Texto Inicial

Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

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terça-feira, 8 de junho de 2010

Campos Terrestres: Marginais e Maduros

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO: Para leigos,
- Campos Marginais são aqueles descobertos ainda não explorados e com pequeno potencial econômico (volume de óleo recuperável), em geral próximos a outros campos já em exploração. Exigem para explorar um trabalho minucioso de sísmica e de exploração com perfuração de poços de extensão para melhor avaliar o reservatório(s)
- Campos Maduros são aqueles que já foram explotados (explorado e produzidos) e cuja produção declinou a ponto de não ser mais economicamente viável com as tecnologias disponíveis à época da avaliação para a empresa grande (Petrobras)
Em terra há ainda áreas pouco exploradas (Bacias inteiras) com sísmica e perfurações e cujo potencial ainda não foi muito definido. No entanto, é consenso por conhecimento geológico que as possibilidades de se encontrar grandes campos com reservatórios importantes em águas profundas é maior pelo passado geológico do solo brasileiro.
 
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Produtor independente de petróleo quer mais espaço para o setor
Por Redação
Fonte: Agência Brasil
Data: 07/06/2010 08:45

Os produtores independentes de petróleo e gás natural querem aumentar a sua participação na exploração de campos terrestres. Eles defendem uma participação menos agressiva da Petrobras nessa área, já que a estatal tem seu foco nos campos em águas profundas e ultraprofundas.
 
A posição foi defendida na última semana pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Oswaldo Pedrosa, em entrevista no Rio.
 
Ele manifestou o temor dos produtores independentes de que com o novo marco regulatório do pré-sal, em tramitação no Senado, a Petrobras – ao ter a participação nos campos do pré-sal garantida por lei – volte sua atenção para as disputas dos blocos terrestres nos futuros leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Para a ABPIP, como a estatal não disputará os blocos mais valorizados do pré-sal (uma vez que terá participação de 30% garantida em todas as áreas) terá ainda mais recursos para aumentar a participação nos blocos em terra, reduzindo a presença dos produtores independentes.
 
"Nós não queremos a Petrobras fora do negócio, mas seria interessante que a estatal mantivesse uma postura mais contida nas rodadas que envolvam os campos terrestres. Se ela decidir entrar com muito dinheiro, oferecendo o triplo dos bônus exigidos e também com compromissos exploratórios muito elevados, acaba não sobrando nada para ninguém. Não há como nós, pequenos produtores, competirmos com a estatal", alertou.
 
O diretor lembrou que o pequeno produtor de petróleo e gás surgiu no Brasil com o objetivo de diversificar a indústria desses produtos, criando um novo mercado na atividade de exploração e, paralelamente, promovendo maior geração de emprego e renda nas regiões onde atua – principalmente no interior do país.
 
"O objetivo da ANP, ao criar as chamadas rodadinhas (licitações de blocos em bacias maduras – já exploradas – cujas jazidas encontravam-se em declínio) foi o de promover políticas públicas que garantissem a produção nas bacias sedimentares terrestres por empresas de pequeno e médio portes", disse.
 
Para Pedrosa, agora é fundamental que o setor possa avançar, adquirir novos poços e aumentar o ganho de escala para poder se manter na atividade. "Como a maioria das bacias produtoras, cujas reservas condizem com o perfil do segmento independente, está localizada na Região Nordeste, ao incentivar a atuação dessas novas empresas de petróleo e gás, ocorre também o desenvolvimento das economias regionais de pequenos municípios", defende a associação

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Produção independente de óleo e gás beneficia economias regionais
Por Redação
Fonte: Redação/ Agências
Data: 04/06/2010 09:05

A atividade independente de petróleo e gás natural, destinada exclusivamente ao segmento de exploração e produção, vem gerando impacto positivo na região Nordeste do País. Estudo elaborado pelo Instituto de Geociências (IGEO) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) revela que a produção em pequenos campos com acumulações marginais, no município de Mata de São João, na Bahia, responde por cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade.
 
 O trabalho utiliza o município baiano como estudo de caso, já que naquela área o petróleo é produzido por um único pequeno operador. Nos próximos meses, a pesquisa será estendida para toda a região onde atuam as independentes, no Nordeste e Espírito Santo.
 

