Eike ganha mais petróleo
A OGX, empresa de petróleo e gás fundada pelo empresário Eike Batista, decidiu alterar o seu cronograma de perfurações para o próximo ano, após a revisão de estimativas de recursos potenciais da companhia. De acordo com o diretor geral da empresa, Paulo Mendonça, 27 poços devem ser perfurados em 2010, dos quais 17 estão localizados na Bacia de Campos, nove na Bacia de Santos e um na Bacia de Parnaíba. A intenção anterior da companhia era perfurar seis poços no próximo ano, mas devido ao "aumento substancial dos volumes estimados", a companhia decidiu mudar os planos.
A consultoria DeGolyer & MacNaughton (D&M) estimou, em relatório divulgado hoje (10), os recursos potenciais da OGX em 6,7 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). No relatório anterior, divulgado em março de 2008, na época em que a companhia abriu o capital, os recursos potenciais da companhia haviam sido estimados pela mesma consultoria em 4,8 bilhões de boe. Para efeitos de comparação, as reservas de Tupi, megacampo explorado pela Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos, tem reservas estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.
A probabilidade média de sucesso da atividade de exploração da OGX também melhorou desde o último relatório, quando a D&M calculou uma taxa média de 27%. Agora, a empresa considera uma probabilidade média de sucesso de 34,5%. A estimativa foi feita para todo o portfólio da OGX, formado, no total, por 29 blocos - sete na Bacia de Campos, cinco em Santos, cinco na Bacia do Espírito Santo, cinco na Bacia Pará Maranhão e sete na Bacia de Parnaíba.
CRONOGRAMA. Mendonça explicou que a revisão de estimativas foi possível porque, durante os últimos 12 meses, a OGX adquiriu e processou novas sísmicas 2D e 3D, aplicando tecnologia de última geração ao trabalho de exploração.
Para cumprir o novo cronograma de perfurações, a OGX aguarda a chegada de mais duas sondas de perfuração. De acordo com Mendonça, a unidade semi submersível Ocean Star deve chegar em janeiro de 2010 e a Ocean Lexington, em fevereiro. Com a chegada desses dois equipamentos, a companhia terá cinco sondas de perfuração disponíveis para trabalhar.
O executivo não informou quais são os 17 poços a serem perfurados na Bacia de Campos no próximo ano. "Estamos perfurando mais quatro poços de avaliação. Não temos definição de quais serão os próximos", disse durante teleconferência com analistas.
Mendonça ressaltou, no entanto, que há recursos financeiros suficientes para sustentar a expansão do cronograma. "Temos cerca de US$ 4,5 bilhões em caixa. No programa antigo, estimávamos gastar cerca de US$ 2 bilhões para perfurações nos próximos três a quatro anos. Temos bastante dinheiro para sustentar a nossa companhia", afirmou.
Segundo ele, o atual orçamento da OGX também contempla a participação em leilões adicionais da Agência Nacional de Petróleo (ANP). "Podemos avaliar novas condições de financiamento no momento oportuno, mas não acreditamos que isso será preciso nos próximos anos", disse.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Tatiana Freitas/AGÊNCIA ESTADO)
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