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Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

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quinta-feira, 12 de março de 2009

Bacias Araripe e Iguatu

Ceará pode ter petróleo em duas novas bacias

As pesquisas se voltam para a bacia de Iguatu e de Araripe, englobando municípios do Cariri cearense

Duas bacias sedimentares ainda não exploradas no Ceará podem ter a presença de petróleo em seu interior. Não existe, até agora, confirmação do fato, mas a real possibilidade faz com que estudos estejam sendo empreendidos nas áreas desde 2006 por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em parceria com a Petrobras. As pesquisas se voltam para a bacia de Iguatu e de Araripe, esta englobando municípios do Cariri cearense, de Pernambuco, Piauí e da Paraíba.

De acordo com Fernando Lins, professor de pós-graduação em Goeodinâmica e Geofísica da UFRN e integrante do Laboratório de Geologia e Geofísica do Petróleo, a previsão é de que os estudos estejam concluídos em maio de 2010.

´Ainda não foi encontrado óleo nessas duas bacias, mas há a possibilidade. o objetivo das pesquisas, entretanto, não é achar o petróleo em si, mas concluir se as áreas têm condições mesmo de tê-lo´, explica.

O professor conta que a motivação para as avaliações nessas bacias foi o fato de se localizarem próximas à bacia Rio do Peixe, na Paraíba. Nesta, já foi identificada a existência de óleo, sendo, inclusive, incluída na 9ª Rodada de Licitações da ANP (Agência Nacional de Petróleo), na qual 12 blocos, de 19 oferecidos, foram arrematados, no valor de R$ 8,4 milhões. ´Nós estamos querendo saber qual é a correlação entre estas bacias. Pela profundidade semelhante que possuem, há a possibilidade de correlação, de que elas sejam a mesma bacia, ou se são interligadas´, aventa o professor.

Estima-se que as bacias meçam cerca de 2.500 metros de profundidade. ´Nas regiões onde são mais profundas, haveria a possibilidade de haver petróleo´, explica. Mesmo assim, também é possível que o óleo possa ser encontrado já em profundidades rasas, como aconteceu em Rio do Peixe. ´Estamos fazendo um estudo gravimétrico, onde analisamos a superfície sem precisar perfurar toda a extensão´, relata.

Lins informa que as análises já estão avançadas, e que os mapas geofísico e de profundidade já estão prontos. O estudo sísmico que está sendo realizado pela universidade faz parte de um mapeamento de todas as bacias sedimentares interiores do região nordestina, cujos resultados serão repassados à ANP. As pesquisas são consideradas delicadas pelo fato de serem realizadas em áreas ricas em sítios arqueológicos. No caso da Bacia do Araripe, a área abriga o único Geopark das Américas e do Hemisfério Sul.

Estudos antigos

O Chefe do 10º Distrito do DNPM (Departamento Nacional de Pesquisa Mineral), Fernando Antônio da Costa Roberto, ressalta que o órgão ainda não tem conhecimento de evidências de petróleo e gás na Bacia do Araripe, mas que no final da década de 1980 e início da de 1990, a Petrobras realizou estudos por lá.

´Temos conhecimento da execução por sísmica de reflexão pelo consórcio das empresas Azevedo & Travassos Petróleo S.A (ATP) e Andrade Gutierrez Energia S.A (AGE), empenhadas na pesquisa de petróleo nas bacias do interior do Nordeste, em regime de contrato de risco, com a Petrobras. Após esses trabalhos não temos conhecimento de nenhum outro trabalho na região´, informa Roberto.

A Petrobras confirmou ao Diário do Nordeste, através de sua assessoria de imprensa, as pesquisas na bacia, informando que estas foram realizadas ainda antes da existência da ANP, que foi criada em 1993. Entretanto, a estatal aponta que não foram identificadas descobertas. Mesmo assim, a empresa destaca que estão sendo realizados os trabalhos com a UFRN para aprofundar o conhecimento da região.

Prospecção só após leilão

´A prospecção de petróleo na área vai depender da inclusão da Bacia do Araripe nos próximos leilões da ANP. O que acontece atualmente são apenas estudos que poderão contribuir para a inclusão da Bacia do Araripe nos próximos leilões da ANP´, informou a estatal.

A Bacia do Araripe ocupa uma extensão de mais de 8.000 quilômetros quadrados na região fronteiriça dos Estados do Ceará, de Pernambuco, do Piauí e da Paraíba.

(Fonte: Diário do Nordeste/CE/Sérgio de Sousa)

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