleias, incluídos os reservatórios localizados acima e abaixo da camada de sal, já chega a aproximadamente 3,5 bilhões de boe.

 

Os excelentes resultados dessas duas perfurações, as ótimas respostas do Teste de Longa Duração (TLD) do poço pioneiro 1-ESS-103A e as facilidades logísticas já instaladas e em instalação na área levam a Petrobras a intensificar os estudos para acelerar a produção do pré-sal do Espírito Santo.

 

 

 

Almir Guilherme Barbassa

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Petrobras perfura 3 poços no pré-sal do Espirito Santo + informa'~oes sobre Iara e Shell BMS-54

O gerente geral de Reservas e Reservatórios da Engenharia de Produção da Petrobras, Carlos Eugênio Ressurreição, disse ontem que a companhia está no momento perfurando três poços na área do pré-sal do Parque das Baleias, na Bacia de Campos. "Aquela região é muito promissora", afirmou, lembrando o caso do campo de Jubarte, que hoje já produz óleo e gás provenientes de um reservatório abaixo da camada de sal, além de estar interligado a poços no pós sal.

Segundo ele, estão sendo perfurados poços nos campos de Baleia Franca, Baleia Azul e Caxaréu, todos na mesma área e que apresentam condições bastante semelhantes às de Jubarte. Naquela região, diferentemente da que está em torno de Tupi, na Bacia de Santos, a camada de sal tem apenas 200 metros e não dois mil metros, o que facilita as operações.

Além das perfurações naquela região, a Petrobras tem dado continuidade às avaliações do pré-sal na Bacia de Santos, segundo ele, agora por meio de sísmicas. A companhia iniciou estudos sísmicos de terceira dimensão para melhor avaliar os reservatórios de Tupi, onde já anunciou que foram encontrados potenciais de cinco a oito bilhões de barris.

"Não são estudos que visam avaliar o reservatório com vista a delimitar uma possível unitização. Isso não acontece nesta área do BM-S-11. Só em outra", comentou, dando a entender que esta possibilidade de unitização poderia estar sendo avaliada apenas para Iara, prospecto também desenvolvido no BM-S-11. A possibilidade de Iara ter que passar por uma unitização já havia, inclusive, sido comentada pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em entrevista no encerramento da Rio Oil & Gas este ano.

Segundo técnicos que avaliaram os estudos sísmicos existentes sobre estas áreas até hoje, os reservatórios de Iara poderiam se estender para além dos limites com o BMS-54, que é operado pela Shell, e até hoje não teve nenhuma perfuração.

Segundo o gerente da estatal, os estudos sísmicos que vão ocorrer em Tupi devem ser concluídos em julho de 2009 e serão o maior volume de estudos deste tipo já encomendados por uma companhia no mundo, num total de 3,5 mil quilômetros quadrados. Para o final do próximo ano, a companhia ainda deve iniciar na área estudos sísmicos 4D. "Nosso foco número um agora é Tupi, para dimensionarmos os volumes destes reservatórios exatamente e iniciarmos a produção visando a melhor compreensão desta área", disse.

Entre as possibilidades tecnológicas que estão sendo avaliadas para desenvolvimento dos campos do pré-sal estão, segundo ele, a perfuração de poços que estejam em "maior contato com o reservatório". "Se hoje as maiores extensões de poços atingem a dois quilômetros, pretendemos elevar isso para até dez ou 12 quilômetros no pré-sal na Bacia de Santos para aumentar nosso aproveitamento da área", disse. (Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Kelly Lima/Agência Estado)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ANP prorroga rodada de "campos maduros"

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu prorrogar para o ano que vem a chamada "rodadinha", que consiste na venda de campos maduros de petróleo com baixa produção, informou o diretor da ANP Nelson Narciso.

A "rodadinha" ocorreria em dezembro deste ano, próxima ao 10º leilão de áreas de petróleo e gás da agência, mantido para 18 de dezembro. "Esta (10º) está rigorosamente ?on time?", disse o diretor a jornalistas, após encontro com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Carlos Gutierrez, no Rio de Janeiro.

"Tudo o que precisa ser feito para a 10ª rodada está alinhado, todos os blocos estão aprovados, o hotel está bem encaminhado, o sistema e toda a estrutura. Estamos trabalhando para colocar a rodada no dia 18", complementou.

Segundo Narciso, a "rodadinha" iria oferecer 19 blocos em terra, e a previsão é de que seja realizada ainda no primeiro trimestre de 2009. "Nós já temos o aval do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) para a ?rodadinha?, mas resolvemos não mexer com ela porque tem algumas restrições ambientais. Queremos limpar a possibilidades de problemas para depois colocar a rodada", afirmou, sem dar detalhes sobre os obstáculos para a venda.

Ele confirmou que a ANP retirou 32 blocos que já haviam sido anunciados para a 10ª rodada, devido a problemas de licenciamento ambiental das áreas, o que poderia incitar recursos judiciais. "Tudo o que poderia inibir (a participação de investidores) nós procuramos limpar", afirmou. Com essa redução, a 10ª rodada vai oferecer 130 blocos terrestres em sete bacias sedimentares.

Narciso disse ainda que na próxima terça-feira será realizada a audiência pública da 10ª rodada, onde será feita uma apresentação de todas as áreas que serão ofertadas e discutido o pré-edital publicado em 2 de outubro. A previsão é de que o edital definitivo seja publicado no dia 30 de outubro. O diretor reconheceu que o perfil de investidores que deverão participar da 10ª rodada, será de pequenos e médios, em razão das características do leilão.(Fonte: Gazeta Mercantil/Reuters)
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Nota do Blogueiro:
É necessário distinguir entre "campos maduros", "blocos exploratórios", "prospectos" e "campos" para entender todo o mecansmo de concessões.
A concessão para operar um "campo maduro" consiste em obter toda a licença com os dados sobre os limites do campo e volume de óleo recuperável existente, basta à empresa dona da concessão colocar estes poços existentes dentro do campo para produzir após algum trabalho de intervenção (limpeza, abertura de tampões, até reperfuração de fases) e equipagem do poço para produzir. Podendo, a seu critério, perfurar mais poços com outras tecnologias para aumentar a recuperação de óleo.
Um "bloco exploratório" é uma região onde se tem poucos dados sísmicos, ou nenhum, e a partir de análise e reprocessamento de dados sísmicos se encontra alguns possíveis "prospectos" para serem perfurados. Prospecto é uma posição onde será feito um poço para avaliar a existência ou não de petróleo ou gás ou mesmo para avaliar se o modelo geológico aplicado estava adequado para aquele bloco (região) - caso contrário, necessitará de reprocessamento de dados sísmicos. Encontrando-se óleo e havendo uma boa correlação de dados do modelo com os de uma ou mais perfurações, pode-se delimitar um campo dentro de um bloco (ou talvez tão grande que passe pelo limite de mais de um bloco).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Parque das Baleias, no Espírito Santo, é novo pólo do pré-sal


