PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
Companhia Aberta
Plano de Negócios 2009 - 2013
Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2009 – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA, BCBA: APBR/APBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, comunica que seu Conselho de Administração aprovou, nesta data, o Plano de Negócios 2009-2013.
O Plano de Negócios 2009-2013 tomou como premissa o posicionamento estratégico definido no Plano Estratégico 2020. O Plano foi revisto e atualizado, levando-se em consideração mudanças no panorama da indústria quanto às incertezas macroeconômicas, os novos níveis de preços, oferta e demanda de petróleo & derivados, custos, aspectos geopolíticos e recursos críticos.
O Plano de Negócios não incorporou possíveis reduções de custos, no entanto, a companhia reconhece que o cenário é de queda nos preços e vai trabalhar fortemente para reduzir os custos dos bens, produtos e serviços usados em seus investimentos.
Mantendo o comprometimento de desenvolvimento sustentável temos como meta a ampliação da atuação nos mercados-alvo de petróleo, derivados, petroquímico, gás e energia, biocombustíveis e distribuição, sendo referência mundial como uma empresa integrada de energia.
A Visão da companhia de se tornar uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo, tendo como pilares desse desenvolvimento a rentabilidade, responsabilidade social e ambiental e crescimento integrado, também foi mantida.
O Plano de Negócios 2009-2013 mantém metas agressivas de crescimento para a Companhia e incorpora recursos destinados a exploração e desenvolvimento das descobertas de petróleo na chamada camada pré-sal.
De acordo com o estabelecido no Plano de Negócios 2009-2013 as metas de produção de petróleo no Brasil são as seguintes: 2.680 mil barris de óleo por dia (bpd) em 2013, 3.340 mil bpd em 2015 e 3.920 mil bpd em 2020.
Além do Sistema Piloto de Tupi, que iniciará produção em 2010, estão previstos para o período (2009-2013) três sistemas para produzir no pré-sal da Bacia de Santos sendo Tupi 1 e Guará 1 em 2012 e Iara 1 em 2013. A adição de novos projetos de produção fez com que a meta 2015 do PN 2008-2012, de 2.812 mil bpd, se elevasse em 528 mil bpd.
Incluindo o gás natural, a produção doméstica alcançará 3.310 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2013, 4.140 mil boed em 2015 (685 mil boed a mais do que a meta do PN 2008-2012) e 5.100 mil boed em 2020.
No refino, a carga fresca processada no Brasil em 2013 será de 2.270 mil bpd. Estamos reafirmando nossa estratégia de crescer a capacidade de refino, buscando o equilíbrio com o crescimento da produção de petróleo da Petrobras, atendendo os níveis de qualidade de produtos requeridos pelo mercado. Nesse sentido, em 2011 entra em operação a Refinaria Abreu e Lima (Pernambuco). Em 2012 entra em operação o COMPERJ, em 2013 a refinaria Premium I e em 2014 a Premium II.
As metas internacionais também refletem o crescimento integrado da Companhia com estimativas de produção de óleo e gás de 341 mil boed em 2013.
A estimativa de produção de óleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior para 2013 é de 3.651 mil boed.
Metas Corporativas | ||||
Indicadores | Realizado 2008 | Metas 2013 | Previsão 2015 | Previsão 2020 |
Produção de Óleo e Gás Natural - Brasil (Mil boed) | 2.176 | 3.310 | 4.140 | 5.100 |
Produção de Óleo e Gás Natural - Total (Mil boed) | 2.400 | 3.651 | 4626 | 5.732 |
Carga Fresca Processada - Brasil (Mil bpd) | - | 1.859 | 2.053 | 3.012 |
Considerando, pela primeira vez, as descobertas da camada pré-sal na Bacia de Santos, o plano prevê investimentos de US$ 174,4 bilhões, até 2013, representando uma média de US$ 34,9 bilhões por ano, sendo 90% (US$ 157,3 bilhões) no Brasil e 10% (US$ 16,8 bilhões) no exterior. Este montante representa um aumento de 55% em relação ao Plano anterior.
