Texto Inicial

Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

Notícias relacionadas

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Como a política pode "dificultar" as empresas que trabalham e se preparam...


Nota do Blogueiro:

Ser otimista no Brasil é um problema!!

Já escrevi aqui que os constantes embates pelo "bolo" dos royalties antes mesmo de comprar a "farinha" para os investimentos fazerem o "bolo" crescer seria prejudicial para a economia brasileira, pois perderia o "timing" para fornecer o petróleo tão desejado pelos demais países. Este comentário era para dizer que sou contrário a esta inútil discussão no congresso sobre royalties e sistema de partilha e criação de outra estatal para ser ninho de políticos não técnicos. Pois bem, os atrasos devido a esta discussão impedindo que os leilões da ANP que todo ano aconteciam continuassem e praticamente diminuindo o apetite e a vinda de empresas estrangeiras para o Brasil, estão causando vítimas, como descrito na matéria abaixo.

Como já descrito antes, a vinda de empresas para se estabelecer e criar empregos e desenvolver tecnologia é altamente desejável. O freio  é prejudicial. O peso todo na Petrobras é prejudicial, pois inibe o desenvolvimento de empresas prestadoras de serviço que cresceriam para atender um mercado com mais de uma operadora. No momento, o mercado de prestadoras de serviço continua atendendo a Petrobras e "as sobras" atendem as demais operadoras, sejam estrangeiras ou nacionais. O surgimento da OGX e da HRT com volume suficiente para estimular as companhias de serviço são casos pontuais. Ocorreria em muito maior grau se outras operadoras que visam águas profundas tivessem acesso aos blocos suspensos pela ANP pela política e confusão do "ineficientíssimo" congresso brasileiro que quer comer "bolo" sem comprar "farinha, ovos, leite".

(extraído de EXAME)

Títulos da Lupatech despencam com aumento de apostas em calote

Queda ocorre com apostas de investidores de que a empresa está perto de um calote

Rio de Janeiro - Os títulos da Lupatech SA estão caindo em meio às apostas de investidores de que a empresa está perto de um calote, dados os receios de que um empréstimo de seu segundo maior acionista não será suficiente para cobrir os custos da dívida.

O rendimento dos títulos perpétuos da maior fornecedora de equipamentos e serviços para o setor de petróleo do país subiu 18 pontos-base, ou 0,18 pontos percentuais, para o recorde de 19,19 por cento ontem. O preço caiu para uma baixa intradiária de 50 centavos por dólar de valor de face.

O presidente da Lupatech, Alexandre Monteiro, disse em 11 de novembro que a Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros, fundo de pensão dos funcionários do maior cliente da empresa, a Petróleo Brasileiro SA, vai emprestar R$ 60 milhões para ajudar no pagamento da dívida. A companhia, cujo fluxo de caixa é suficiente para cobrir cerca de um terço das despesas com juros, também está vendendo ativos para levantar recursos depois que a Petrobras atrasou pedidos nos últimos três anos.

"Basicamente, eles estão insolventes", disse Juan Cruz, analista de dívida corporativa de mercados emergentes no Barclays Plc em Nova York, em entrevista por telefone. "A história deveria fazer sentido porque a Petrobras continua gastando muito dinheiro, mas isso não está acontecendo."

Moody's cortou nota

O rendimento dos títulos perpétuos subiu 642 pontos-base desde 19 de outubro, quando a Moody's Investors Service cortou a nota de crédito da Lupatech em um nível, para Caa2. O custo médio de captação para empresas da América Latina com nota de crédito similar caiu 24 pontos-base, para 12,28 por cento, no mesmo período, segundo dados do Credit Suisse Group AG. Em 10 de janeiro, a Lupatech, sediada em Caxias do Sul, terá que pagar US$ 6,8 milhões de cupom de seus títulos perpétuos.

A nota Caa2 da Lupatech, que indica 29 por cento de probabilidade de calote em um ano, é nove níveis inferior à da dívida do governo brasileiro.

A dívida de longo prazo era equivalente a 54 por cento do capital da empresa no terceiro trimestre, comparado a uma taxa de 89 por cento para empresas globais no mesmo setor, segundo dados da Bloomberg. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, medida de fluxo de caixa conhecida pela sigla Ebitda, representou 36 por cento das despesas com juros da Lupatech no terceiro trimestre.