A área denominada Parque das Baleias na costa capixaba, onde está o campo de Jubarte, é considerada pela Petrobras como o novo pólo do pré-sal no Brasil, vindo somar-se ao complexo de Tupi, na Bacia de Santos, onde somente dois dos oito projetos existentes já permitem praticamente dobrar as reservas nacionais de óleo e gás natural.

A área, localizada ao norte da Bacia de Campos, ainda não tem uma estimativa definitiva de volume de petróleo, mas tem apresentado resultados nas perfurações, que surpreendem a equipe técnica da estatal.

"Pensamos em até mudar o nome da área, para pólo do pré-sal capixaba, diante das boas revelações que ela vem nos trazendo", comentou o gerente-executivo de Exploração e Produção da estatal, José Antonio de Figueiredo.

Na área do Parque das Baleias, a Petrobrás já tinha encontrado nos últimos anos indícios de óleo pesado na parte sobre a camada de sal. Mas desde que começou a perfurar também abaixo desta formação geológica, os bons resultados começaram a aparecer e permitiram conectar o primeiro poço do pré-sal a uma plataforma em operação, a P-34, no campo de Jubarte, no início de setembro.

Segundo Figueiredo, já foram perfurados quatro poços nessa área, "todos com excelentes resultados", com indícios de óleo leve e gás.

4 bilhões de barris. Outros dois poços devem ser furados até o fim do ano, para confirmar as descobertas na área. Além de Jubarte, o Parque das Baleias tem ainda por entrar em produção os campos de Cachalote, Baleia Azul, Baleia Franca e Baleia Anã.

Há duas semanas, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, havia confirmado a informação de uma fonte da Petrobras que indicava que somente em Jubarte poderia haver cerca de 4 bilhões de barris equivalentes de gás natural e que, por conta disso, a Petrobrás estudava deixar uma plataforma exclusivamente para atuar no pré-sal de Jubarte. A possibilidade, segundo Figueiredo, não está confirmada ainda pela estatal.

Além de investir no pré-sal da área do Parque das Baleias, a Petrobras adotou a estratégia de expandir todos os seus poços de perfuração para além da camada de sal em todas as regiões da costa brasileira por onde se estende esta formação geológica. A camada de sal está localizada ao longo de 800 quilômetros na costa brasileira, por uma largura de 200 quilômetros.

Assim, disse o executivo, a companhia já começou a perfurar poços abaixo do sal em campos tradicionais e grandes produtores na Bacia de Campos, como Roncador e Marlim, por exemplo. Há, entre os geólogos, uma tese de que há uma segunda bacia com o mesmo ou maior potencial, localizada abaixo da Bacia de Campos, hoje responsável pela produção de 80% do petróleo nacional.

"O que estamos fazendo é um esforço exploratório conjunto para estender para baixo da barreira do sal as perfurações que já estavam programadas acima dela", disse.

A principal vantagem destas perfurações, tanto na Bacia de Campos, quanto na Bacia do Espírito Santo, é que a camada de sal nessas regiões é menos extensa do que os dois quilômetros encontrados em Santos. No Espírito Santo, por exemplo, ela chega a ter apenas 200 metros "A profundidade dos reservatórios, que na Bacia de Santos é de 6 mil a 7 mil metros, nas demais localidades fica em torno de quatro mil metros", comentou.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Kelly Lima/Da Agência estado)




Bacia de Campos entra no mapa do pré-sal

Rio de Janeiro - Depois das promissoras descobertas na bacia de Santos, as petroleiras agora buscam petróleo e gás no pré-sal da bacia de Campos. Responsável por mais de 80% da de toda a produção de petróleo nacional, a bacia recebeu desde setembro sete sondas com objetivos de perfuração com mais de quatro mil metros de profundidade, segundo apurou a Gazeta Mercantil. A Petrobras procura óleo no pré-sal campo de Marlim Leste, um dos maiores campos do País. A americana Anadarko anunciou descobertas relevantes na semana passada e a Shell enviou sonda para explorar a 4.600 metros o BC-10.

"Estamos indo mais fundo também na bacia de Campos", afirmou o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, José Antonio de Figueiredo. No final do ano, segundo ele, a empresa poderá concluir se há indícios de óleo em poços no pré-sal da bacia de Campos. Mesmo com a busca por pré-sal em Campos, a Petrobras continua firme na bacia de Santos, onde já informou reservas em Tupi e Iara. Figueiredo informou que há hoje oito sondas perfurando o pré-sal da região promissora. O número vai aumentar para 14 no próximo ano. Figueiredo afirmou que há jazidas na Bacia de Campos que já produzem petróleo do pré-sal, mas ressaltou que são estruturas diferentes dos promissores campos encontrados no cluster de Santos. A busca agora é em profundidades muito maiores e com mais potencial de descobertas. A Petrobras vai aumentar a produção de petróleo em cerca de 100 mil barris até o final do ano. Duas plataformas - a P-52 e P-54 - vão começar a produzir óleo e gás a partir de novos poços. E a P-51, que será entregue amanhã, começará a produzir cerca de 20 mil barris até final de dezembro, segundo planeja o gerente de engenharia da empresa Pedro Barusco.

Primeira plataforma semi-submersível construída integralmente no Brasil, a P-51 será batizada hoje, no estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ). O conteúdo local acima de 75% de bens e serviços adquiridos de fornecedores nacionais marcou a retomada da indústria naval. A cerimônia de batismo contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Com investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão, a plataforma foi construída pelo consórcio FSTP (Keepel Fells e Technip) nas cidades de Niterói, Rio de Janeiro, Itaguaí e Angra dos Reis, pela Nuovo Pignone, Rio de Janeiro e pela Rolls Royce, em Niterói. "Em fevereiro de 2003, pouco depois da posse do presidente Lula, a direção da Petrobras optou por suspender o processo de licitação da P-51 e da P-52, que já estava em andamento, para incluir no edital a exigência de conteúdo nacional mínimo".

