Reuters/Brasil Online
SÃO PAULO (Reuters) - A OGX, empresa de petróleo e gás controlada por Eike Batista, anunciou nesta quarta-feira que o poço OGX-1, localizado no
bloco BM-C-43 em águas rasas da Bacia de Campos, tem um volume estimado de óleo recuperável entre 500 milhões e 1,5 bilhão de barris.
A OGX detém 100 por cento de participação nesse bloco, cuja constatação de óleo já havia sido anunciada na semana passada.
Após o anúncio, os papéis da empresa chegaram a subir 3,2 por cento no pregão da bolsa paulista. Mas, ainda no final da manhã, as ações perderam força.
Às 12h10, OGX caía 4,2 por cento, para 1.555 reais. Segundo o assessor de investimentos da InTrader, Renato Tavares, parte dos investidores está
aproveitando o momento para realizar lucro com os papéis, que acumulavam alta superior a 200 por cento no ano, justamente em meio a expectativas de
novidades positivas da companhia.
De acordo com o comunicado enviado à imprensa, a perfuração do poço, localizado na parte sul da bacia de Campos, já foi finalizada e atingiu uma
profundidade de 2.347 metros.
Como resultado da perfuração, iniciada no dia 17 de setembro, foi encontrada uma coluna total de óleo superior a 200 metros. O poço está a
aproximadamente 85 quilômetros da costa do Estado do Rio de Janeiro, onde a lâmina d'água é de aproximadamente 140 metros.
"Este excelente resultado revela o grande potencial petrolífero dos nossos blocos, além de contribuir para a redução do risco exploratório dos próximos
prospectos a serem perfurados na região", disse Paulo Mendonça, diretor-geral da OGX, segundo o comunicado.
A OGX parte agora para a perfuração do poço OGX-2, localizado bo bloco BM-C-41, em águas rasas da parte sul da bacia de Campos, prevista para a
segunda metade de outubro com o deslocamento da sonda Ocean Ambassador.
No início do mês, a OGX informou que encontrou indícios de hidrocarbonetos no bloco BM-S-29, localizado em águas rasas da bacia de Santos, mas
ainda não há estimativa de volume.
Esse bloco faz parte da concessão em que a OGX detém 65 por cento de participação e a operadora Maersk Oil tem fatia de 35 por cento.
A empresa possui um total de 29 blocos no país, sendo 22 no mar e sete em terra.
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