Texto Inicial

Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Texto Inicial

Decidi criar este blog para tentar organizar alguns postings sobre assuntos que eu tenho compartilhado na internet, seja por meio de noticias coletadas e arquivadas, mas que todos deveriam saber, seja sobre assuntos técnicos que vejo e participo na comunidade do orkut Engenharia de petróleo, do professor da PUC-RJ Luis Rocha (quem eu não conheço pessoalmente).

É de caráter experimental, mas espero que seja bem aceito e conte com a participação de pessoas interessadas em adicionar.
Saudações rubro-negras a todos!!!
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Luciano da Costa Elias
Eng. Quimico
EQ/UFRJ 92/1
CBS 301/91

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Texto excelente

Mais um texto sensacional da fonte respeitadíssima e amigo: Maurício Santos.

Nada a ver com o Petróleo, mas vale a pena registrar e ler.

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CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO (não deixe de ler, esta vale a pena!!!!)

 

 BRASILEIRA GANHA CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO

   Clarice Zeitel Vianna Silva, 26 anos, estudante de direito.
 VENCE CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO.
 Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para
 professores.
 Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para
 formar belas frases.


 REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000
 PARTICIPANTES
 Tema: 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
 Por Clarice Zeitel Vianna Silva
 UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro/RJ
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    PÁTRIA MADRASTA VIL

 Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. ..
 Exagero de escassez... Contraditórios? ?
 Então aí está!
O novo nome do nosso país!
Não pode haver sinônimo melhor
 para BRASIL.

 Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a
 abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de
 responsabilidade.
 O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente
 sistematizada - de contradições.
 Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que
 não é gentil e, muito menos, mãe.
 Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta
 vil.

 A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo,
 um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
 E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que
 me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.
 Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um
 verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que
 contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me
 adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de
 oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha
 voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha
 educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a
 outra... Sem nenhuma contradição!
 É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que
 quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam
 hipócritas, mudanças que transformem!
 A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às
 vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
 E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela
 ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser
 cidadão.
 Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade:
 nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do
 Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão
 confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do
 que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas
 estão elas preparadas para isso?
 Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de
 dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa
 acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
 Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe
 que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se
 posiciona?

 Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente,
 a um posicionamento perante o mundo como um todo.
 Sem egoísmo. Cada um por todos...
 Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
 Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de
 uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído?
 Como gente.... Ou como bicho?

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 Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina
 faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil
 estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um
 prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
 Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a
 desigualdade' .

 A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num
 livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está
 disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.

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