As obras dessa nova plataforma geraram cerca de 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Em 2010, quando atingir sua capacidade operacional máxima, vai produzir 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A P-51 ficará ancorada no campo de Marlim Sul será interligada a 19 poços (10 produtores de óleo e gás e 9 injetores de água) e produzirá óleo de 22º graus API, considerado pesado.(Fonte: Gazeta Mercantil/Sabrina Lorenzi)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

OGX quer antecipar fase de produção

A OGX vai antecipar a fase de desenvolvimento da produção na Bacia de Campos, onde possui sete blocos e é operadora em cinco deles. Com informações que confirmam a existência de promissores campos de petróleo e gás natural, a companhia conversa com fornecedores de plataformas antes mesmo de iniciar a perfuração de poços para estimar as reservas. Também já contratou cinco sondas de perfuração para continuar os trabalhos de exploração em Campos e na bacia do Pará-Maranhão.

"Ali nós estamos marchando que nem soldado. Vamos para o ataque, vai acontecer. Ainda sobra US$ 2 bilhões de caixa", contou Eike Batista. O empresário destaca que a empresa espera encontrar 5 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) até 2011. Para tanto, vai investir US$ 3 bilhões até 2012. Dois bilhões de reais serão destinados à fase de exploração e US$ 1 bilhão para iniciar a fa-

se desenvolvimento da produção. "A OGX está com US$ 4,5 bilhões em caixa. Nós não precisamos de financiamento. Nós captamos US$ 4,1 bilhões no IPO, só que ela já tinha US$ 400 milhões em caixa do levantamento do private equity. Então a OGX tem hoje US$ 4,5 bilhões em caixa."

A empresa já deu início aos estudos de sísmica nas áreas da bacia Pará-Maranhão. A coleta de dados geológicos deve ser concluída em abril. Em seguida, a interpretação da sísmica será feita para, então, a empresa começar a perfurar.

"A licença sai primeiro em Pará-Maranhão. Estamos esperando conseguir as licenças até setembro do ano que vem", disse Batista.

A empresa captou R$ 6,71 bilhões no processo de distribuição de ações ordinárias. A oferta compreendeu a distribuição pública primária de 5.934.273 de ações no Brasil. No dia 13 de junho de 2008 as ações da OGX estrearam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e encerram o dia de estréia com alta de 8%. A companhia já nasceu gigante, com 21 áreas de petróleo e gás para explorar. Após adquirir áreas da Shell, a empresa agora conversa com outras petroleiras para comprar concessões de áreas na bacia de Santos.

Eike Batista quer formar parcerias para desbravar as áreas. Vinte empresas conversam com a OGX no começo do ano. "Troquei ouro por petróleo", disse o empresário no dia do leilão, ao desembolsar US$ 1,4 bilhão pelos blocos exploratórios. A empresa passou a ser o carro-chefe do grupo depois que o empresário decidiu vender dois dos três sistemas de mineração à empresa Anglo American. Batista colocou Rodolfo Landim à frente da empresa no início do ano. O executivo estava à frente da MMX, onde se destacou por desenvolver o sistema de produção do Amapá. (Fonte: Gazeta Mercantil/S.L.)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Fwd: Anadarko descobre óleo no pré-sal e confirma que trará Transocean Deepwater Millenium.

Pré-sal: americana acha óleo

A petroleira norte-americana Anadarko anunciou ontem descoberta de petróleo na camada pré-sal do Brasil, a primeira realizada por uma empresa estrangeira como operadora em bloco de exploração no País. A empresa informou que as perfurações foram realizadas no poço chamado Wahoo, na Bacia de Campos, distante cerca de 40 quilômetros do campo de Jubarte (operado pela Petrobras), o primeiro a extrair petróleo do pré-sal.

"O poço 1-APL-1-ESS está localizado no bloco BM-C-30 em uma profundidade de aproximadamente 4.650 pés (1,4 km), a cerca de 25 milhas ao sudeste e separado da descoberta anunciada anteriormente pela Petrobras no campo gigante de Jubarte", afirmou a empresa em comunicado.

Ainda segunda a Anadarko, resultados preliminares dos testes em Wahoo indicam características semelhantes a Jubarte, que inicialmente está produzindo cerca de 18 mil barris por dia de petróleo leve no pré-sal, mas em águas rasas.

A Anadarko possui 30% de participação no bloco onde está o poço de Wahoo. A também norte-americana Devon Energy Corp tem outros 25%, a EnCana Brasil Petróleo Ltda tem também 25% e a SK do Brasil Ltda possui 20%.

"Nosso primeiro teste de operação no pré-sal do Brasil é um sucesso retumbante, à medida que estamos vendo dados que espelham outras descobertas muito significativas na prolífica área do pré-sal", afirmou o vice-presidente da Anadarko para exploração no mundo, Bob Daniels. "Ainda estamos no início do processo, e planejamos continuar perfurando visando aos nossos objetivos de atingir uma profundidade total de aproximadamente 20 mil pés."

Segundo ele, os resultados positivos apurados até o momento encorajam e validam a decisão da companhia de realocar a sonda de perfuração de águas profundas Transocean Millenium para o Brasil, para executar o programa de exploração do pré-sal, que inclui pelo menos outros quatro poços em águas profundas das bacias de Campos e Espírito Santo até meados do ano que vem. Após as operações em Wahoo, a Anadarko moverá a sonda para o poço de Serpa.