"Posso garantir a vocês que estamos trabalhando muito duro para não deixar a empresa declarar concordata", disse Monteiro em teleconferência com analistas em 11 de novembro. "Estamos muito, muito à vontade com a viabilidade do negócio."

Apoio do BNDES

A companhia tem o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, segundo Monteiro. O BNDES é dono de 11 por cento da Lupatech e a Petros detém 15 por cento.

"O BNDES tem uma fatia grande e será difícil para o banco permitir que a Lupatech caia em concordata ou deixe de pagar suas dívidas", disse Artur Delorme, analista da Ativa SA no Rio de Janeiro, em entrevista por telefone.

O rendimento dos bônus perpétuos da Lupatech subiu 18 pontos-base, para 19,19 por cento ontem, segundo o Trace, sistema de preços de títulos da Autoridade Reguladora da Indústria Financeira dos Estados Unidos.

A companhia realizou aquisições nos últimos quatro anos, antecipando o crescimento da produção de petróleo após a Petrobras descobrir o maior campo das Américas desde Cantarell, no México, em 1976. As vendas da Lupatech caíram após a Petrobras alterar sua estratégia, focando-se em projetos de exploração que não utilizam os produtos e serviços da companhia, disse Filippe Goossens, analista da Moody's.

Petrobras adiou projetos

A Petrobras adiou alguns projetos de produção para os quais a Lupatech pretendia fornecer cordas de ancoragem e válvulas para exploração de campos na região do pré-sal antes do vencimento de algumas licenças, disse o analista.

A Petrobras disse em comunicado em 11 de novembro que adiou em dois anos o plano de declarar comercialmente viável o campo de Carioca, descoberto em 2007. Carioca fica na mesma área de Lula e Libra, os dois maiores depósitos de petróleo das Américas em mais de três décadas. Adiamentos na votação da nova lei para os royalties no Congresso também paralisaram novos leilões para exploração de petróleo, o que pode piorar ainda mais a perspectiva para a Lupatech.

"Quanto ao pré-sal, a Petrobras vai poder usar os produtos e serviços que a Lupatech fornece, mas isso só daqui a dois, três ou quatro anos", disse Goossens em entrevista por telefone de Nova York. "Enquanto isso, eles precisam fazer uma ponte entre hoje e esse momento futuro."

O rendimento dos títulos soberanos em dólar do Brasil com vencimento em 2021 aumentou 6 pontos-base, para 3,57 por cento ontem, segundo dados compilados pela Bloomberg. Os papéis da Petrobras de mesmo prazo pagam 4,8 por cento.

A Petros não respondeu e-mails e telefonemas solicitando comentário para esta reportagem. As assessorias de imprensa do BNDES e da Petrobras, ambas no Rio de Janeiro, se recusaram a fazer comentários. Lupatech, quando contatada pela Bloomberg para comentários, referiu todas as questões à teleconferência de 11 de novembro.

 


Petrobras pede novas propostas para 21 sondas


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 ( 6 Votos )

Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore

Ter, 22 de Novembro de 2011 09:34

A Petrobras reabriu as negociações para contratar serviços de afretamento de 21 sondas de perfuração para águas profundas a serem construídas no Brasil. A estatal decidiu pedir novas propostas aos participantes da licitação das sondas, em envelopes fechados, para tentar obter condições mais vantajosas. O objetivo da Petrobras é conseguir descontos nas propostas comerciais apresentadas na concorrência, em outubro.

Na ocasião, a operadora Ocean Rig apresentou a melhor proposta para construir e afretar à Petrobras cinco sondas por taxa média de US$ 584 mil por unidade por dia. A Sete Brasil, empresa da qual a Petrobras é sócia com bancos e fundos de pensão, fez duas propostas: uma para construir 15 navios-sonda e outra para fazer seis unidades do tipo semi-submersível. As propostas da Sete BR ficaram acima das apresentadas pela Ocean Rig.

A Sete BR questionou o resultado e pediu a desclassificação da Ocean Rig da concorrência. A Ocean Rig entrou com um pedido de impugnação do recurso da Sete BR. Em meados deste mês, em resposta a uma consulta feita pelo Valor, a Petrobras informou: "O resultado da avaliação da Petrobras ao recurso impetrado pela Sete Brasil no processo licitatório em referência foi divulgado às licitantes em 31 de outubro, no qual foi mantida a classificação original."