Quando comparado como PN 2008-2012 destaca-se o crescimento dos investimentos nos segmentos de E&P (aumento de 71%) cujo montante deve atingir US$ 92 bilhões, ou 53% dos US$ 174,4 bilhões aprovados para o período 2009-13. O segmento de Abastecimento, com 27% de participação, teve seus investimentos elevados para US$ 46,9 bilhões, representando 46% de aumento na comparação com o plano anterior. Destaca-se também o crescimento dos investimentos em Gás e Energia em 139%, representando 7% do total. Na atividade internacional, os investimentos seguem concentrados na área de Exploração e Produção, com foco na América Latina, Oeste da África e Golfo do México e o segmento de biocombustíveis receberá US$ 2,4 bilhões, por meio da nova subsidiária, Petrobras Biocombustível.
O crescimento dos investimentos deve-se a: US$ 47,9 bilhões referentes a novos projetos, US$ 17 bilhões referentes a aumento de custos devido ao aquecimento do mercado de equipamentos e serviços para o setor, US$ 2,9 bilhões em razão da alteração da premissa cambial e o restante referente a outros fatores tais como mudança no escopo dos projetos, no modelo de negócio, etc.
Dos US$ 47,9 bilhões em novos projetos, a área de E&P responde por 76,4% do montante, ou seja, US$ 36,6 bilhões. Pela primeira vez a companhia está empenhando esforços significativos na avaliação, desenvolvimento e produção de descobertas na chamada camada pré-sal das Bacias de Santos e do Espírito Santo. Dos novos projetos, cerca de US$ 28 bilhões relacionam-se com o desenvolvimento do Pré-Sal.
Em 2013, a meta de produção de óleo para o pré-sal é de 219 mil bpd. Já em 2015 essa produção atingirá 582 mil bpd e em 2020 1.815 mil bpd. Em 2013 a produção de gás natural do pré-sal disponibilizada para venda deve atingir aproximadamente 7 MMm3/d e em 2020 cerca de 40 MMm3/d.
Investimentos (US$ bilhões) | |||
Indicadores | Plano 2008-2012 | Plano 2009-2013 | Diferença (%) |
Exploração & Produção | 65,1 | 104,6 | 61% |
Abastecimento (R T C) | 29,6 | 43,4 | 47% |
Gás & Energia | 6,7 | 11,8 | 76% |
Petroquímica | 4,3 | 5,6 | 30% |
Distribuição | 2,6 | 3,0 | 15% |
Biocombustível | 1,5 | 2,8 | 87% |
Corporativo | 2,5 | 3,2 | 28% |
Total | 112,4 | 174,4 | 55% |
A revisão do plano incorporou o novo cenário econômico e financeiro mundial, incluindo seus efeitos sobre o preço do petróleo, dentre outras variáveis. No entanto, se por um lado as flutuações de preço afetam as expectativas de receita no curto-prazo, o que pode acarretar em necessidades de substanciais captações durante 2009 e 2010, para fazer frente aos volumes de investimento, o consenso de mercado de preço médio do Brent para o período 2009-20013 é significativamente superior ao preço atual da commodity, o que leva o plano a ser consideravelmente 'autofinanciável'.
Apesar da crise financeira atual, o balanço entre oferta e demanda de petróleo no longo prazo encontra-se apertado. Espera-se para o ano de 2009 uma capacidade excedente de produção em função da queda de demanda, fenômeno não observado desde 2000, no entanto, tal fenômeno não deve perdurar já que, a nível mundial, há esgotamentos dos campos existentes e um grande esforço de investimento está sendo direcionado para compensar o declínio de produção. A Petrobras trabalha com um preço médio do Brent de US$ 42 para analise de financiabilidade, alavancagem e retorno.
A meta de alavancagem financeira média de 25-35% está mantida e a Petrobras continuará buscando financiamento em várias fontes de recursos no Brasil e no exterior, seja no mercado de capitais, bancário, de securitização, agências de fomento, etc.
Durante a revisão do Plano, também foram analisadas as premissas quantitativas relacionadas ao crescimento da economia mundial, taxa de câmbio, preços e margens do petróleo e derivados.
Para 2009 estão previstos investimentos de US$ 28,6 bilhões. Baseado ao preço médio de US$ 37 para o Brent, há necessidade de captar será de US$ 18,1 bilhões. Hoje já temos assegurado um volume de US$ 11,9 bilhões através do BNDES e mais US$ 5,0 bilhões de outras fontes.
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