(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Roberto Samora/Da agência Reuters)
 

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Petrobras: esclarecimentos sobre diversas notícias da midia


Esclarecimentos                                                                                                   fonte: site de relacionamentos com o investidor da Petrobras

Rio de Janeiro,1 de setembro de 2008 – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA, BCBA: APBR/APBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, em resposta ao ofício CVM/SEP/GEA-2/Nº 210/08, sobre as notícias, veiculadas no Jornal do Commércio e Valor Econômico em 29.08.2008, esclarece que:

 

1.        Jornal do Commércio "Petrobras vai investir US$ 30,9 bi em refinarias - Combustíveis - Plantas no Nordeste contarão com alta tecnologia no processamento do óleo pesado produzido na Bacia de Campos. Primeira unidade deve começar a operar em setembro de 2013"

       

A Companhia divulgou amplamente através de comunicados ao mercado, que foram arquivados no sistema IPE e divulgados concomitantemente no site de relações com investidores da Companhia (www.petrobras.com.br/ri), nos dias 10 e 16 de junho de 2008, onde manifestou a intenção de estudar, em conjunto com o Estado do Ceará e do Maranhão, a possibilidade de instalação de refinarias Premium, com capacidade de processar 300 mil bpd e 600 mil bpd, respectivamente, onde as Partes se comprometeram a assinar Memorando de Entendimentos que estabelecerá as premissas iniciais para a atuação das Partes na implementação dos empreendimentos.

 

A intenção de instalar as supracitadas refinarias ainda encontra-se em fase de avaliação e de definição das premissas e os Memorandos de Entendimentos ainda não foram assinados. Esses possíveis investimentos não constam do atual Plano de Negócios para o período de 2008-2012, que está em sua revisão anual, e que será divulgado após aprovação.

 

2.        Jornal do Commércio "Produção de etanol em 2009"

 

Em 14 de agosto de 2007 a Petrobras editou comunicado ao mercado com seu Plano Estratégico 2020 e Plano de Negócios 2008 – 2012, sendo divulgado posteriormente como Fato Relevante em 16 de agosto de 2007 e publicado nos jornais Editora JB - SP, Jornal do Commércio e Valor Econômico, ambos arquivados no sistema IPE, e divulgados concomitantemente no site de relações com investidores da Companhia (www.petrobras.com.br/ri).

 

As informações veiculadas constam do Plano de Negócios 2008-2012, que envolve investimentos de US$ 1,5 bilhão na área de Biocombustíveis, com a meta de exportação de etanol em 2012 de 4,75 milhões de m3/ano.

 

Jornal do Commércio "Busca de sócios em usinas"

 

Recentemente a Petrobras criou a subsidiária Petrobras Bicombustíveis S.A., fato amplamente divulgado ao mercado e arquivado na CVM. A empresa ficará responsável pelos investimentos na produção de bicombustíveis e tem como prioridade prospectar negócios nos mercados de etanol e biodiesel. A busca de parcerias para a produção de etanol e biodiesel é atividade pertinente à nova empresa, conforme já colocado em diversas oportunidades.    

 

3.        Jornal do Commércio "PDVSA busca sócios para investir US$ 15 bi - Expansão –Estatal venezuelana alocará US$ 3 bi por ano na criação de empresas nos setores de hidrocarbonetos, elétrico, insumos, informática e telecomunicações".

 

A Petrobras está permanentemente atenta as oportunidades de negócios em atividades de petróleo, gás natural e energia, que podem ser constituídos 100% Petrobras como também através de parcerias. No entanto, não possuímos atualmente informação relevante de parceria com a companhia PDVSA, exceto a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, conforme divulgado amplamente ao mercado em 26 de março de 2008.

 

4.        Valor Econômico - "Petrobras pode alterar investimentos",

 

Conforme acima dito, a Petrobras revisa anualmente seu Plano de Negócios e o plano de investimento, com intuito de ajustar o plano às demandas de mercado e premissas macro-econômicas, incluindo a revisão da carteira de projetos. Assim que a revisão do plano for aprovada pelo Conselho de Administração, daremos ampla divulgação ao mercado.

OGX faz levantamento sísmico de blocos na Bacia de Campos

Fonte: Redação TN Petróleo - Data: 05/09/2008 10:25

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Mais nova companhia petrolífera brasileira, a OGX inicia este mês o levantamento sísmico dos sete blocos sob sua concessão na Bacia de Campos, localizados próximos aos campos de Polvo (operado pela Devon Energy), Peregrino (HydroBrasil/Statoil), Maromba e Papa-Terra (Petrobras). Para isso vai utilizar um dos mais modernos navios de sísmica do mundo, o Ramform Valiant, da GPS.

 Dotado de posicionamento dinâmico, autonomia de 110 dias e capacidade para até 20 cabos – aumentando a eficiência do levantamento sísmico – o navio partiu do Rio para a Bacia de Campos esta semana, com a tarefa de realizar, nos próximos dois meses, a sísmica de uma área total de 2,136 mil km². O início do trabalho faz parte da estratégia da OGX, criada em julho de 2007, que prevê iniciar as perfurações dos primeiros poços em setembro de 2009.

 Por isso mesmo atraiu o interesse dos analistas do mercado financeiro convidados para visitar o navio, juntamente com a reportagem da TN Petróleo, em uma visita que foi acompanhada pelo presidente da OGX, Rodolfo Landim, Francisco Gros, vice-presidente do conselho, o diretor de Produção e Desenvolvimento, Reinaldo Belotti, e o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Marcelo Faber Torres.

 Potencial conhecido

 Os blocos da OGX na Bacia de Campos estão em áreas adjacentes a campos com reservas substanciais, entre provadas, prováveis e possíveis, como Polvo (aproximadamente 285 milhões de boe), Peregrino (em torno de 500 milhões de boe), Papa-Terra (700 milhões de boe) e Maromba (245 milhões de boe). Parecem pequenos perto do gigantismo do pré-sal, mas são reservatórios atraentes para qualquer companhia de petróleo.

 Na realidade, estes blocos estão em uma área na qual a Petrobras já perfurou poços no passado, encontrando indícios de petróleo, que, na época não apresentavam condições de comercialidade. Assim o diretor de Produção e Desenvolvimento da petroleira, Reinaldo Belotti, explica porque a expectativa da empresa é iniciar a produção de óleo na área já em 2011, sem ainda ter perfurado um único poço. E é de 2,5 bilhões de boe o volume de óleo que a empresa espera encontrar, levando em consideração um Estudo de Viabilidade elaborado pela DeGolyer & MacNaughton, sobre os Recursos Potenciais Riscados Líquidos da OGX nestes blocos. A OGX é a operadora de cinco (100%) dos sete blocos da Bacia de Campos, sendo os outros dois operados pela sócia Maersk (50%).

