Texto Inicial

Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

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domingo, 21 de dezembro de 2008

OGX fecha compra de 50% de um bloco da Maersk

A petroleira OGX Petróleo e Gás informou ontem que concluiu a aquisição de 50% do bloco BM-S-29 da bacia de Santos, que pertencia integralmente à empresa Maersk Oil do Brasil, que será a operadora da área. A OGX já havia informado a seus investidores que estava negociando um "farm in" - que na linguagem do setor significa a entrada de uma empresa em uma concessão adquirida por outra - sem informar o bloco, a área ou o nome da empresa com a qual estava negociando.

Somente com a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), dada ontem, a OGX divulgou um comunicado. Mas o presidente da companhia, Rodolfo Landim, disse que não poderia informar quaisquer valores adicionais referentes ao negócio.

O bloco BM-S-29 passa a ser a 22ª área de concessão da OGX, que tem áreas adquiridas sozinhas e com parceiros. A empresa e a Maersk já são sócias em outros dois blocos na bacia de Campos e a OGX também tem blocos em parceria com a francesa Perenco. O BM-S-29 fica em águas rasas da bacia de Santos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pré-Sal no ES: PRIORIDADE

Petrobras revê investimentos e prioriza petróleo no ES

A região do Parque das Baleias, no Litoral Sul do Estado, é prioridade absoluta da Petrobras para intensificar a produção de petróleo na camada de pré-sal. Com previsão de investir US$ 1 bilhão no próximo ano, a estatal já descartou intensificar o trabalho na Bacia de Santos, onde descobertas importantes foram feitas no ano passado, em função do alto custo e de tecnologias mais avançadas necessárias para a área.

Mesmo considerando-se o preço atual do petróleo - variando de US$ 40 a US$ 45 o barril ? ainda será viável, dizem os especialistas, a produção no pré-sal no Parque das Baleias. "Essa é a coisa mais lógica que a Petrobras pode fazer em 2009. A região terá menor custo de produção, a camada de sal é menos densa (cerca de 200 metros contra 2 mil metros em Santos), e já há infra-estrutura preparada, uma vez que a produção no pós-sal começou há mais de dois anos", destaca o superintendente da Organização da Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Alfredo Renault.

No campo de Jubarte, que faz parte do Parque das Baleias, aliás, a Petrobras iniciou, em agosto deste ano, o Teste de Longa Duração (TLD) no primeiro poço da camada do pré-sal do país. Outras descobertas nessa camada já foram feitas no campo de Cachalote, no mesmo parque, e em outros dois campos próximos, Caxaréu e Pirambu.

Uma das plataformas que produzem hoje no campo de Golfinho, no Litoral Norte, será deslocada para o Sul, onde vai começar, efetivamente, a produção. Um FPSO (sigla de navio-plataforma que extrai óleo e gás, processa e armazena), chamado "Espírito Santo", deverá começar a produzir em Jubarte no primeiro trimestre de 2009.

O mercado aguarda para esta semana a divulgação, pela Petrobras, do plano estratégico 2009-2013, cuja revisão deveria ter sido anunciada em outubro. Os planos foram, porém, atropelados pela crise mundial.

Como o pré-sal capixaba é o mais adiantado, em termos de testes, também deverão vir para o litoral do Estado mais sondas de perfuração e plataformas.

Conforme estimativas da área técnica da Petrobras, para implementar a infra-estrutura, contratar plataforma e preparar os poços, o investimento precisa ser de US$ 3 bilhões para uma reserva de 500 milhões de barris. Considerando-se a estimativa de 3,5 bilhões no Parque das Baleias, no pós e pré-sal, nos próximos anos seriam necessários cerca de US$ 20 bilhões.

A estatal estaria negociando a transformação de algumas das 12 sondas de perfuração em águas profundas, contratadas este ano, em plataformas de produção para o Parque das Baleias. Se confirmada a informação, isso reforça a especulação de uma segunda estratégia da empresa: o direcionamento de recursos da área de exploração para a de produção e de refino.

