Campos sem óleo estão ao lado de grandes reservas
28/07/2009
Até agora o único fracasso conhecido no pré-sal da bacia de Santos era da Exxon, no poço Guarani, perfurado no bloco BM-S-22 da bacia de Santos e onde a gigante americana também encontrou o reservatório batizado de Azulão em janeiro. Pelo site ANP, outras perfurações ao longo do pré-sal também não acharam óleo.
A classsificação dos poços pelas empresas no Brasil obedece a uma portaria da ANP, a número 76, editada em 2000, e que regulamenta os procedimentos a serem adotados para reclassificar os poços. Entre outras categorias, a regra estabelece códigos que informam desde a profundidade até o resultado da perfuração. Por essa regra, por exemplo, um poço portador de petróleo ou gás, ou de ambos, "é todo poço incapaz de permitir a produção em quantidades comerciais, independentemente das facilidades de produção na área (...)". Nesse caso ele deve ser reclassificado como 5. A mesma portaria diz que poço seco "é todo poço onde não se caracterizou a presença de petróleo móvel e/ou gás natural (...), devendo ser reclassificado como 6. Pela portaria, o resultado seria um sucesso se fosse classificado como "poço descobridor de nova área produtora (código 1), ou descobridor de nova jazida (código 4).
Ao comunicar a descoberta de Corcovado, em abril deste ano, a BG e a Petrobras informaram que a perfuração foi feita em reservatórios do pré-sal a uma profundidade de 800 metros a uma distância de aproximadamente 130 quilômetros da costa do estado de São Paulo. A área fica um pouco fora, ou na franja, da faixa de 200 por 800 quilômetros delimitada inicialmente pela Petrobras para marcar a área do pré-sal.
A estatal tem 60% do bloco BM-S-52, onde foi furado o poço, e transferiu a operação para a BG apenas na fase exploratória devido a escassez de sondas de perfuração. No Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP) da ANP, este poço recebeu o código 6-BG-6P SPS. No resultado informado ao BDEP após a perfuração da jazida mais profunda está a informação: "seco sem indícios de petróleo". No poço 6-BRSA-639-ESS (ou Baleia Franca) foi informado como resultado que o poço é "produtor subcomercial de óleo e gás".
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