 Cronograma abrangente

 Belotti afirma que logo após a perfuração do primeiro poço na Bacia de Campos, a empresa vai para a Bacia de Santos, uma vez que está reprocessando os dados sísmicos sobre esta área adquiridos da CGG Veritas. A empresa é operadora nos quatro blocos próximos à área de Mexilhão, que foram adquiridos na nona rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Anp), realizada no ano passado. A petroleira tem ainda 50% em um quinto bloco, com cerca de 800 km², adquirido por meio de processo de Farm-in, mas que ainda está sujeito a aprovação da Anp, o qual deverá deliberar com todo cuidado, uma vez que há informações de que estaria numa área do pré-sal, onde a Petrobrás localizou jazidas gigantes.

 As atividades de sísmica vão começar também no Espírito Santo, em uma área de 1,9 mil km², que abrange os cinco blocos sob sua concessão, nos quais perfurações passadas indicaram a presença de petróleo leve na região. Estes blocos, no qual a OGX detém 50%, são operados pela sócia Perenco (que tem os outros 50%). Isto se deve ao fato da OGX, que estreou última rodada, não ter obtido qualificação A (que é a da Perenco), que habilita uma empresa a operar em qualquer bloco oferecido naquele leilão. Como operadora B, está qualificada a operar apenas em blocos situados em águas rasas e em terra.

 Situação que a empresa pretende mudar nos próximos leilões, com uma programação exploratória abrangente: ela já requereu ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a Licença de Pesquisa Sísmica (LPS), para três dos cinco blocos que controla (100%) na Bacia Pará-Maranhão. Uma vez que a qualificação A é dada a quem acumula experiência comprovada em qualquer condição de profundidade, a OGX quer começar a marcar pontos o quanto antes, apostando no time de profissionais que "prospectou" na Petrobras: do presidente, Rodolfo Landim, aos diretores de Operações e E&P, Paulo Mendonça, a Belotti e outros profissionais que integraram o time da estatal em uma das mais bem sucedidas campanhas exploratórias de todos os tempos. Sem contabilizar ainda o pré-sal. Mas isto é outra história...da qual a OGX quer fazer parte.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

XISTO e Óleos Pesados


Recomendo a leitura em "Notícias Compartilhadas" do assunto referente ao Xisto no Blog do Wagner Victer. Realmente este tipo de óleo (de argilas betuminosas), aliado ao óleo extraído de areias betuminosas e os óleos pesados incrementariam muito as reservas mundiais de óleo. (quem tiver dados, mesmo estimados, das reservas destes minerais seria um bom dado para adicionar).
Com os preços do petróleo cada vez mais altos, as tecnologias para extração destes óleos tornam-se cada vez mais viáveis, pelo próprio desenvolvimento das mesmas, e as reservas tendem a aumentar. Sem contar o desenvolvimento de tecnologias alternativas de produção de energia.
 

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

BMS-11: Tupi e Iara

Descoberta nova acumulação de óleo leve no Pré-Sal situado no litoral do Rio de Janeiro

Redação

Rio de Janeiro, 18:38 7/8/2008 - A Petrobras informou ao mercado, logo após o fechamento da Bolsa, que o consórcio formado pela Petrobras (65% - Operadora), BG Group (25%) e Galp Energia (10%), para a exploração do bloco BM-S-11, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, comprovou a ocorrência de mais uma jazida de óleo leve, com densidade em torno de 30º API, nos reservatórios do pré-sal.

O bloco BM-S-11 é composto por duas áreas exploratórias. Na maior delas foi perfurado o primeiro poço 1-BRSA-369A-RJS (1-RJS-628A), informalmente chamado de Tupi, que resultou na descoberta anunciada em 11 de julho de 2006, e cujo Plano de Avaliação aprovado pela ANP encontra-se em execução .

O novo poço, denominado 1-BRSA-618-RJS (1-RJS-656), informalmente conhecido como Iara, localiza-se na área menor do bloco original (cor verde no mapa), a cerca de 230 km do litoral da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina d''água de 2.230 metros. O poço ainda encontra-se em perfuração, na busca de objetivos mais profundos.

A descoberta foi comprovada através de amostragem de óleo leve por teste a cabo, em reservatórios localizados em profundidade de cerca de 5.600m, e comunicada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta data.

Após a conclusão do poço, o Consórcio dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a verificação das dimensões da jazida e das características dos reservatórios de petróleo através do encaminhamento de um Plano de Avaliação à ANP, conforme previsto no Contrato de Concessão.



segunda-feira, 28 de julho de 2008

Atlas de Sensibilidade Ambiental


MMA lança Atlas de Sensibilidade Ambiental da Bacia de Santos

A Gerência de Qualidade Costeira e do Ar (GQCA) da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente lança no dia 1º de agosto, no Rio de Janeiro, o Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo da Bacia Marítima de Santos. A iniciativa reforça o compromisso do governo de mapear as nove grandes bacias sedimentares marítimas brasileiras. O atlas de sensibilidade bacia de Santos contém 33 Cartas de Sensibilidade Ambiental ao Derramamento de Óleo (Cartas SAO), com informações sobre o ecossistema e a ocupação de todas as regiões da bacia.

O atlas integra o Plano Cartográfico estabelecido pelo MMA e Ibama em conjunto com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que inclui também o Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo das Bacias Sedimentares Marítimas do Ceará e Potiguar, lançado em 2004. Estão em preparação outros sete produtos similares para as bacias de Sergipe-Alagoas/Pernambuco-Paraíba, do Sul da Bahia, do Espírito Santo, da Foz do Amazonas, do Pará-Maranhão-Barreirinhas, de Pelotas e de Campos.

As publicações compõem a base do Plano Nacional de Contingência a Derrame de Óleo (PNC) que, por determinação legal, é de atribuição do MMA: com a aprovação da Lei nº 9.966 (Lei do Óleo) em 2000, foi atribuída ao ministério a responsabilidade de identificar, localizar e definir limites das áreas ecologicamente sensíveis à poluição por óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional. Os atlas possibilitarão ao governo estabelecer medidas preventivas aos derramamentos de petróleo; e dar uma resposta organizada, rápida e eficaz em caso de acidentes dessa natureza. As águas jurisdicionais da costa brasileira são prioritárias nesse processo, uma vez que mais de 80% de todas as atividades que envolvem petróleo e gás se localizam no litoral.