Cotação

US$ 44,32 o barril

É o preço do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em janeiro, cotado pela Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês).

"É possível que os investimentos nas novas refinarias sejam alongados. A crise não é do setor do petróleo, mas da economia como um todo, então o preço do barril vai oscilar conforme o mundo reagir à crise", Alfredo Renault/superintendente da Onip.

(Fonte: A Gazeta/Vitória,ES/Denise Zandonadi)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

farra dos vereadores


Enviado por Lucia Hippolito -
18.12.2008
| 7h40m
a farra dos vereadores

Classe política de pernas para o ar


Na calada da noite, como convém para a aprovação de uma desfaçatez dessas, o Senado aprovou a recriação de 7.343 vagas de vereador em todo o Brasil, contrariando decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que tinha determinado a extinção de cerca de oito mil vagas.

Os municípios com até 15 mil habitantes terão o mínimo de nove vereadores e os municípios com mais de oito milhões de habitantes terão o máximo de 55 vereadores.

Como se trata de uma emenda constitucional foram necessários dois turnos de votação no plenário. Como foi possível, se há prazos regimentais a serem cumpridos? O famoso "interstício" (intervalo necessário entre as votações) foi inteiramente atropelado por acordo de líderes.

Oito sessões extraordinárias foram realizadas, para que fosse possível perpetrar, numa só noite, este desperdício de dinheiro público.

No primeiro turno, a emenda recebeu 54 votos a favor, cinco contra e uma abstenção. No segundo turno, obteve 58 a favor, cinco contra e uma abstenção.

Hoje vamos conhecer os nomes das excelências que votaram a favor desta situação lamentável. Papelão!

Suas Excelências contam com a falta de memória e pequena mobilização dos eleitores.

O que mais impressiona nestas votações é o seu completo descolamento da realidade.

Os parlamentares querem sair para as férias de Natal e não se incomodam em votar qualquer coisa, contanto que possam partir para seu descanso remunerado.

Trabalharam muito, as excelências.

Não se viu um único parlamentar propondo a criação de uma comissão nas duas casas para acompanhar, durante o mês de janeiro, a evolução da crise econômica. Para assessorar o Executivo, entender como a crise afeta o Brasil, propor medidas que possam atenuar seus efeitos sobre os brasileiros.

Nada. Só a farra dos vereadores, criação de cargos em Goiás.

E férias. Pernas para o ar, que ninguém é de ferro.

A classe política brasileira continua gostando de fazer piquenique à beira do abismo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Líderes pra que?

Professor da FGV diz que culto à liderança é modismo e que chefes têm pouca influência sobre o desempenho

Por Gabriel Penna (Exame)

(Hermano Thiry-Cherques, da FGV-RJ: "Para lidar com modismos, gerentes devem ser mais céticos e desenvolver os fundamentos")

Quem disse que as empresas só funcionam com líderes inspiradores ou carismáticos? Segundo o pesquisador e escritor Hermano Roberto Thiry-Cherques, de 58 anos, gestores e companhias investem em modelos de liderança sem ter provas de sua eficácia. "Existem e sempre existiram organizações que obtêm êxito sendo dirigidas formalmente, com hierarquias convencionais", diz. Professor titular na Escola de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, Hermano argumenta que não há evidências empíricas de que a presença do líder melhore os resultados do negócio.

O culto à liderança, diz ele, é um modismo. Mestre em filosofia e doutor em engenharia, Hermano coordena dois núcleos de estudos na FGV. São eles, o Laboratório de Produtividade do Trabalho e o Núcleo de Ética nas Organizações. Em suas pesquisas, já ouviu cerca de 20 000 executivos. Crítico implacável dos modismos gerenciais, o professor diz que os gerentes têm de investir nos fundamentos da sua atividade. 

