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Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

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Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

TECNOLOGIAS DE RECUPERAÇÃO: aumentando a vida útil dos campos

Petrolíferas tentam extrair óleo (e lucro) de campos velhos

A Chevron Corp. está empregando tecnologias de baixo custo na esperança de prolongar a vida útil de um dos campos petrolíferos mais antigos e mais prolíficos do mundo. O processo está sendo reproduzido em outros lugares, num esforço para ajudar o setor petrolífero a extrair mais dessas antigas bacias.

O campo do Rio Kern já produziu mais de 2 bilhões de barris em seus 110 anos de história, mas a Chevron avalia que a reserva ainda contém mais 1,5 bilhão de barris. A Chevron está usando o campo do Rio Kern como um laboratório em condições reais, testando as chamadas técnicas aperfeiçoadas de recuperação, e trazendo engenheiros do mundo todo para aprendê-las.

"A vantagem de estar neste campo petrolífero antigo é que você pode tentar várias coisas", diz Joe Framis, engenheiro da Chevron.

Para extrair o máximo possível do subsolo - e a um custo baixo o suficiente para gerar lucros - a Chevron está implementando sensores de temperatura de alta tecnologia para monitorar a produção, usando modelos computacionais em três dimensões para planejar seus poços e filtrando a água servida dos campos através de cascas de nozes, para ser reutilizada.

O foco renovado da Chevron no Rio Kern mostra tando as oportunidades quanto os desafios diantes da indústria petrolífera à medida em que descobertas gigantescas do século passado, desde a Baía Prudhoe no Alasca até o poço Cantarell no México, começam a secar. A Baía Prudhoe, por exemplo, já sofreu quedas de produção mesmo enquanto mais da metade de seus 25 bilhões de barris de petróleo continuam no chão.

Para extrair petróleo do campo do Rio Kern, a Chevron injeta vapor no solo. O vapor aquece as rochas e assim torna mais fino o petróleo gosmento, fazendo-o fluir com mais facilidade até a superfície. O processo é muito mais caro do que a extração convencional, gerando margens de lucros pequenas que podem desaparecer por completo quando o preço do petróleo cai ou os custos aumentam.

A empresa perfurou 660 poços de observação equipados com sensores para monitorar a temperatura da reserva de modo que os engenheiros possam ver se é preciso mais calor, e desenvolveu seu próprio equipamento para direcionar o vapor.

Essas técnicas permitiram à Chevron reduzir pela metade o vapor usado para produzir um barril de petróleo - para uma economia anual de cerca de US$ 300 milhões, segundo a companhia.

"Reduzindo o calor, economizamos muito dinheiro", diz Paul Harness, geólogo sênior da equipe do Rio Kern .

Gigantes do setor como Chevron, Exxon Mobil Corp. e Royal Dutch Shell PLC estão mostrando mais interesse em projetos semelhantes. A Occidental Petroleum Corp. conseguiu prolongar a vida útil de campos em Oman, na Colômbia, e no oeste do Texas, injetando dióxido de carbono, vapor e outras substâncias no subsolo.

Segundo o presidente da Occidental, Steve Chazen, agora que há menos campos novos sendo descobertos, manter a produção dos campos antigos e a única maneira de conseguir atender à demanda global de petróleo.

"A longo prazo, não importa quantos novos campos são descobertos. Importa manter o declínio da base sob controle", disse Chazen.

A Chevron não reverteu o declínio do Rio Kern , mas já conseguiu desacelerar a queda. A produção está caindo a cerca de 2% ao ano, ante uma média de 7% ao ano de 1998 a 2005 - o que vai significar milhões de barris a mais este ano.

A empresa espera acabar conseguindo extrair até 80% do petróleo desse campo, em comparação com os 30% que é a taxa de extração normal em muitos campos pelo mundo afora. O Rio Kern tinha 628 milhões de barris em reservas estimadas no fim de 2007, segundo dados governamentais, 16% a mais do que a estimativa de 2004.

A longevidade do campo já é notável. Em 1899, uma dupla de pai e filho partiu para procurar petróleo, escavando a mão, e o encontrou às margens do Rio Kern, uns 200 quilômetros a noroeste de Los Angeles. Dali a quatro anos, mais de 400 diferentes empresas estavam ali, bombeando 45.000 barris por dia, mais do que em qualquer outro lugar do país na época.

Hoje o campo do Rio Kern é um mar de tubulações, tanques de armazenamento e cerca de 9.000 bombas, que com seu lento vaivém continuam extraindo quase 79.000 barris diários das rochas lá embaixo - uma queda em relação aos 140.000 barris diários no pico da sua produção, nos anos 1980.

Se as empresas conseguirem extrair mais petróleo de seus campos antigos, não precisam encontrar tantos campos novos - diminuindo o risco de fracassos onerosos.

"Se você conseguir uma maneira de encontrar petróleo onde você já está, usando a tecnologia, grande parte do risco desaparece", disse John McDonald, diretor de tecnologia da Chevron.

(Fonte: Valor Econômico/Ben Casselman, The Wall Street Journal, de Bakersfield, Califórnia)

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