?O lançamento do atlas é providencial, nesse momento em que todas as atenções se voltam à bacia de Santos em função da descoberta do grande potencial para exploração de óleo em suas águas profundas?, diz a técnica do GQCA Letícia Reis de Carvalho.

Ela lembra que a Bacia de Santos é considerada uma das mais importantes do País em termos de complexidade dos ecossistemas envolvidos, de diversidade de usos e de características socioeconômicas. ?O atlas é uma ferramenta essencial para o planejamento ambiental territorial da zona costeira marinha, para os instrumentos de política ambiental ? como licenciamento e monitoramento ? e para ações de resposta a emergências ambientais?, reitera.

As Cartas SAO foram elaboradas de acordo as Especificações e Normas Técnicas para Elaboração de Cartas de Sensibilidade Ambiental, definidas em 2004 pelo MMA em conjunto com o Ibama e a ANP. Os estudos incluem informações geomorfológicas, coleta de dados no local e imagens de satélites, entre outras.

O mapeamento inclui três escalas: a estratégica (1:500.000), a tática (1:150.000) e a operacional (1:50.000). Já os índices de sensibilidade ambiental variam de 1 a 10: quanto maior o algarismo, maior a sensibilidade. O índice 10, por exemplo, envolve deltas, margens de rios, manguezais, banhados e brejos ? os mais difíceis de limpar em caso de vazamento ? ao passo que o índice 1 abrange formações rochosas, falésias e estruturas artificiais lisas, entre outros de relativa facilidade na limpeza.

O lançamento do atlas ocorrerá no auditório-sede do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), no Rio de Janeiro, com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc; da secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Suzana Kahn; do diretor do Departamento de Qualidade Ambiental, Rudolph de Noronha; e do gerente de Qualidade Costeira e do Ar, Ademilson Zamboni.

Protocolo de Intenções - O evento do dia 1º de agosto marca também a assinatura de um Protocolo de Intenções entre o MMA e a Petrobras para a complementação do Plano Cartográfico. A cooperação inclui o mapeamento de três bacias (Foz do Amazonas, Pará-Maranhão-Barreirinhas e Pelotas) e a modelagem e alimentação de um banco de dados de interesse da gestão costeira e marinha, com ênfase nas informações disponíveis no MMA, no Ibama, no Banco de Dados Ambientais da Indústria do Petróleo (Bampetro) e na Petrobras.

A Bacia de Campos, porém, tem seu mapeamento de sensibilidade desenvolvido no âmbito do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ibama e a Petrobras.(Fonte: Jornal Dia a Dia - Três Lagoas,MS/Grace Perpetuo)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pré-Sal em Águas rasas (Pólo Merluza e Pólo Mexilhão-Lagosta)


Petrobras perfura poços em busca de reservas no pré-sal

 | 24.07.2008 | 09h45 EXAME Agência Estado 
 A Petrobras intensificou os esforços para comprovação de reservas de petróleo e gás na camada abaixo do leito marinho, chamada de pré-sal, na Bacia de Santos, onde já fez nove descobertas. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a companhia está perfurando, neste momento, seis poços exploratórios abaixo dos 6 mil metros de profundidade. A distância é semelhante à percorrida pelo poço descobridor de Tupi, maior reserva descoberta no Brasil.

Durante o primeiro semestre, a Petrobras mantinha uma média de três poços simultâneos em busca de reservas abaixo do sal, esforço limitado pela escassez de plataformas de perfuração para águas ultraprofundas. Nos últimos meses, porém, com o apoio da parceira Repsol, da Espanha, decidiu ainda buscar reservas no pré-sal em blocos localizados em águas rasas. Nesse último caso, está o bloco BM-S-12, da 3ª Rodada de Licitações da ANP, em 2001, na porção sul da Bacia de Santos, a 400 quilômetros de Tupi. Lá, a Petrobras pretende atingir os 6.525 metros de profundidade. No meio do caminho, já encontrou indícios de gás que, segundo um técnico da companhia, estão acima da camada de sal.

De acordo com geólogos, há boas perspectivas de descobertas de gás abaixo da camada de sal na região do BM-S-12, em frente ao litoral de Santa Catarina. O local, batizado de Pólo Sul da Bacia de Santos, tem pequenos campos como Coral, Estrela do Mar e Cavalo Marinho, e produziu uma média de 3,7 mil barris de petróleo em 2007. Há outra frente de busca por reservatórios profundos abaixo do sal em blocos de águas rasas, no Pólo Merluza da Bacia de Santos. Segundo a ANP, a companhia perfura neste momento um poço próximo ao campo de Lagosta, descoberto em 2004, buscando reservas a 6.189 metros de profundidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Geopolítica do Petróleo: dados Interessantes

 
Recomendo a leitura do texto compartilhado na área de notícias relacionadas com o título:

O Petróleo e a Balança Comercial

domingo, 13 de julho de 2008

Pré-Sal unitização e descobertas


Petrobrás quer unir exploração

Estatal reconhece que consórcios em Tupi têm de se juntar

Pela primeira vez desde o anúncio das descobertas de reservatórios de óleo na camada pré-sal em Tupi, a Petrobrás reconheceu a necessidade de unificação do comando sobre vários blocos, hoje distribuídos entre consórcios que arremataram as áreas em leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) nos últimos anos.

Segundo o diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, ?existem as primeiras estimativas de que isso será necessário?.

A unificação do comando - ou unitização, como chamada no setor - ocorre quando dois ou mais concessionários possuem blocos de exploração de petróleo situados sobre uma mesma jazida contínua. A idéia é evitar uma exploração predatória da área prejudicando o outro concessionário que tem direito sobre a mesma jazida.

Assim como em vários países, a Lei do Petróleo brasileira orienta para que os concessionários discutam a unificação da produção, constituindo joint ventures. Caso não haja a formação voluntária, o caso é submetido a uma decisão arbitral, que delineará a formação do novo consórcio. Estrella negou-se a responder em quais áreas a unitização seria necessária. Hoje, das áreas que estão localizadas no pré-sal da Bacia de Santos, apenas o BM-S-22 não está sob operação da Petrobrás. A Exxon Mobil detém a operação da área com 40%, com participação da Amerada Hess em mais 40% e Petrobrás com 20%.