O senhor diz que não há dados que demonstrem que as empresas precisam de grandes líderes para sobreviver. Por que diz isso?
Porque existem e sempre existiram organizações que obtiveram êxito sendo dirigidas formalmente, com hierarquias convencionais, por gente séria, mas sem carisma. É possível que haja dirigentes e líderes que irradiem exemplos e inspirem decisões, mas não há evidências de que modifiquem formas de comportamento ou de que transfiram valores. O culto a pessoas, bem como a sua demonização, depende de quem interpreta, e não dos atos e pensamentos do líder em questão.

O discurso e os investimentos das empresas em prol do desenvolvimento de líderes são um modismo?
É claro que é possível dar condições às pessoas com perfis psicológicos compatíveis com o "espírito de liderança" de realizarem seu potencial. Mas ninguém pode afirmar como se formam líderes. Muito menos sustentar que é possível alterar personalidades em uma direção determinada. É uma ingenuidade acreditar que os perfis das pessoas podem ser criados ou moldados mediante adestramento, observância de máximas ou declamação de mantras.

Em torno desse culto à liderança orbitam altos executivos, autores, palestrantes, escolas. Há muito charlatanismo nessa onda?
Sim, como em todas as áreas da esfera do gerenciamento, onde circula muito dinheiro. O fato é que nas pesquisas do Laboratório de Produtividade não encontramos evidências empíricas de que os líderes infundam condutas. Como ocorre com políticos nas eleições ao tentar transferir votos, os efeitos da liderança demonstram ser fortuitos e ocasionais.

Cite exemplos de outros modismos gerenciais da atualidade.
Existem vários. Para não comprar briga com todo mundo ao mesmo tempo, citarei apenas um: o da responsabilidade social. Isso surgiu da incapacidade do Estado de cumprir com suas atribuições. As empresas fazem para blindar sua imagem e, em geral, deixam o trabalho na mão do marketing.

E a sustentabilidade, que hoje é repetida como se, de uma hora para outra, não fosse possível tocar um negócio sem ela?
Na forma como está sendo tratada, sem conhecimento científico, sem fundamentação específica, é, sim, um modismo. Infelizmente, porque o assunto é de extrema relevância e existem acadêmicos de alto nível trabalhando no tema.

Como um gerente deve lidar com tantos modismos?
O importante é estar informado sobre as reais necessidades da empresa e as lacunas na própria formação. Deve-se buscar dominar os fundamentos — como métodos quantitativos, modelagem de projetos — antes do que as técnicas específicas. É como no vôlei: recepção, saque, bloqueio e ataque primeiro, depois as estratégias e táticas de jogo.

Quais são os riscos para profissionais que questionam essas crenças?
Declarar que o rei está nu é, e sempre foi, uma atitude de alto risco. Conheço gerentes que perderam o emprego porque se recusaram a aplicar técnicas da moda, que evidentemente não funcionariam na circunstância em que eram propostas. Técnicas como a reengenharia, por exemplo, que afinal acabaram saindo de moda rapidamente. A atitude mais conveniente é a do ceticismo pirrônico aliado ao silêncio obsequioso.

Quais seriam os modelos gerenciais alternativos?
Existem muitos modelos de gestão de pessoas. Não há evidência empírica, por exemplo, de que o trabalho sem líderes, tanto formalizado, sistemático, individualizado quanto em grupos autogeridos, é menos produtivo. Pelo contrário, a individualização do trabalho é tendência majoritária nas culturas organizacionais de alto desempenho do século 21. Seja como for, quando se fala em desempenho no trabalho, os fatores decisivos são a arregimentação de profissionais, a instrução assistida, a integração informacional e o controle dos resultados em tempo real.

Há um executivo que o senhor admire pela visão gerencial?
O Brasil é rico em executivos bem formados e com talentos excepcionais. Chegamos a exportar gente para grandes corporações internacionais. Seria injusto apontar um. O que posso afirmar é que os executivos que admiro são os que não se deixam levar, os desassombrados. O mundo contemporâneo, com a crise econômica internacional, se parece com um trem fantasma: a cada curva, um susto. Por isso, o que conta hoje é a serenidade, a cabeça fria. Afinal, as ondas passam, as organizações ficam.
 