A reportagem voltou a procurar a Petrobras para que a empresa comentasse a decisão de pedir novas propostas na licitação, mas a estatal não respondeu. As empresas participantes também não se manifestaram. Uma fonte mostrou-se surpresa com o fato de a Petrobras pedir novas propostas em envelopes fechados ao invés de tentar reduzir preços em uma negociação direta com os participantes como costuma fazer ao contratar o afretamento de embarcações de apoio às plataformas de petróleo.

Por esse critério, a Petrobras poderia chamar o primeiro classificado para tentar reduzir o preço e depois convocar o segundo com o mesmo propósito. Outra fonte disse que já houve casos em que a Petrobras pediu novos preços em envelopes fechados para a construção de plataformas após as propostas originais terem sido divulgadas.

A nova negociação não envolve mudanças nas especificações técnicas. O processo licitatório deve ser encerrado após a entrega dos envelopes com os novos preços. Não há previsão de outra rodada de negociações depois da abertura dos envelopes. Também não está claro quando as propostas seriam recebidas e divulgadas.

Fonte:Valor Econômico/Francisco Góes e Marcelo Mota | Do Rio

 


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

HRT descobre hidrocarbonetos na Bacia do Solimões


Noticiário cotidiano - Geral

Dom, 13 de Novembro de 2011 21:24

Companhia ainda realizará testes para apurar o potencial de produção dos reservatórios 

SÃO PAULO - A HRT informou nesta sexta-feira, 11, a descoberta de hidrocarbonetos no poço 1-HRT-4-AM, no bloco SOL-T-194, na Bacia Sedimentar do Solimões. De acordo com o comunicado, a empresa de exploração e produção de petróleo (HRT O&G) encaminhou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) notificação da descoberta de óleo e gás do poço localizado em Coari, no Amazonas.

"Com base em dados de perfilagem, indícios de amostra de calha e detectores de gás, foram constatados, na Formação Juruá, dois intervalos portadores de gás, com espessura líquida de 11,1 metros e cinco intervalos portadores de óleo, com espessura líquida de 41,2 metros, ambos com boa porosidade", informou a companhia.

A perfuração, iniciada em agosto pela sonda TUS-116, da Tuscany, alcançou a profundidade final de 2.806 metros. A HRT diz ainda que realizará posteriormente testes de formação, para apurar o potencial de produção dos reservatórios. A HRT O&G possui 55% de participação em 21 blocos exploratórios na Bacia do Solimões.

Fonte: Agência Estado

 


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Petroleira Anglo-Russa TNK-BP expande internacionalmente em direção ao Brasil

Mais uma empresa de petróleo grande entra firme no mercado brasileiro.

Muito bom para o país e para todos.

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Brasil servirá de base para TNK-BP na região

 

Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore

Qui, 03 de Novembro de 2011 07:44

Depois de anunciar um investimento de US$ 1 bilhão na aquisição de 45% dos ativos da novata HRT na Amazônia, o próximo movimento da petrolífera anglo-russa TNK-BP é abrir um escritório no Brasil. Já criou a TNK-BP Brasil e não há decisão ainda sobre a cidade que abrigará a sede da subsidiária brasileira, que terá uma estrutura independente da operação no Solimões.

O vice-presidente executivo da TNK-BP responsável pela área de exploração e produção, Alexander Dodds, disse que inicialmente será aberto um escritório de representação que poderá ficar no Rio ou em Manaus. "Vamos ter um representante para construir a reputação da empresa, interagir com a ANP e autoridades brasileiras, para mostrarmos que somos a TNK-BP e que queremos nos estabelecer no Brasil", explicou.

Dodds mencionou interesse em novos ativos não só no Brasil como também em outros países da América do Sul, mas deixou claro que no momento o foco é o Solimões. O primeiro trabalho será focar na análise técnica dos ativos na Amazônia, como imagens sísmicas, análise das rochas e o melhor desenho para perfuração de poços na região. Foi a pedido dos russos que a HRT pôs o pé no freio no seu programa de perfurações este ano.