 Segundo o responsável pelo estudo, o professor Doneivan Ferreira, Doutor em Economia do Petróleo, os dados são preliminares e ainda não é possível quantificar o benefício da atuação desse grupo de petroleiras além do registrado em Mata de São João. Mas, um modelo conceitual já permite ensaios que apontam para resultados ainda mais expressivos em outros municípios, como em Catu e São Sebastião do Passé, no Recôncavo Baiano.

 "A  participação de produtores independentes nesse nascente nicho de mercado faz algumas pequenas economias girarem. Os indicadores sociais ainda estão sendo trabalhados e apontam para correlações interessantes. No momento, estamos estabelecendo correlações com emprego e renda municipal", diz o especialista.

 A atuação da PetroRecôncavo em Mata de São João sozinha respondeu por  14,4% do total de Imposto sobre Serviço (ISS) arrecadado pelo município em 2009, enquanto as empresas fornecedoras contratadas por ela movimentaram 3,4% do ISS. Dessa forma, ao todo, a atuação da petroleira foi capaz de responder por 18% da tributação, aproximadamente R$ 3 milhões.

 Entre as contratações diretas e indiretas de um independente, é possível destacar os serviços de transporte, básicos (como energia), comércio varejista, construção civil, hospedagem, alimentação, além da compra de produtos industrializados. A chegada das petroleiras de pequeno e médio portes ainda geram investimento em infraestrutura e serviços públicos, a exemplo da construção e reforma de estradas, acesso à telefonia,  ampliação das instalações e da capacidade da rede de energia elétrica e saneamento básico. Em alguns casos, a perspectiva de firmar contratos de longo prazo promoveu a formalização de algumas atividades.

 A pesquisa da UFBA identificou, particularmente, em Mata de São João, a presença de 20 segmentos fornecedores: diretamente para a exploração e produção de óleo e gás (20 empresas);  materiais de construção (cinco); materiais e acessórios industriais (45); outros metalúrgicos (oito); informática (18); material elétrico (12); consultorias e assessorias (seis); construção civil (oito); equipamento eletroeletrônico (seis); veículos e peças (22); produtos químicos (nove); artigos plásticos (três); treinamentos empresariais (sete); comércio e serviços básicos (29); transporte (17); instituições financeiras (cinco); serviços de saúde (quatro); outros serviços técnicos (oito); máquinas e equipamentos (15); e outros (32).

 Segundo a UFBA, as pequenas petroleiras apresentam vantagem socioeconômica sobre as empresas de maior porte por vários aspectos, como a contratação de bens e serviços localmente, próximo de onde atuam, e o incentivo à cadeia produtiva. Devido à escala de seus negócios, as grandes operadoras promovem concorrências globais ou contratam nos grandes centros urbanos, onde estão suas sedes, enquanto as independentes são obrigadas a desenvolver uma rede de fornecimento regional.

 A presença de petroleiras de pequeno e médio portes em bacias terrestres brasileiras foi idealizada pelo governo exatamente como um fator de desenvolvimento regional, a partir da abertura de mercado, em 1997, tomando como exemplo o sucesso de outros países.

 No entanto, a manutenção do segmento esbarra na escassez de oferta de áreas para exploração e produção. Este tem sido um tema de intenso debate estimulado pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP) no Congresso. Aproveitando a discussão sobre um novo marco regulatório para o setor, esse grupo de petroleiras espera garantir o desenvolvimento de políticas públicas que permitam ampliar seus investimentos. Os gestores municipais começam a perceber que poços parados e campos subutilizados representam oportunidades latentes ou desperdiçadas para suas economias locais.

 "Apenas a iniciativa política permitirá que áreas cujas reservas condizem com o perfil do segmento independente sejam repassadas para as petroleiras de menor porte, seja via contratação das independentes como operadoras, seja pela liberação direta dessas áreas para que sejam leiloadas", afirma o presidente da ABPIP, Oswaldo Pedrosa.
 
 

Segmento independente em números:
- Dezoito associadas;
- Produção média de 1,5 mil barris por dia;
- Atuação em bacias terrestres dos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Sergipe e Rio Grande do Norte;
- De 2005 a 2009, já investiram R$ 2 bilhões, além do comprometido com a ANP na assinatura do contrato de concessão