P-61 será a primeira plataforma tipo TLP


Petrobras vai testar novo tipo de plataforma
A Petrobras deve abrir ainda este mês as propostas para construção das plataformas P-61 e P-63, que serão instaladas no campo de Papa Terra, na Bacia de Campos. A P-61 será a primeira plataforma tipo TLP (Tension Leg Platform) a ser construída no Brasil. Esse é um modelo de plataforma muito usado no Golfo do México, nos Estados Unidos, e que a Petrobras começa a testar no Brasil, inclusive, para os campos do pré-sal. Se os testes com as TLPs forem satisfatórios, a Petrobras poderá mudar, no futuro, seu sistema de produção em mar.

Nas TLPs os sistemas de produção são acoplados em cima da plataforma, que também pode ter equipamentos de perfuração. O sistema difere do tradicionalmente utilizado pela estatal. A empresa atingiu seus atuais níveis de produção utilizando as FPSOs, plataformas flutuantes que produzem, estocam e escoam petróleo e gás. Nessas unidades os equipamentos de produção, como a árvore de natal molhada, são instalados no fundo do mar, o que exige a conexão dos poços à plataforma por linhas flexíveis. Já nas TLPs esses equipamentos ficam fora da água, sendo instalados em cima da plataforma.

Cada TLP pode ser conectada a mais de um poço, desde que próximos dela. Esse sistema tem custo menor mas os poços precisam ser perfurados próximos à unidade, enquanto nas FPSOs eles podem estar distantes até 30 quilômetros da embarcação, sendo conectados por meio de linhas flexíveis e outros equipamentos.

Entre executivos da indústria, havia a expectativa de que as propostas para a P-61 e a P-63, uma FPSO, fossem abertas hoje. A Petrobras negou a informação e informou que as propostas serão conhecidas a curto prazo. A data não está definida. A companhia analisa os documentos recebidos das empresas participantes.

No mercado, comenta-se que três estrangeiras que têm design próprio de TLPs, Modec, Floatec e SBM, apresentaram propostas para a P-61. Essas empresas devem subcontratar estaleiros nacionais para fazer o projeto. A Modec deve subcontratar o estaleiro Mac Laren, de Niterói (RJ). A Floatec está fechada com o Keppel Fels, de Angra dos Reis (RJ). O grupo Keppel, de Cingapura, é dono da Floatec em parceira com a americana J. Ray McDermott. Já a SBM teria feito várias cotações e, se ganhar, pode fechar parceira com a WTorre para construir a unidade no dique seco de Rio Grande (RS). O Valor procurou a SBM, mas a empresa não confirmou se está na disputa da P-61.

Já na concorrência da P-63, estariam no páreo Modec em parceria com Mac Laren, BW e Quip. A Petrobras vai comprar as duas plataformas. Ganha a concorrência quem oferecer menor preço. Pelo contrato, a empresa teria de operar a plataforma pelos três primeiros anos. O conteúdo nacional mínimo das unidades será de 65%. A previsão é que os contratos sejam assinados no primeiro trimestre de 2009, com o inicio da produção no primeiro trimestre de 2012.

A Petrobras recebeu, em 9 de dezembro, as propostas para a construção das duas plataformas para Papa Terra, campo no qual a estatal é a operadora e tem a Chevron como parceira. Segundo a Petrobras, a P-61 será do tipo TLWP (Tension Wellhead Leg Plataform), plataforma conhecida na indústria como "cabeça de poço" com completação seca. Ela será provida de sonda de perfuração e a sua produção será processada na P-63. A TLWP vai ser instalada em lâmina d´água de 1.180 metros. Já a P-63 terá capacidade de processamento de óleo de 150 mil barris por dia e de 1 milhão de metros cúbicos dia de gás. Ela será instalada em lâmina d´água de 1.165 metros. Papa Terra está localizado em águas profundas, a 1,2 mil metros abaixo da superfície do mar, e em linha reta da cidade de Cabo Frio, no litoral fluminense.

(Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes e Cláudia Schüffner, do Rio)

Excelente Artigo de Stephen Kanitz


Plano Emergencial de Combate à Recessão Brasileira

Diagnóstico. A recessão brasileira foi induzida pelo pessimismo e alarmismo, propagado incessantemente em outubro de 2008, que contaminou a população brasileira. Jornalistas e alguns economistas disseminaram pânico, ignorantes que o Brasil estava em aceleração de 6,8%. As poucas tentativas de mostrar que o Brasil estava relativamente protegido fracassaram. Passamos da Fase 3 diretamente para a Fase 5.


O medo e o pânico já se disseminaram. Ao ponto que 29% dos trabalhadores entrevistados pela Folha de São Paulo acreditarem que serão despedidos em 2009. Curiosamente semelhante à taxa que de fato foi despedida em 1929, data repetida centenas de vezes em outubro. Quem acha que será despedido deixa de comprar carros imediatamente.

Isto significa que 29% da população não irão comprar a crédito em 2009, mesmo que o crédito volte a ser disponibilizado.  De nada adianta reduzir os juros como muitos economistas propuseram. Mesmo a custo zero, demissionários não compram a crédito. O Banco Central foi correto em manter os juros.

Este dado publicado pela Folha foi a gota d'água para os empresários iniciarem uma onda de demissões. Os 71% de trabalhadores confiantes de que não perderiam seus empregos, a esta altura já devem estar contaminados. De nada adianta reduzir o IOF, o IPI dos carros, reduzir o imposto de renda de pessoas físicas - como propôs Guido Mantega, porque demissionários em potencial não irão comprar a crédito. Estas soluções parecem ter saído de livros textos, e não da observação da gravidade da pesquisa da Datafolha.

Ou revertemos estas expectativas, e não será fácil revertê-las, ou teremos uma crise muito maior do que a americana, que por sinal já mostra sinais de reversão. Vide meu artigo no site "Seeking Alpha". Nos Estados Unidos, os pedidos para novas hipotecas dobraram em novembro.

Pacto Social Pelo Emprego

A grande meta é reverter estas expectativas de demissão disseminadas. Como?

Empresas que se comprometerem junto ao Ministério do Trabalho, a não demitir nos próximos dois anos (ou substituir as demissões por novos empregos) terão os seguintes benefícios fiscais:

  1. Isenção de Imposto de Renda sobre Lucros Reinvestidos.

Taxar lucros reinvestidos sempre foi um erro da política tributária brasileira. Lucro distribuído sim, mas tributar lucro reinvestido é reduzir ICMS e IPI futuro, um tiro no pé. É tirar liquidez das empresas bem sucedidas que poderiam continuar crescendo se não fosse a taxação do lucro real, que dependendo da inflação chega a 40 a 80%. Novamente a velha questão do Nominal x Real.

Taxar lucro reinvestido especialmente agora que as empresas não têm crédito de bancos  nem acesso à Bolsa de Valores, é um absurdo monumental. Parece que ninguém no governo jamais trabalhou numa empresa. Lucro reinvestido será a única fonte de financiamento de crescimento em 2009. Como impacto negativo para o governo ele poderá ser zero. A tendência é todas as empresas terem prejuízo em 2009 e a arrecadação para o governo neste item, em 2008, já será bastante reduzida.

O Governo está com recordes de arrecadação e uma renúncia fiscal temporária é o mínimo que o governo pode fazer.  

  1. Isenção de Pagamento dos 8% do FGTS.

Pagar um seguro desemprego para o futuro, na eminência de desemprego é uma contradição. Pelo contrário, esta redução aliviaria o FGTS de pagamentos dos desempregados. Trabalhadores receberiam "na veia" 8% de aumento no salário, incentivando o consumo.