Chris Eichcomb, vice-presidente de projetos e exploração da área internacional da TNK-BP, será o responsável direto pela operação no Brasil, respondendo a Dodds. Ambos continuarão baseados em Moscou, onde fica a sede da TNK-BP. É de lá que vão partir as primeiras análises e sugestões sobre a exploração dos 21 blocos amazônicos, dos quais comprou 45% esta semana. Ainda não há decisão sobre o time de executivos da operação brasileira. Só que serão comandados por Eichcomb.

A TNK-BP produz 1,77 milhão de barris de óleo equivalente por dia e suas cinco refinarias são capazes de processar 46% do óleo extraído por ela. Parte dessa produção é obtida na Sibéria, região de clima extremo que sofre variações de temperatura de 100 graus centígrados, de 60 graus negativos a 40 graus positivos. A empresa é a décima no ranking das maiores petrolíferas do mundo - quatro posições abaixo da Petrobras - se consideradas apenas as de capital aberto. Isso exclui, por exemplo, a gigante Saudi Aramco, da Arábia Saudita, PDVSA e Pemex.

Dodds, um escocês que morou no Qatar por sete anos trabalhando na ExxonMobil e antes disso morou no Canadá e teve passagem, inclusive, pelo Brasil, disse que a empresa quer estar presente no país. Para cuidar dos ativos em comum com a HRT, as duas sócias vão começar a se conhecer melhor. O presidente da HRT, Marcio Mello, fez questão de frisar, na terça-feira, que as duas companhias vão somar forças na exploração e produção na Amazônia. "Eu sei descobrir petróleo e eles sabem produzir", afirmou.

O presidente da HRT negou enfaticamente que a empresa deixará de ser operadora do projeto no Solimões em 30 meses se a TNK-BP exercer a opção que a permite adquirir uma participação adicional de 10%, o que tornaria a russa majoritária no projeto, com 55%. "A TNK-BP reconhece a HRT como operadora. É uma relação de transparência e flexibilidade. [A troca de controle] pode ocorrer ou não. Mas o pensamento hoje é que do jeito que as coisas serão, isso não vai ocorrer", disse Mello.

O executivo, e acionista, que tem uma relação absolutamente emocional com a empresa que criou, evitou de todo modo admitir que no vencimento da opção possa perder o controle operacional da HRT no Solimões.

Uma fonte próxima das negociações explicou assim a cláusula: "Essa opção possibilita que quem tiver mais capacidade para gerir o projeto seja o gestor. É um direito. Se a TNK-BP entender que a HRT não está fazendo um bom trabalho tem o direito de comprar mais 10% e passar, com aprovação da ANP, a ser operadora do projeto", explicou, garantindo que a opção pode não ser exercida se a TNK-BP estiver satisfeita com a condução da operação no Solimões.

Na entrevista ao Valor, Dodds deixou claro que ainda não seria possível assumir a operação da HRT na Amazônia se a anglo-russa exercesse essa opção hoje. Mesmo a contratação de pessoal para a operação brasileira também não está definida. Eichcomb explicou que a TNK-BP ainda não tem uma estrutura internacional organizada, pois apenas no ano passado adquiriu ativos no Vietnã e na Venezuela, onde produz 35 mil barris por dia em quatro projetos em parceria com a PDVSA. "Só agora estamos olhando para o exterior."

O executivo mencionou ainda duas questões importantes que, segundo ele, são relevantes para a internacionalização da TNK-BP, que tem apenas oito anos de existência. A primeira é a da língua. "Os russos não falam inglês. E há uma questão cultural, pois a maioria deles só trabalharam na Rússia. Não entendem negócios internacionais e o que vamos ganhar. Então, para tentar estabelecer uma organização [internacional], temos de levar em conta língua e cultura."

Eichcomb destacou que mesmo quando a empresa chegar a um nível que permita ter funcionários expatriados, o número deles será pequeno. "Não quer dizer que vamos ter duas mil ou três mil pessoas, provavelmente serão 100 pessoas [no Brasil]. Aconteça o que acontecer, a organização está aprendendo com esse projeto". Por disso, frisou, não interessa quem vai ser o operador [na Amazônia]."

Fonte: Valor Econômico/Por Cláudia Schüffner, Juliana Ennes e Guilherme Seródio | Do Rio