Texto Inicial

Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
-- ----
Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

Notícias relacionadas

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cessão onerosa: início dos trabalhos para os 5 bilhoes de bbl


ANP autoriza Petrobras a furar poço para capitalização

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizou a Petrobras a perfurar um poço na porção norte do pré-sal da Bacia de Santos, área sobre a qual a própria reguladora admite que há pouca informação disponível. As perfurações serão feitas para identificar os cinco bilhões de barris de petróleo que deverão constar na cessão onerosa que deverá ser feita para a capitalização da estatal.

A ANP não deixou claro se a estatal é que vai bancar os custos das perfurações, mas desde a divulgação das diretrizes do marco regulatório a agência estava contando com uma verba em torno de R$ 500 milhões que seria destinada para esta finalidade. Recentemente, o diretor-geral da agência reguladora, Haroldo Lima, afirmou que as perfurações não ocorreriam em áreas contínuas às descobertas que já foram feitas, o que despertou entre geólogos e especialistas do setor a perspectiva de que poderiam ser perfurados poços na parte sul, ainda não explorada e com acumulações de grande porte apontadas em estudos sísmicos.

O poço a ser perfurado pela estatal sob encomenda da ANP terá profundidade estimada de 6.425 metros. "A ANP, ao analisar os dados e as informações existentes sobre o pré-sal, considera necessárias novas perfurações estratigráficas para ampliar o conhecimento sobre a área, a fim de valorar seu potencial estratégico para o País", informou a ANP.

Segundo a reguladora, a Petrobras deverá entregar à Agência os originais de todos os dados geológicos, geoquímicos e geofísicos provenientes da perfuração, assim como todas as amostras físicas de óleo e testemunhos coletados. Os dados e estudos coletados serão públicos e irão compor o acervo técnico dos dados e informações sobre as bacias sedimentares brasileiras sob a gestão do Banco de Dados de Exploração e Produção da ANP.

Com a autorização, a Petrobras se compromete a enviar à ANP as autorizações e licenças exigidas por órgãos federais, estaduais e municipais necessárias à perfuração de poços, bem como todos os relatórios exigidos nos regulamentos da Agência. A autorização será publicada na edição de amanhã do Diário Oficial da União.(Fonte: A Tarde On Line - Salvador,BA/Agência Estado)

Local da perfuração não é revelado

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que a estatal está começando o processo de perfuração dos poços que ajudarão a definir a localização dos reservatórios que a União cederá onerosamente à estatal. "A perfuração está começando no pré-sal da Bacia de Santos", disse, sem revelar a localização exata dos prospectos, afirmando que cabe à Agência Nacional do Petróleo (ANP) esse dado.

A Petrobras foi contratada pela ANP para promover as perfurações que têm a finalidade de conceder mais informações a respeito dos reservatórios do pré-sal e, assim, definir quais áreas serão passadas à empresa no processo de cessão onerosa.

A cessão onerosa é um dos pilares da megacapitalização que a empresa prepara para o primeiro semestre de 2010. A partir do volume que será cedido pela União à Petrobras, que pode chegar a 5 bilhões de barris de petróleo, e do valor que será definido para essas reservas, após contratação de empresa especializada e independente, será definido o valor que a companhia captará na Bolsa de Valores, por meio de uma oferta privada de ações.

Em razão dessas indefinições, Gabrielli não quis falar em valor da capitalização. "O valor depende dos locais da perfuração, do resultado da perfuração, da projeção de produção que virá dessa produção, dos custos que são estimados para esse investimento e da variação de receita. Então é impossível dizer qualquer número. É chute", disse o executivo.

