02/09/2011
Produção de gás no pré-sal começa na próxima semana
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella revelou, na manhã desta quinta-feira (1º/09), que a produção de gás no pré-sal deve começar já na próxima semana. "É um fato histórico", avaliou, durante palestra que abriu seminário sobre o desenvolvimento da cadeia de fornecedores de petróleo e gás, realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
"Acabo de receber a notícia de que o gasoduto que liga o campo de Lula à plataforma de Mexilhão já está sendo pressurizado e, na próxima semana, devemos ter o primeiro gás do pré-sal no mercado brasileiro", revelou o diretor. "Conseguimos, apenas cinco anos após a descoberta do pré-sal, colocar esse campo em produção de óleo e gás. E ele está a 300 km da costa", comemorou Estrella.
Ele ressaltou o crescimento da produção previsto para os próximos anos. Hoje, a Petrobras produz 2,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (óleo e gás) no Brasil e no exterior. "Nossa previsão é chegar a 3,7 milhões em 2015 e 6 milhões de bpd em 2020. Esse crescimento é produto da descoberta do pré-sal".
O diretor observou ainda a importância de toda a Bacia de Santos. "Mais importante que o pré-sal foi a Bacia de Santos. Começamos por Mexilhão, em 2003, depois a descoberta de Uruguá-Tambaú e então passamos a perfurar o sal", relembrou. Na sua avaliação, "a Bacia de Santos, pelo seu tamanho, suplantará a Bacia de Campos com muita rapidez na exploração e produção de petróleo e gás".
Diretor destaca importância do conteúdo nacional
O diretor destacou a importância estratégica de desenvolver a cadeia de fornecedores no Brasil, ressaltando que as empresas brasileiras sempre estiveram junto à Petrobras ao longo da história da Companhia. "Contabilizamos que precisaríamos de 40 navios-sonda (para perfuração). Esses equipamentos têm forte demanda por motivos geológicos, pois grande parte das descobertas hoje se dá em águas profundas e ultraprofundas. Contratamos então as 12 primeiras sondas no exterior, que estão chegando. As outras 28 sondas serão construídas, pela primeira vez, no Brasil. Sete já foram licitadas e 21 estão em licitação", contabilizou o geólogo, acrescentando que elas terão entre 55% e 65% de conteúdo nacional. "É um índice alto, pois essas sondas, que são altamente complexas, nunca foram feitas no País".
O diretor enumerou os setores mais críticos, que ainda contam com poucos fornecedores nacionais. Entre eles estão os segmentos de turbomáquinas, instrumentação e automação, estrutura de sistemas navais, tubulação e válvulas, além de telecomunicações. Ele destacou que a Petrobras tem desenvolvido estratégias específicas para esses setores. "Já foi firmado acordo com a Rolls Royce para a produção de turbinas e, no contrato, há uma série de cláusulas que obrigam fornecedores a se instalarem no Brasil. Isso vai desde a manutenção das turbinas, que hoje também é feita fora, até a criação de departamentos de engenharia no Brasil", exemplificou.
Fonte: Agência Petrobas
02/09/2011
Poço do pré-sal tem maior produção de petróleo do país pela 3ª vez
Um poço localizado no campo de Lula, antigo Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, teve pela terceira vez consecutiva a maior produção de petróleo do país, informou a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Com 28,1 mil barris por dia, superou a extração de todo o campo terrestre de Carmópolis, que tem a maior produção, obtida em 1067 poços.
No total, a produção do pré-sal foi de 127,5 mil barris diários, e de 3,9 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, totalizando 152,1 mil barris por dia de óleo equivalente (unidade utilizada para converter, em equivalência térmica, um volume de gás natural com um volume de óleo). Houve redução de 1,3% em relação a junho. A produção do pré-sal foi oriunda de sete poços, um em Jubarte, dois em Lula, um que fica em Caratinga e Barracuda, outro em Marlim e Voador, além de poços em Marlim Leste, e no teste de longa duração do BM-S-9.
A produção das bacias maduras terrestres foi de 179,6 mil barris de óleo equivalente, entre campos e teste de longa duração das Bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas. No total, foram produzidos 147,7 mil barris por dia de petróleo e 5,1 milhões de metros cúbicos de gás natural. Sendo que 3 mil barris de óleo equivalente foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras.
Fonte: Valor Online
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