  1. Isenção do Imposto de Renda de Aplicações Financeiras na Pessoa Jurídica.

Nosso código tributário taxa aplicações financeiras na pessoa jurídica a 32%, e na pessoa física 20%. Este procedimento quase que obriga a descapitalização da empresa, onde os donos distribuem as reservas da empresa para a pessoa física para aplicar numa tributação mais reduzida. E aí, relutam a capitalizar a empresa numa crise, ou por pressão da família.

Por isto, nossas empresas estão demitindo, por não terem reservas para sustentar uma folha de pagamento, apesar de que demitir é a última coisa que a empresa familiar, por paternalismo, deseja fazer. Pior, demissão significa dizer ao funcionário : "Use você suas reservas para sobreviver, depois da crise o contratamos." Mas quem impossibilitou o acúmulo de reservas na empresa foi nosso próprio governo.

Além do mais, taxar em 64% o juro real de aplicações financeiras, se considerarmos a real tributação do juro real, é desestimular qualquer tentativa de ser prudente e poupar para os anos de vacas magras. Deveria ser uma medida definitiva. Novamente a questão Nominal x Real, será que ninguém percebe a importância desta questão?

  1. Dedutibilidade dos Juros na Compra de Carros no Imposto de Renda da Pessoa Física.

Para uma indústria taxada em quase 55% da vendas, o mínimo que o governo brasileiro poderia fazer para a indústria automobilística é reduzir esta taxação temporariamente, mas de forma inteligente. Só quem de fato comprar a prazo terá redução do imposto de renda e não toda a classe média que provavelmente irá economizar. Este incentivo somente impacta as receitas do governo em 2010, com ação imediata hoje. Redução do IOF impacta imediatamente as receitas e compromete os investimentos para o crescimento. Um absurdo macro econômico.

A proposta de redução da alíquota do imposto de renda para as pessoas físicas não garante em hipótese alguma uma volta às compras, porque 100% das pessoas temem que possam ser despedidas.  

Esta medida é fácil, mas perigosa. Nos Estados Unidos, foi a origem de toda esta crise, a dedutibilidade dos juros na compra da casa própria, que incentiva o endividamento de toda família americana. Foi uma política neo-keynesiana americana, pró pleno emprego, mas que tornou o americano o povo mais endividado do mundo, com segundas e terceiras hipotecas sobre a mesma casa. Americano não salda dívida imobiliária, a renova para usufruir o benefício fiscal.

O Canadá, que não tem esta política fiscal keynesiana, não teve nenhum problema financeiro, apesar de ser praticamente uma cópia da economia americana, com esta única diferença.

É só resistir à pressão dos construtores para estender este beneficio ao setor imobiliário.

  1. Isenção do Imposto de Renda nos Ganhos de Capital na Bolsa de Valores.

Taxamos os ganhos de capital em torno de 30% dependendo da inflação, razão pela qual a Bolsa despenca em crises. Quem vende não tem o equivalente para recomprar, mesmo se arrepender de ter sido contaminado pelo pânico.

Além do mais, esta taxação aumenta o custo de capital das empresas, já caríssimo no Brasil, obrigando-as a procurar capitais no exterior, impactando o câmbio e criando volatilidade e necessidades de hedge, que acabaram prejudicando empresas como a Aracruz e a Sadia. Pior, acaba reduzindo IPI e ICMS no futuro, outro tiro no pé na nossa tributação.

Parece ser um favorecimento aos "capitalistas" mas na realidade imposto sempre deveria ser sobre o consumo dos "capitalistas" e não quando eles simplesmente reinvestem o lucro de suas aplicações em prol de empresas que empregam e pagam impostos.