Mesmo sem valores definidos, o executivo realçou a importância da capitalização para os investimentos da empresa na área do pré-sal. "A capitalização é muito importante para fortalecer a estrutura de capital da Petrobras, sem dúvida. Hoje a Petrobras tem um plano de investimento de US$ 174 bilhões para cinco anos, que vai aumentar. Quanto, eu não sei ainda. Mas com certeza é maior. US$ 174 bilhões em cinco anos significa que é preciso investir de US$ 34 bilhões a US$ 35 bilhões por ano. A companhia não é capaz de gerar caixa livre para fazer esse investimento. Você tem que aumentar dívida. Em 2009, nós levantamos US$ 31 bilhões de dívida nova. Não é possível fazer isso todo ano. Principalmente se você tem uma estrutura de capital em que sua razão dívida/capital próprio aumenta. Então ou você diminui dívida ou aumenta o capital próprio"

Gabrielli estima que, a partir do início das perfurações feitas em áreas do pré-sal ainda não concedidas, serão necessários cerca de quatro a cinco meses para que a estatal recolha informações suficientes para definir quais reservas farão parte da cessão onerosa. "Vamos localizar áreas onde podem ser produzidos 5 bilhões de barris", explicou.

OPEP. O presidente da Petrobras também afirmou que não acredita que o Brasil terá interesse em ser um país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Segundo ele, a associação é formada por países que exportam petróleo cru, enquanto o Brasil planeja ser um exportador de produtos já refinados.

"O governo brasileiro tem estimulado fortemente a capacidade de refino no País. Quanto mais você desenvolve a capacidade de refino, menos petróleo cru você exportará. Portanto, não acredito que seja de interesse brasileiro entrar na Opep e ser um exportador de petróleo cru", disse Gabrielli durante seminário sobre o pré-sal na USP (Universidade de São Paulo).

Na ocasião da descoberta das reservas do pré-sal, vários países membros da Opep cogitaram a entrada do Brasil na associação quando ele começasse a operar efetivamente essas reservas. Porém, o governo brasileiro nunca tomou uma decisão oficial a respeito disso.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/ Com agências)

Poço será vizinho à Iara

O diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse ontem que a companhia vai perfurar uma área não concedida ao lado da descoberta de Iara, no BM-S-11, do pré-sal da Bacia de Santos, na primeira quinzena de dezembro. A perfuração, autorizada terça-feira pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), faz parte da busca pelos 5 bilhões de barris que serão repassados pelo governo no processo de cessão onerosa que compõe a capitalização da estatal, prevista no novo marco regulatório que está em trâmite no Congresso Nacional e deve ocorrer até o final do primeiro semestre de 2010.

Na terça-feira, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, havia afirmado que o processo está bastante adiantado e que as perfurações já estariam começando. Em comunicado ao mercado enviado ontem, a Petrobras endossou as informações divulgadas na noite de terça pela ANP, sobre ter sido autorizada para a perfuração junto à Iara.

Segundo Barbassa, apesar de ser um poço estratigráfico (que visa o conhecimento de camadas geológicas e não busca especificamente um reservatório de óleo ou gás), ele poderá ser estendido, caso venha a ser detectado indício de hidrocarboneto no local.

O diretor explicou que, ao contrário do que vinha sendo divulgado anteriormente, a Petrobras vai assumir os custos e os riscos desta perfuração por tratar-se de um processo que pode visar a unitização. Desde sua descoberta, a área de Iara já é identificada como tendo um reservatório que extrapola os limites de concessão e invade áreas ainda sob comando do governo federal, o que exigiria uma unitização, ou seja, um acordo para exploração conjunta.

Como o governo pretende ceder onerosamente sua parcela no reservatório para a Petrobras, é ela quem vai gerir a totalidade da reserva. Na área de Iara, em que a Petrobras opera com 65% de participação, em parceria com a BG (25%) e a Galp (10%), já foram identificados entre 2 bilhões e 4 bilhões de barris. A área fica à Nordeste de Tupi, onde são estimados entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.

Há rumores entre especialistas e geólogos de que a área contígua a Iara possa conter volume equivalente ou maior do que o identificado dentro da área de concessão.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Com agências/DA AGÊNCIA ESTADO)

Nenhum comentário:

Postar um comentário