A área ainda não teve nenhum poço perfurado. As demais cinco áreas localizadas no ponto considerado top de linha do pré-sal - onde está a acumulação chamada pelos analistas de Pão de Açúcar, que concentra os prospectos de Bem-Te-Vi, Carioca (incluindo Guará) e Parati - além de Tupi e Júpiter, estão todas nas mãos da Petrobrás, que detém parcerias com outros grupos estrangeiros que se repetem em várias formações de consórcios. Como sócias da Petrobrás estão BG, Galp, Partex, Repsol e Shell.

Na prática, os blocos em que houver a comprovação de reserva unificada terão de ser redistribuídos conforme a composição acionária sobre a concessão de cada um deles e a respectiva área e reserva que detém.

Estrella comentou que a possibilidade de unitização é uma realidade presente nos estudos da empresa, e a discussão sobre a perspectiva é constante. Mas fez questão de ressaltar que qualquer decisão sobre o assunto deverá ser tomada pela ANP. O diretor lembrou ainda que vários blocos naquela área nem sequer chegaram a ser licitados e hoje pertencem à União.(Fonte: O Estado de S.Paulo/Kelly Lima, RIO)
 
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POÇO DIRECIONAL

Um dos objetivos deste blog é juntar informações técnicas para facilitar a consulta e o entendimento de leigos e de engenheiros de outras áreas. Desta forma, utilizarei algumas discussõs que achei interessante da comunidade de engenharia de petróleo e compilarei retirando algumas observações e incluindo outras.
Abaixo uma compilação de postings do tópico POÇO DIRECIONAL entre Luis Rocha, Brenda e Luciano Elias.
"(...)
Alguma coisa já foi mencionada sobre poços direcionais no Tópico sobre Engenharia de Petróleo. Porém, acho interessante falarmos um pouco mais sobre esse assunto.

Entre as diversas áreas que compõem a Engenharia de Petróleo, a Perfuração Direcional foi uma das que mais evoluiu ao longo dos anos. É simplesmente notável o que a perfuração direcional pode fazer nos dias de hoje!

Basicamente, podemos dizer que um poço direcional se caracteriza por ter seu objetivo planejado para ser afastado da vertical que passa pela cabeça do poço. Por outro lado, manter a verticalidade em poços ditos verticais, não é uma tarefa fácil. Assim, mesmos os poços ditos verticais acabam por ter alguma inclinação.

A evolução dos equipamentos direcionais tem sido notável. O antigo conjunto "bent sub" (sub torto) e motor de fundo (aquele que faz a broca girar pela energia do fluido de perfuração), evoluiu para o chamados stearable motors, que por sua vez começam a dar a vez para os sofisticados rotary stearable systems.

O acoplamento desses equipamentos direcionais com os chamados MWD (measuring while drilling) e LWD (logging while drilling) fez com que a perfuração direcional passasse para o que chamamos hoje de Geostearring. Esse último permite que a formação seja, de certo modo, avaliada simultaneamente a perfuração do poço. Por unir informações de várias áreas, o Geosterring por sua vez exigiu que engenheiros, geólogos e geofísicos trabalhassem juntos em um ambiente multidisciplinar.

Naturalmente, que problemas existem também para a Perfuração Direcional. Instabilidade das formações, altos valores de arraste da coluna de perfuração com a a parede do poço e problemas para retirar os cascalhos do poço são casos típicos de dificuldades geralmente presente na perfuração de poços direcionais

Fluido para poço direcional

Neste tipo de perfuração, a importância do fluido aumenta, principalmente pelos motivos citados pelo Luis acima (todos podendo ser amenizados pelo fluido). Então vamos analisar cada um dos problemas apontados:
"Instabilidade das formações, altos valores de arraste da coluna de perfuração com a a parede do poço e problemas para retirar os cascalhos do poço são casos típicos de dificuldades geralmente presentes na perfuração de poços direcionais"
Instabilidade: a instabilidade pode ser combatida por intermédio do reboco do fluido("wall cake"). Formações de arenitos friáveis podem ser seladas com um projeto de granulometria das calcitas para serem adicionadas no fluido na proporção certa para selar os poros da formação ao se alojar, gerando um reboco mais consistente. A instabilidade pode ser dada também pela fragilidade da formação, neste caso, perfurar com uma taxa controlada e menor impacto de jatos pode ser uma alternativa. No caso da instabilidade causada pelas argilas e folhelhos, a inibição do fluido e do filtrado do fluido deve ser alta.
OBS COMPLEMENTAR: 1) um reboco de baixa qualidade (grosso, quebradiço) pode ser responsável por problemas neste sentido, neste caso, no teste de laboratório busca-se obter um reboco fino, plástico e resistente. O reboco grosso formado por um valor alto de filtrado pode ser responsável por torques e arrastes excessivos da coluna de perfuração; 2)não somente as calcitas, mas, também, outros materiais podem ser "dimensionados em sua distribuição granulométrica" para melhor adaptar-se às paredes e à melhor formação do reboco. Dentre estes materiais encontram-se materiais grafíticos e gilsonitas (materiais asfálticos naturais).
 
Arraste da coluna ("swab & drag" "pistoneio e arraste"): várias podem ser as causas - desde o número excessivo de "dog legs" à baixa inibição das argilas e folhelhos - que podem ser minimizadas com um fluido com maior concentração de produtos lubrificantes (no caso de fluido base água) ou o uso de fluidos sintéticos (se necessitar de maior lubricidade, maior teor de base sintética).
OBS COMPLEMENTAR: 1) Alguns lubrificantes mais modernos contém esferas de vidro ou de polímeros para facilitar as manobras de ferramentas e de descidas de revestimento tanto em fluidos aquosos (WBM) como nos fluidos não-aquosos (NAF). O mecanismo de atuação destas microesferas é de acoplar-se ao reboco e agir como um leito (colchão) de "bolas de gude" atuando como bilhas, reduzindo o esforço mecânico. Há operações de perfuração com longo trecho horizontal em que estas microesferas são utilizadas no próprio fluido de perfuração (não somente como um colchão durante a descida de revestimento), neste caso equipamentos recuperadores (conjunto de peneiras) minimizam a perda deste material. 2) Busca-se lubrificantes para WBM que seja não-oleosos, ou seja, isentos de óleos de petróleo. Desta forma muitos são a base de glicerol, ésteres etc - produtos com maior biodegradabilidade e menor toxicidade.