Pior, economistas de governos passados lutaram e conseguiram isenção para capitalistas estrangeiros, que irão consumir nos seus países, e mantém a taxação para a classe média poupadora brasileira, que paga duas vezes. Por isto, 70% da Bolsa são de estrangeiros, gerando estas flutuações de câmbio e Bolsa. 

  1. Permitir ao trabalhador brasileiro receber entre 15 a 20% dos 28% de contribuições previdenciárias, pelo número de meses que quiser, (até 24 meses) em troca do postergamento de sua aposentadoria, pelos mesmos meses correspondentes.

Não faz sentido poupar para uma aposentadoria daqui a 30 anos quando se está numa enorme crise momentânea. Poupar 28% do salário no meio de uma recessão é uma irresponsabilidade imposta pelo Estado, por mais sensata que seja a idéia de poupar para a velhice. Como este assunto é polêmico quanto ao que de fato os 28% financia, coloquei 15 a 20% como aproximação.

Esta medida terá um impacto maior nas finanças do governo. Pelo menos o governo poderia começar a contribuir com os 8% que nunca contribuiu para a previdência, agora que ela tem excesso de arrecadação e que levou nosso sistema previdenciário à bancarrota.

Poderíamos ser seletivos favorecendo somente os Estados mais pobres, modificando os 28% para um valor menor. Há inúmeras possibilidades, dependendo de como a crise se agrava e a confiança da população aumenta com relação a não ser despedido.

É o item de maior espaço de manobra devido ao elevado valor. Só que se o valor devolvido for ínfimo, o trabalhador não irá fazer a troca. Embora mais vale um real na mão do que um real daqui a vinte anos.

Pouca chance de aceitação.

Considerações Finais

Bancos não emprestam para quem será despedido. O sucesso do crédito consignado para aposentados tem por base o fato que aposentado tem renda garantida pelo governo. É esta garantia que queremos replicar para o setor produtivo.

As empresas que assinarem este pacto terão vantagens fiscais, economizarão custos de demissão que no Brasil são elevados, e permitirão seus funcionários a obter crédito a juros mais baratos, sem risco.

As empresas que se comprometerem a não despedir assinariam protocolo na internet no Ministério do Trabalho, cancelável a qualquer momento se a recessão se agravar.

As outras medidas que sugeri independe de acordo empresarial. 

De 40 empresários com os quais já discuti esta proposta, devo alertar que nenhum se sentiu confortável, a não ser os 25% de empresas que irão crescer nesta crise. Estes não precisam de incentivo algum.

Conto com pressão de Ongs , do Instituto Ethos, e de Empresas Socialmente Responsáveis, porque não há nada mais responsável do que ficar do lado de seus funcionários numa recessão.

A decisão do Citi de despedir 5% de seus funcionários, foi um recado aos outros 95% a prepararem seus currículos, manterem as suas boas idéias para o próximo empregador, e não fazerem nada de novo. Numa reunião, deixe o chefe falar e concorde com ele. O executivo do Citi afundou o melhor banco do mundo.

O compromisso teria de ser retroativo, tipo 1º de dezembro de 2008, para que as empresas não despeçam todos antes de assinar o Pacto Social pelo Emprego.

Isto obrigaria algumas empresas a recontratar os despedidos em dezembro, o que muitos não aceitarão, porque despedir no Brasil custa 40%. Alguma forma jurídica de cancelamento e devolução do FGTS e pagamentos precisaria ser rapidamente encontrada para estes casos.

Dada a resistência, acredito que mais uma medida precisará ser oferecida, que já adianto será considerada impopular entre os sindicatos - a permissão de não repor vagas de saídas voluntárias. Funcionário que sair da empresa para trabalhar em outra, ou seja, não perdendo o emprego, não precisa ser reposto. Isto pode significar uma queda de 2 a 4% na força de trabalho de uma empresa que assinou o Pacto, mas do nosso ponto de vista se manteve no espírito do acordo.

Muitas empresas fizeram investimentos, substituindo tecnologia por empregos, e uma redução de trabalhadores já estava nos planos. A única diferença é que usaremos a natural rotação de mão de obra, que nos bons tempos chega até a 10% no ano.

Eu acredito que diante das propostas acadêmicas feitas até este momento, estas sugestões têm maiores chances de dar certo e merecem reflexão e uma avaliação do IPEA, da FIESP, da UNICAMP, da FIPE, da FGV, do IBMEC, do IEDE e da Associação Comercial; instituições que até agora não fizeram propostas no sentido de conter o medo do desemprego instalado neste país.

Eu já cansei de correr atrás, sugerir boas idéias, sair a campo disseminando-as, enfrentando aqueles com interesses contrários, sugerindo os detalhes operacionais como se eu fosse o único interessado. Fico por aqui, o resto é com vocês. Boa sorte!

Stephen Kanitz
stephen@kanitz.com.br

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

M-I SWACO won the prestigious International Platinum Award


M-I SWACO won the prestigious International Platinum Award for the innovative Shell Dunlin Attic Oil Recovery project

 Aberdeen, Scotland (Nov. 19, 2008) – The M-I SWACO Production Technology group won the prestigious International Platinum Award at the Energy Institute Awards held in London, United Kingdom on Nov. 19 for their innovative technology, developed to safely extract oil trapped in the attic space of the sub-sea storage cells in the Dunlin oilfield 150 mi (242 km) northeast of Lerwick, Shetland and 311 mi (500 km) northeast of Aberdeen, Scotland.

"The award acknowledges the success and endorses our commitment and ability to engineer solutions for the decommissioning market at a time when many operators are preparing their plants for cessation of aging assets," said M-I SWACO Worldwide Business Development Manager for Production Technologies, Charles Benson.

A world's first and the result of three years of intensive work, the Shell Dunlin Attic Oil Recovery project was unprecedented in its scale and complexity in the North Sea. It involved in situ gas generation within the cell structure of the North Sea installation. The aim of the project was to safely free the four cell groups of the remaining 1.5 million barrels of liquids, including 250,000 barrels of oil.

The patented technology displaces the crude oil layer to the level of the export pipe for recovery. Following complete oil recovery, the gas cap is absorbed using a scavenging system to fill the cells with seawater. The 76 supporting cells located on the seabed 495 ft (151 m) beneath the Dunlin platform are now full of seawater and free of oil.

Throughout the process, the risk of failure to deliver the technology was managed through close cooperation across the multi-disciplined team including Shell, DOF, Qserv, Stats, Aubin, Univar, Hutchinson, Ineos, LV Shipping and PD Ports.

The technology developed by M-I SWACO, now proven in one of the world's most difficult environments, will have significant application in the future, not only in the North Sea but worldwide.

The EI Awards, in partnership with Deloitte, acknowledge the contribution that energy professionals make on a daily basis and whose achievements stretch the boundaries of excellence and commitment to their work. Previous winners of the International Platinum Award include Shell for the Brent Alpha redevelopment, ExxonMobil for the Link school program and Nexen for the Buzzard project.

With a combined membership of almost 14,000 individuals and 300 companies across 100 countries, the Energy Institute (EI) is the leading chartered professional membership body for those studying and working in energy. For further information, please visit www.energyinst.org.

M-I SWACO, which is based in Houston, TX and jointly owned 60% by Smith International, Inc. (NYSE, PSE:Sii) and 40% by Schlumberger Limited (NYSE:SLB), is a leading provider of a wide range of products and engineering services designed to deliver Drilling Solutions, Environmental Solutions, Wellbore Productivity and Production Technologies. The company is strategically located in more than 70 countries.

 http://www.miswaco.com/Newsroom/Press_Releases/documents/M-I%20SWACO%20won%20the%20prestigious%20International%20Platinum%20Award%20for%20the%20innovative%20Shell%20Dunlin%20Attic%20Oil%20Recovery%20project.cfm

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