Limpeza do anular: Neste caso, a viscosidade do fluido deve ser um ponto de maior cuidado, mas a viscosidade dada pelas leituras à baixa taxa de cisalhamento (R3, R6 e LSRV) e o limite de escoamento do fluido, deve ser maior do que para poços verticais. Atenção especial deve ser dada aos géis inicial e final, visto que a bomba deve parar a cada adição de stands. O cálculo da velocidade de sedimentação dos cascalhos em virtude da viscosidade do fluido em simuladores nos possibilita prever os valores ótimos para cada vazão de bombeio. O problema de limpeza pode ser agravado pelo número de "dog legs" no poço, pois os cascalhos vão se depositando na curva, causando arraste e ou risco de prisão por desmoronamento.
OBS COMPLEMENTAR: 1) Há tecnologias modernas que buscam solucionar um problema não mencionado acima, mas que tem a ver com a limpeza do anular e pode ser prevista com os simuladores (em tempo real ou não), o problema do SAG. O SAG é a deposição de adensantes (geralmente barita) no leito do poço (em geral no leito inclinado) e quando a bomba pára para uma conexão ou para reparo pode ocorrer um "escorregamento" ou "avalanche" deste material prendendo a ferramenta. Tecnologias modernas de fluido utilizam materiais adensantes micronizados ou coloidais tratados para diminuir o efeito da viscosidade plástica, estes materiais são fornecidos para adensar o fluido, no entanto a velocidade de sedimentação dos mesmos é próxima de zero. Assim, fluidos preparados com estes materiais - seja WBM ou NAF - são estáveis o suficiente para ficar dias no poço sem ocorrência de sedimentação. Outra tecnologia moderna é o uso de salmouras pesadas para a fabricação de WBM mais pesados e isentos de sólidos, principalmente para a perfuração de reservatórios com pequeno tamanho de garganta - permeabilidade - e/ou de pequena porosidade - pequeno tamanho de poro. 2) Outra tecnologia desenvolvida para a melhoria da limpeza do poço é a dos fluidos NAF de "flat rheology'" - ou reologia fixa, reologia invariável - onde se busca diminuir a influência da temperatura na viscosidade do fluido (T alta viscosidade menor) principalmente as viscosidades a baixo cisalhamento, desta forma evita-se que haja deposição por causa da alta temperatura que reduziu a viscosidade do fluido, e aumento da pressão de bombeio quando a temperatura se reduz drasticamente no fundo oceânico aumentando a viscosidade. 3) um fator que ajuda a limpeza do poço e diminui a deposição de sólidos é a utilização de boas práticas de perfuração, como girar a coluna com alto RPM e reciprocá-la de vez em quando a fim de "agitar" e permitir que o fluido retire os sólidos que foram "levantados". Claro que este tipo de prática pode ser usada quando permitido, pois o reciprocamento da coluna pode gerar um pistoneio e entrada de gás no fluido (falso kick) e o alto RPM pode causar instabilidade na parede do poço (caso haja sinais de desmoronamento nas peneiras deve-se evitar este procedimento).

Comandos

No poço "vertical" usa-se o peso dos comandos na broca, como se faz no poço direcional, já que a medida que o poço inclina os comandos perdem força, ou mesmo no caso do poço horizontal?

jatos e brocas

Um eng.direcional poderia te dar melhor expliação do q eu. Mas vamos lá...
Atualmente é mais comum o uso de motor de fundo e das ferramentas de MWD que indicam o caminho seguido, como explicou o prof.acima. A potência nos jatos da broca é bastante necessária já q é o principal meio de controle da ROP (taxa de penetração). O peso sobre broca em poços direcionais deve ser usado com cautela, às vezes até não usado. Visto que se pode prender a ferramenta acunhando um estabilizador ou outro comando ao entrar em contato com a formação. Imagine um arame em um cano... se vc pressionar muito ele entorta na primeira curva ou faz zig zag (dog leg) e não chega ao fundo. No caso das formações macias (acunhamento) ou areias depletadas (diferencial) é grande o risco de aprisionamento.

HDD ou simplesmente Poço Horizontal

A perfuração horizontal é algo muito comum nos dias de hoje. A razão é simples, esse tipo de perfuração permite que uma extensão muito maior do reservatório fique exposta o que permite aumentar a produção de óleo.

Construção de um poço horizontal é muito semelhante à de um poço direcional comum. Existem poços horizontais com apenas um trecho de "build-up", isto são trechos onde se ganha ângulo e também existem aqueles que tem dois "build-up" com trecho de "slant" (trecho onde não existe ganho de ângulo) no meio.

Os problemas relativos ao um poço horizontal são basicamente os mesmo enfrentados pelos poços direcionais de grande inclinação. Entre os principais problemas podemos citar altos valores de arraste, problemas de limpeza de poços, flambagem da coluna de perfuração, perfilagem e instabilidade das formações.

Naturalmente que a descida e a cimentações dos revestimentos em poços horizontais é algo que deve ser feita com cautela. Altos valores de arraste dificultam a descida dos revestimentos em trechos de alta inclinação. Por sua vez nem sempre é tão fácil colocar o cimento ao redor do revestimento nos trechos horizontais ou de altas inclinações.

Em poços de grande inclinação, o efeito benéfico da gravidade de empurrar a coluna para baixo é parcialmente, ou totalmente, anulado. Dessa forma, para compensar esses fatores, são utilizadas colunas invertidas (ou BHA - Bottom Hole Assembly invertido). Nessas colunas invertidas, os componentes mais pesados, tais como os comandos (drill collars) e HWDP's, são mantidos na seção vertical do poço, longe da posição convencional que é logo acima da broca.
Continuação: Poço Horizontal
Assim sendo, para as colunas invertidas, os componentes mais pesados na posição vertical serão mais eficientes em aplicar peso à seção inferior do BHA para que a coluna desça, aumentando-se assim, a velocidade de perfuração sem comprometer os aspectos mecânicos dos tubos. Isto é permitido devido ao fato dos drillpipes suportarem as cargas compressivas sem flambar em trechos curvos e de alta inclinação do poço.

Finalmente, um aspecto que sempre se deve ter em mente em qualquer poço é sua destinação. Em outras palavras, o projeto de um poço direcional, direcional de grande ângulo ou horizontal deve levar em conta a fase de completação, na qual são descidos vários de equipamentos para permitir a produção do poço.